Sonho de Criança

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Me perguntaram quando era criança o que eu queria ser quando crescer, sempre respondia com um sorriso amigável que queria ser o pesadelo de todos e o motivo da morte de muitos e todos após saberem disso se afastavam de mim, mas não importava porque a distância que eles mantinham de mim me motivava a caça-los e devora-los.

Um dia, ainda no primário,  um menino havia me chamado de aberração pois viu muitas crianças mortas no desenho que havia feito, peguei o lápis mais afiado que encontrei, segurei-o pelo cabelo e furei com toda minha força o pescoço dele, fui expulsa do colégio,  com apenas 10 anos de idade já tinha sido expulsa de sete instituições de ensino, meus pais resolveram colocar-me em um internato que havia mais de 500 pessoas dentre eles diretores, professores e alunos.

No começo foi tudo normal, já na segunda semana uma professora velha, que fedia fezes de gato com um vestido tão negro quanto a própria escuridão entrou em nossa sala, e fez perguntou o que queríamos ser quando crescer,  ao chegar minha vez falei a mesma coisa que havia falado em todas as escolas, aquela velha dirigiu-se em minha direção e me agrediu com um tapa, e pronunciou que não deveria mais falar isso. Havia um lápis na minha mão, ao escorrer uma única lágrima ele se quebrou, já era noite, meus cabelos longos e negros estavam soltos, estava com um vestido folgado com dois bolsos na frente que chegava ao joelho.

Cheguei no quarto daquela professora choramingando, e pedi para dormir com ela pois estava com medo do escuro, ela deixou, mal sabia das minhas singelas intenções, entrei, pedi algo para tomar, ela me trouxe um copo enorme de água, colocou perto de mim e virou-se,  naquele instante coloquei a mão em um dos bolsos do vestido e peguei os comprimidos esmagados para dormir e coloquei  na água após tomar dois goles, chamei-a e insisti que tomasse aquela água, ela cedeu, sorri alegremente e abracei-a e murmurei aos seus ouvidos, obrigado por me fazer feliz, ela sorriu mesmo sem entender.

fui até a cozinha, e procurei algo para assassina-la me perdi no meio de tantas gavetas, achei uma faca,  ela tinha o cabo Branco e era grande e muito afiada, levei a faca até ela é perguntei se poderíamos brincar, ela assustada disse que não, não consegui, soltei um sorriso tão diabólico quando o próprio Satã, e falei que gostava mais quando a caça se recusava, ela levantou a mão, e quando vinha em minha direção, cortei a boca dela, ela gritou, eu bati na cara dela e mandei ela ficar quieta porque era vergonhoso uma senhora estar gritando por causa de uma criança,o remédio começou a fazer efeito, então peguei a mão direita e fui cortando com uma calma inabalável, só escutava gemidos de uma voz envelhecida que vinha dela, escutar aquilo me fazia ficar satisfeita, após cortar a mão dela, queimei o machucado para estancar o sangue e evitar a morte dela, fui até a cozinha coloquei a mão dela em uma panela com um ingrediente secreto e liguei o fogo, e fui até no quarto de um colega, puxei-o desesperadamente até chegar no quarto daquela velha e antes que ele pudesse gritar golpeie-o com o cabo da faca fazendo-o desmaiar, amarrei-o, a mão já estava no "ponto' peguei um garfo e uma faca inofensiva, e coloquei na frente daquela velha, bati repetidas vezes na cara dela até ela acordar, e quando ela acordou falei para ela comer, de início ela se recusou, mas mostrei que havia um convidado e que se ela não comece eu o mataria,  ela começou a comer, já na metade, com a faca que estava na minha mão arranquei as orelhas dele, a velha se levantou em minha direção mas caiu no mesmo instante, sentei-me ao lado dela, acariciei seus cabelos, e perguntei se ela lembrava do peixe baiacu que havia no aquário da escola, ela me olhou de uma forma que fez a negritude de meus olhos faíscarem de forma intensa, levantei-me e deixei aqueles dois morrerem lentamente.
Dirigi-me ao refeitório daquele internato, quebrei o vidro de todas as lâmpadas que haviam lá e liguei todos os gazes dos fogões que haviam lá, peguei uma pipoca e fui para fora já que estava quase amanhecendo, sentei-me em um balanço que havia do lado de fora do internato, e esperei o espetáculo,  com menos de dez minutos de espera vi uma linda explosão tomar conta de um prédio que havia 499 corpos, uma lágrima escorreu de um olho meu, mas não foi de tristeza,  era satisfação. Sumi da vista de todos, mas sempre cometia assassinatos por onde eu passava seja de famílias inteiras a mendigos na rua.

