ODAXELAGNIA

Reckless Behavior

N/A: A fic entrou hiatus, mas ela nunca saiu da minha cabeça, por um minuto sequer. Eu estou muito feliz por saber que as pessoas esperaram por ela, assim como eu esperei. Muito obrigado! A melhor parte do seu trabalho é saber que as pessoas torcem por você, assim como você torce por elas.

-x-

A garganta seca, a língua com gosto de doses de simpatia - ou margaritas - demais. Ele sorriu, ou pelo menos achava que estava sorrindo. Já não podia ter mais certeza ao que a bebida deixou todo seu rosto amortecido.

Uma das mãos se agarrou ao pole dance, as coxas grossas se roçando ao caminhar até o outro lado, se virando de costas para Harry e encostando toda a extensão da coluna contra o metal gélido.

Os gritos das pessoas ao redor funcionavam como energético. Era tudo que ele nunca poderia fazer, mas nesse momento ele estava livre.

Livre ao ponto de não questionar o que estava fazendo, mas pensando aonde tudo aquilo podia o levar.

When you are going down, when you going down down.*

Louis sorriu. Nada como obedecer a música, certo? Só era inocente.

Ninguém podia provar o contrário. Apenas o lado Tomlinson dele, não Eros.

Foi aí que se curvou, as palmas das mãos meladas pelo açúcar da bebida se apoiaram no quadril, as pontas dos dedos firmes, abaixando o tecido da cueca boxer levemente e revelando toda a linha em V do seu abdômen.

O tecido torneava seu corpo, indeciso se descia ou se agarrava a pele de Louis. Acabou que a barra da cueca parou milímetros acima de seu pau.

Não podia ver Harry, nem o loiro de cabelo platinado, nem aquele casal transando no meio da pista de dança achando que ninguém estava vendo.

Só via os dedos de seus pés, enquanto se inclinava e grudava a bunda no pole dance, deixando o cano adentrar entre as nádegas enquanto se arrebitava. As mãos agarrando em seus calcanhares enquanto se esfregava ali num vai e vem lento, imitando o movimento como se estivesse sendo fodido.

Levantou a cabeça, mantendo olhos fechados ao virar o rosto, deixando que todos vissem sua expressão – inclusive, e, principalmente Harry – enquanto umedecia os lábios. Logo, a língua pendeu para fora, se curvando úmida como se esperasse que uma jorrada de gozo a enchesse, cobrisse.

Gemeu alto, porque fazia parte do seu cenário pessoal. Os dedos passaram pela franja suada, jogando-a para trás enquanto as unhas arranhavam o couro cabeludo levemente.

A batida da música era tão forte, mas tão forte, que era como seu coração tivesse virado uma caixa de som, fazendo o inteiro de seu corpo tremer. Como se quando abrisse a boca, a música fosse sair por sua garganta.

E assim fez. Cantando suave, baixo.

E era por isso que Louis Eros amava tanto a música. Ela podia falar por ele, de dentro pra fora.

Deixou que o pole empurrasse o tecido da cueca por entre as nádegas, esfregando a entrada por baixo do tecido no metal gélido.

Ouvia todos enlouquecerem ao apoiar as suas mãos sobre a cabeça, rebolando lentamente até o chão e segurando com força na pole, rodopiando uma vez ao condicionar toda a força para o punho.

O corpo rijo, os pés curvados graciosamente.

Ele sabia o equilibro entre o esporte e querer provocar. Ficou triste por um breve momento, enquanto rebolava os quadris e dançava com os braços, ainda mantendo os olhos fechados. Não achava que Harry Styles merecia ter o prazer de ver seus olhos assertivos.