Harry & Marissa

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Monsters are beasts that cannot be tamed.

Elora Hansen.


Harry

Já havia contado o conteúdo da conversa para os agentes e ninguém parecia saber o que fazer. O Liam se retirou e foi ligar para a área de TI rastrear o sinal da ligação.

Ethan: Nós não podemos ficar esperando pelo retorno deles, temos que decifrar isso de uma vez por todas.

Harry: E o que você que eu estou tentando fazer, Ethan? Eu já pensei e pensei e não consigo chegar a uma conclusão.

Zackary permanecia calado, perdido em pensamentos. Quando o Liam retornou ao nosso grupinho, suas palavras não me agradaram nem um pouco.

Liam: É melhor nós voltarmos para a central.

Harry: Tá louco? Nós vamos perder tempo e nós NÃO temos tempo para perder. Essa incógnita tem que ser resolvida aqui e daqui seguimos para onde quer que eles estejam.

Se voltássemos para a central seriam mais quarenta minutos gastos sem nenhum retorno.

Zackary: PUTA MERDA.

Sua explosão assustou todos nós, inclusive os outros agentes a nossa volta. Olhamos na sua direção e parecia que ele estava temendo suas próprias palavras.

Liam: O que foi, Zack?

Zackary: A Marissa... Ela cresceu no Orfanato St. Paul, e o orfanato é ligado à Igreja St. Paul, então quando na mensagem "O bom filho a casa torna" o filho quer dizer...

Harry: O filho de Deus.

Ethan: AI MEU DEUS, ELE VAI TOMAR A IGREJA.

Liam: Zack, ligue para os contatos no FBI e na NSA agora, nós vamos precisar de todo o reforço.

Zack: Vou ligar... Mas esperem, a gente não pode aparecer lá sem um plano, tem crianças envolvidas agora.

Harry: Eu tenho uma coisa em mente.

A ideia brilhou na minha cabeça como uma daquelas lâmpadas de desenho animado. Poderia dar errado, poderia ser uma péssima ideia, mas pelo menos era um ponto de partida.


Marissa

Estávamos todos empoleirados no altar da Igreja St. Paul. Eu, a senhora Rosa, o Padre Petterson e as onze crianças que atualmente residem no orfanato. Graças a Deus não havia mais ninguém frequentando o local. Enquanto os dois brutamontes mantinham guarda na porta de entrada da Igreja, outros estavam espalhados pelo local, sem sinal dos ordinários do Dimitri e do Mikhail. O traidor do Dan ao pé do altar, conversando baixinho com um dos capangas russos.

A última vez que vi os cabeças da organização foi quando chegamos. Meus olhos lacrimejados pareceram divertir o Dimitri, que achou ainda mais graça quando viu o quão fraca eu estava, necessitando ser arrastada pelo Dan. Eu nem me lembrava de quando foi a última vez que comi. Não vou nem falar de água, já devo estar desidratando.

Estávamos próximos à entrada quando Dimitri recebeu uma mensagem e se afastou para fazer uma ligação. Não consegui ouvir o que ele dizia, mas nunca me esquecerei do sinal que ele fez para Mikhail. O motivo? Após receber o sinal levei uma facada na coxa esquerda, o grito que soltei foi tão agudo que não sei como os vitrais da Igreja não se quebraram.

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