Alguns anos após minha estreia no mundo, eu havia mudado muito, meus cabelos e olhos eram tão negros como o carvão, as pontas dos cabelos eram loiras, todos os homens e até mesmo algumas mulheres desejam meu corpo nem que seja por somente uma noite, me aproveitava bastante disso, seduzia as pessoas e as matava para saciar o meu instinto. A polícia? tão idiotas quanto ratos de laboratório, sempre estava uma vítima a frente deles, comecei a assinar minhas obras de arte, porque queria que eles estivessem mais próximos de mim.

Já de noite, entrei em uma casa enorme pela porta da frente que havia arrombado, tranquei as portas e retirei todas as chaves que eu encontrei pela casa, dirigi-me a escada que levava-me ao segundo andar, vi um quadro com 5 pessoas, três homem e duas mulheres, desci as escadas e fui a cozinha, e peguei todas as facas e as coloquei debaixo do sofá.

Quando estava voltando a cozinha para ver se havia mais alguma faca, vi um homem calvo, alto e robusto, com um pijama listrado, peguei a minha faca que me acompanhava em todas as minhas obras, toquei suavemente o ombro dele e Beijei-o no pescoço, ele sorriu, sai da cozinha lentamente, e me escondi na escuridão da casa, peguei as chaves que estavam comigo e joguei-as no chão, fui ao sótão e  escondi-me lá. Naquela manhã aquela família ficou apavorada, chamou a polícia, mas não me acharam, vi que o casal havia saído e as crianças teriam ficado, desci rapidamente, estava vestindo um vestido negro com pérolas brancas como o próprio luar, no segundo andar vi uma criança, era uma menina, raquítica, loira, estava vendada, toquei a boca dela com o indicador e empurrei-a escada abaixo, antes que ela pudesse tirar o pano que cobria a visão dela subi novamente e escondi-me.

Quando o casal chegou às outras duas crianças que eram dois garotos que eram simbolicamente iguais levarem bronca, naquela tarde ouvi que o homem adulto passaria três semanas fora de casa, planejamento o que fazer, vi que aqueles dois garotos estavam agredindo aquela menina, meu sangue ferveu de raiva, esperei o adulto sair, Já de noite, desci e tranquei todas as portas e janelas, cortei e quebrei todos os telefones, no quarto da mulher adulta, entrei silenciosamente, sentei em uma cadeira que havia ao lado da cama dela e fiquei pensando a melhor forma de mata-la,  então decidi, peguei algumas peças de roupas, e amarei os braços e pernas junto a cama, fiz alguns cortes nela, peguei um lixo em estado de putrefação e joguei-o em seu corpo.

Dirigi-me ao quarto das crianças, após entrar no quarto, tranquei-o,  sentei-me do lado daquela moça, ainda decidindo o que faria com ela, mas ela acordou, soltei um olhar amigável e convidei ela a ver quem a fez, ela recusou, falou que tinha um motivo para viver, perguntei qual era, ela apontou o dedo para as camas de seus irmãos, um lágrima do meu rosto rolou, ela perguntou.

-Porque chora?
-Eles foram ruins com você, e você ainda quer viver por eles.
-Viver? Quero crescer, ser mais forte que eles e massacra-los.

Assustei com as palavras daquela criança, olhei nos olhos dela e encontrei um pouco de mim nela, então, fui até a cama daqueles garotos, cortei a garganta dos dois, quando virei-me, ela  golpeou-me com uma barra de ferro, olhei assustada, antes que pudesse perguntar, ela falou que não podia ter feito isso, porque nesse mundo podre onde nós vivemos caçando, aqueles dois  seres eram suas presas, Não conseguia ver direito por causa da pancada que levei, ela pegou a minha faca,  e arrancou as minhas pernas, arrancou o meu couro cabeludo, e antes que pudesse morrer, vi algo totalmente negro perto daquela menina, ela olhou para ele, e apontou o dedo para mim dizendo para ele tirar o lixo...
Após três semanas o adulto chegou e encontrou sua mulher e dois dos seus filhos  mortos, crucificado de forma inversa, e havia um bilhete deixado junto com os corpos: " - Não julgue um jarro pelo seu formato, veja seu recipiente, voltarei para te mandar para o inferno seu miserável".

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