O escuro e o silêncio fazem companhia um ao outro neste momento. Estou trêmula, nervosa, e me sentindo uma adolescente-burra. Está difícil se movimentar em um ambiente nunca visto antes. E, como já era de se esperar, esbarro em algo sólido, que logo cai ao chão, estraçalhando-se.
- Alex, você está bem?
- Sim, está tudo bem- minto, apoiando-me no móvel ao lado - Sigh!! Não, não está tudo bem! Não conheço você! Acabei de torce meu joelho! E que diabos essas luzes fazem apagadas? E o que foi que eu quebrei? Aí, meu Deus! Espero que não seja uma fotografia de família na moldura que a vovó o presenteou no natal.
Ele ri.
- Ah, desculpe! Esqueci de escrever- ele pigarreia - querida Alex, a informo que nosso encontro será as escuras. Sim, tudo escuro! Ainda não quero que me veja, pelo menos não por enquanto. Atenciosamente eu - ele fala cantado- Bom, é isso. E não se preocupe com o que você quebrou, no máximo foi a fotografia de família que ganhei de aniversário da vovó. Mas... você se machucou?
- sim, seu idiota!
- Uou calminha aí querida! Espera, vou até você! Você não morde, né?!
Sinto exalar a toxina liberada por o cigarro. Na TV não mostra que Reinaldo Gianecchini é um fumante? A fumaça tóxica aproxima-se cada vez vez mais.
- Onde foi o machucado? - sinto uma mão sobre meu ombro, seu toque é gélido. Meu corpo estremece, e logo me perco em meio a timidez - vamos! Vou te levar ao sofá.
O homem, ainda não nomeado, me surpreende quando me pega nos braços e me leva ao sofá. O fumante-anonimo não teve dificuldade ao fazer o feito, pois seus braços são forte o suficiente para carregar 72 kilos.
Dez minutos depois
Estou acolhida no canto do sofá. Não falo nada, apenas sinto um forte cheiro de cigarro - odeio esse cheiro- me seguro para não berrar.
- Quer beber algo? Comer algo? Fiz torta com uva passa, você gosta de uva passa? Se não gosta é... Pedimos pizza. Você gosta de pizza, né?! Todo mundo gosta de pizza. Aí merda, estou falando de mais. - ele dispara, quebrando o silêncio.
- vinho tinto, por favor.- falo enquanto tapo minha boca para mão rir - não posso segurar isso - solto minha mão dos meus lábios e me permito rir.
Ele me trás o vinho. Bebemos ao som de Marvin Gaye.
- Ótimo vinho! Você tem um bom gosto para tinto - inclino a tarça e bebo outra vez o líquido saboreando cada sensação que causara em meu paladar exótico.
-É... Bom... Aprendi com.... - ele é interrompido. Meu aparelho celular vibra. Na tela aparece mamãe.
Apesar da claridade do celular, era impossível visualizar o rosto á minha frente: míope-sem-oculos-e-sem-lentes
- Desculpe!- pego o celular e leio rapidamente a mensagem que mamãe me mandou.
Mamãe
"Olá querida, vou demorar para chegar em casa. Vou fazer umas comprinhas. Vamos a festa da Mabel semana que vem. Seu pai manda dez mensagem por dia, já para não deixarmos de ir, então... Para você não ter desculpas, vou comprar um vestido para você, mas nada de roupas a cima dos joelhos, quero minha filha com roupas descente. Beijos meu amor!"
Já tinha me esquecido da festa de formatura da Mabel, filha do papai, ela irá se forma em história. E desde que meu pai soube da festa, sempre manda trilhões de mensagens por semana: "Não esqueçam de vim para a festa da Mabel. Estou com saudades de vocês". Apesar dos meus pais serem separados, eles vivem em harmonia, são amigos. Sinto que os dois se amam - mas de outro modo, claro! Com outra intensidade, sabe?- e continuam mantendo o carinho e respeito de antes. Não é porque o relacionamento dos dois não deu certo de um jeito que não podera dá certo de outro.
Lei número 6: Relacionamentos maduros, seja ele qual for, sempre são mais duradouros, independe das mudanças.
- Desculpe, não pude deixar de ver - desligo o smartphone e o guado no bolso.
- Tudo bem!- ele traga mais uma vez, e desta vejo a luz circular sendo consumida, sumindo aos poucos; se queimando.
- É estranho conversa com alguém sem ver os olhos, rosto... - bebo mais um gole e continuou - sabe, isso é novo pra mim. Loucura.
- Mas você pode me sentir, vem cá!- ele se aproxima de mim, sua respiração transpira sobre minha testa - agora me dê sua mão - suas mãos deslisa sobre meus braços até alcançar minhas mãos. Seu toque faz levantar todos os pêlos do meu corpo. Em um movimento lento ele leva minhas mão soadas ao seu rosto.
- Isso! Agora você pode sentir meu olhos, nariz, boca... - Sinto com a mão sua boca torna um sorriso simples; tímido.
Neste momento, suas mãos então sobre as minhas, cobrindo a por completo. Ele as leva para cada parte do seu rosto, meu tato percorre cada centímetro de sua pele. Ele tem pêlos desordenado na parte inferior do rosto, sua boca é macia e carnuda, o ângulo perfeito de 95° complementa seu nariz simétrico.... Ele me guia para o superior de sua face, mas uma estrutura comum indepdir o ato.
- Espera! - ele sorri, e por alguns segundos retira minhas mãos de onde estava - deixa eu tirar meu óculos - ele usa óculos?! Já falei o que acho de homens de óculos? Não? SEXY, NIVEL MÁSTER.
Não demorou muito e eu já estava ali novamente, sobre seu rosto. Agora sinto seus olhos e suas sombrancelhas desenhadas em arcos grossos. Toco em seu cabelo liso e, certamente comprido, este que no momento está feito um rabo-de-cavalo.
- Você é ... Bon... - gaguejo
-bonito?- ele pergunta
- Bonito! - O respondo com convicção.
Sua respiração já não está na minha testa, agora a sinto linear ao meu nariz. Sua mão deslisa sobre minhas costas, aproximando-me do seu corpo forte. Minha respiração torna-se lenta e, sem pensar duas vezes, como de costume, o empurro, interrompendo o suposto-certeza-ia-acontecer beijo.
- Tenho que ir! Desculpe - me levanto com dificuldade, pois meu joelho ainda sofre com a lesão ocorrida hora antes.
- Alex, perdão, eu não queria... Mas... Alex! Alex!
Escuto ele falar aumentado gradativamente seu tom de voz, mas a essa altura já tinha batido a porta, ou melhor, esperado a mesma fecha, pois, como já avisa dito antes: a porta abre em uma espécie de sistema automático.
Olá meus amoras, deixe seu voto e opinião, isso me ajudará bastante e, claro, me incentivará a escrever os próximos capítulos. Xero!
Este capítulo ainda passará por revisões ortográficas.
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O amor não é amora
RomanceO amor pode ser mágico para milhares de pessoas, mas não para Alex, que aos 27 anos vive um drama com o término do namoro com Jonathan, levando ela a se afogar ainda mais na sua crença: Amor não existe! HISTÓRIA REGISTRADA!