Rabiscos Ruins

Relato de um Trabalhador

Eu, sou apenas mais um humano que vende seu corpo como qualquer outro, mesmo todas as pessoas discordando quando falo isso mas todas as pessoas vendem seu corpo por dinheiro, de formas diferentes, seja pra um escritório, construção ou algo do gênero, todos nós vendemos nosso corpo para fins lucrativos, e estou aqui para falar de como vendo meu corpo, eu vendo meu corpo por completo, sou o que vulgarmente vocês chamam de garoto de programa, claro que não pedi isso, mas preciso sobreviver,  prometi isso a minha mãe antes dela falecer, então não posso desistir, sempre fui um garoto estipulado pelo outros como modelo de beleza, sempre venerado por todos, depois que me formei no colegial, veio um homem me oferecendo emprego de modelo na capital de outro estado, sem pensar duas vezes aceitei, não falei com minha mãe até porque já tinha 19 anos, e aquele era meu sonho fora que com o dinheiro eu poderia dar uma vida melhor a minha mãe que era a minha única família, uma semana antes de partir minha mãe entrou em enfermo e antes de morrer me pediu para nunca desistir da vida, assenti com a cabeça que sim, cheguei no lugar onde iria começar minha carreira de modelo, mas isso mudou completamente, ele tomou meu documentos, e falou que se eu quisesse continuar respirando era melhor eu colaborar, falou que de agora para frente eu faria sexo por dinheiro, ele me jogou em um quarto, e me trancou lá, as paredes eram verdes e estavam encardidas, havia uma cama na parede oposta à da porta, havia um espelho sujo a esquerda encima de um criado, vi que na direita havia uma porta ao abri-la vi que era o banheiro mas não tinha como ficar mais de alguns segundos lá pois o cheiro que saia de lá era horrível, no criado havia alguns peças de roupa, recusei-me a vesti-las aquele homem que havia me trago para cá agora estava me puxando pelo braço, me jogou em um quarto grande e na cama havia uma senhora, ele deu uma tapa nas minhas costas e me desejou sorte, fiquei ali em pé durante alguns minutos, até que aquela senhora levantou-se e veio até mim encostou seu corpo em mim começou a me morder,  empurrei-a com toda minha força,  sai do quarto ofegante, no final do corredor havia dois homens, quando me viram me seguraram, até que o agenciador chegasse, quando ele chegou,  comecei a ser espancado até que desmaiei, acordei novamente naquele quarto imundo que eu podia chamar de lar, o agenciador chegou com uma sacola, jogou-a na cama e disse para eu me preparar, perguntei a ele por comida, ele disse que só depois do serviço,  então se eu quisesse me alimentar deveria fazer sexo, após vestir a roupa que estava na sacola, fiquei parado por um momento tentando aceitar o fato que para eu sobreviver eu precisaria fazer sexo, após aceitar esse fato saí do quarto, e segui o agenciador, cheguei no mesmo quarto de ontem, só que no lugar daquela senhora havia uma mulher jovem, passaram-se meses e eu continuava ali "trabalhando" estava feliz, pois minha dívida com o agenciador já estava quase paga, e então eu poderia ser livre outra vez, entrei no quarto que eu trabalhava como de costume, mas na cama não havia uma mulher, havia uma homem, fiquei pasmo, não queria me submeter aquilo,  e saberia que se eu rejeitasse minha dívida com o agenciador aumentaria e eu continuaria ali, naquele inferno, estava disposto a tudo pra sair dali, então trabalhei, com mais dois meses consegui pagar minha divida, sai daquele inferno, entrei em uma agência de modelos, hoje sou modelo profissional, não me orgulho de falar sobre o que eu precisei passar até chegar onde estou, mas senti necessidade de escrever essa carta, e devido a todas as minhas experiências sexuais no passado hoje eu rejeito o sexo.