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DESCULPA PELA DEMORA DE 2 MESES, e não vou encher vcs com desculpas, EU FIZ UM AESTHETIC MUITO BONITINHO PRA TRANSEX, TÁ NA MÍDIA e espero que vcs gostem desse capítulo, ele revela muitas coisas ( ͡° ͜ʖ ͡°)

Boa leitura.


Harry apoiou as mãos no chão e deu um impulso, se levantando e estendendo a mão na minha direção. Segurei na mão dele e ele me puxou para cima, me levantando.

— Eu sei que você precisa voltar para casa, mas vai ser rápido, eu juro. Só o Niall sabe disso então não comente com ninguém, ok? — confessou, desligando o videogame enquanto pegava as chaves do carro e o celular.

— Tudo bem — concordei, esperando que ele abrisse a porta para nós descermos as escadas.

Assim que nós descemos, o padrasto de Harry estava na sala, pulando entre os canais da televisão.

— Nós vamos ver a Anne — avisou, dando um abraço no homem.

— Mande um oi por mim — respondeu, coçando a barba.

— É claro — Harry sorriu desanimado, abrindo a porta e me guiando até o carro com a mão direita na minha cintura.

Nós entramos em seu carro e eu olhei para o celular, checando as horas.

Prendi o cinto de segurança e o cacheado ligou o carro.

— Isso é uma coisa muito íntima e importante para mim, Lou. Eu confio em você para contar.

— Tudo bem, Harry. Não se preocupe, já tenho os meus segredos para me preocupar — dei um sorrisinho.

Ele se esticou e abriu o porta luvas, pegando o maço de cigarros.

— De novo? — perguntei.

Harry deu de ombros.

Revirei os olhos, pegando o isqueiro e acendendo para ele.

Demorou alguns minutos para nós chegarmos e Harry continuava com o cigarro entre os lábios. Ele estacionou ao lado do portão e o abriu.

— Olha só, amanhã faz dois anos que isso aconteceu.

Nós continuamos a andar e eu fui percebendo aos poucos o que aquilo significava, de longe haviam grandes pedras. Num lugar próximo de onde nós estávamos a grama ainda não havia crescido e uma garotinha chorava. Um pouco mais longe havia um buraco aberto. Foi quando eu percebi que aquilo não eram pedras e sim várias e várias lápides.

Harry segurou a minha mão e me puxou por um longo caminho até pararmos na frente de uma delas.

Ele se abaixou, apagando o cigarro e ficando em silêncio enquanto olhava para a frase.

"Anne Twist, querida esposa e mãe. 1973 † 2014."

Eu não fazia ideia do que falar e eu me sentia péssima.

— Ela foi a melhor pessoa que eu já conheci, sabe? — disse, com a voz embargada.

— Meu Deus, Harry. Eu sinto muito.

Me abaixei, ficando ao seu lado e colocando meu braço por seus ombros.

— Eu sinto tanto a falta dela...

Respirei fundo e segurei as lágrimas. Eu não podia chorar na frente dele quando ele mesmo estava tentando segurar as lágrimas.

— O que houve? — perguntei, enquanto ele encostava a cabeça no meu ombro.

Transex || l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora