— Você me promete que vai trazer ele de volta? - Jay o abraçava, logo segurando seu rosto e o fazendo abaixar a cabeça para observá-la. - Mesmo se ele não quiser vir, você promete que traz meu filho?
— Prometo. - Disse mais uma vez, enquanto Louis o observava confuso de dentro do Porsche, usando óculos escuros, um boné e uma gola alta que cobria os lábios. - Eu, na verdade, não sei nem como ele resolveu ir.
— É difícil entender como a cabeça dele funciona, às vezes. - Jay sorriu, dessa vez secando as próprias lágrimas e se acalmando com a promessa. - E é isso que faz ele tão especi-
Harry se assustou ao ouvir a buzina do próprio carro, observando Louis com o dedo no botão da buzina.
— Realmente, especial. - Harry riu baixo, negando com a cabeça ao que se despediu do resto da família, carregando uma sacola cheia de potes com algumas comidas do Natal e sobremesas, como se fossem passar dias fora.
Mais cedo, Louis acordou diferente. Não estava ríspido como costumava, mas acordou num espreguiço manhoso embaixo de si. Manteve o nariz farejando sua clavícula, até notar que estava acordado.
— Oi. - O ômega disse baixo, deitando a cabeça no travesseiro e sorrindo em sua direção.
— Oi, Lou. - Sorriu da mesma forma, ajeitando os cabelos que caíam no rosto de Louis. - Dormiu bem?
A resposta foi um murmuro dengoso, junto com a bochecha do ômega roçando em seu peitoral, os braços novamente se esticando embaixo de seu corpo.
Depois, eles simplesmente levantaram e tomaram café com a família reunida. Ninguém parecia abalado com a noite anterior, mas aliviados por algumas coisas serem ditas.
Quando avisaram que viajariam antes do almoço, foi a única vez que a expressão de Jay pareceu transtornada, uma carranca se formando quando cruzou os braços.
— Eu quero conhecer a ONG da irmã do Harry. - Louis disse, passando manteiga em sua torrada calmamente. - E me consultar com ela.
— Eu posso ir junto?! - Phoebe se agitou.
— Eu também quero ir! - Daisy bateu palmas ao se juntar a outra.
Assim, a mesa inteira começou a dizer que ia junto e que precisariam do outro carro, já que todo mundo não caberia no Porsche.
Harry observava Louis continuar comendo em silêncio, bebericando o próprio chá totalmente ignorando a situação.
— Então, que horas vamos? - Lottie perguntou animada.
Harry não se prontificou, esperando que o ômega ao seu lado terminasse de mastigar, até que olhou para a irmã.
— Vocês não vão. - Disse simples, gerando um silêncio coletivo na mesa.
— Como não? - Jay perguntou atônita, enquanto o pai de Louis ria baixinho.
— Não vão. - Ele disse mais uma vez, aceitando o punhado de cerejas que Harry entregava em sua mão. - Obrigado, querido. - Sussurrou, deixando até mesmo ele sem palavras e boquiaberto.
Querido.
Harry sorriu consigo mesmo, colocando uma cereja em sua boca.
— Eu peço que vocês compreendam que eu gostaria de apenas ir com o Harry hoje, eu preciso entender algumas coisas, e eu acho que é bem pessoal. - Louis tomou o último gole de chá. - Da próxima vez, nós vamos todos juntos, tudo bem?
Harry ainda estava sorrindo e sorriu ainda mais com o "próxima vez". Sua família se entreolhou, e em poucos minutos o assunto era outro.
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ODAXELAGNIA
FanficLouis não era conformado em viver com ômegas, alfas e os seus cios inexplicados. Louis era um beta saudável que viveria tomando limonada no jardim de seus amigos que encontraram companheiros para vida. Louis era entediante e estava feliz com isso...