Meu cabelo está fantabuloso. Finalmente. Pode a vida ser melhor?
Betty, esse é o nome da cabeleireira, é minha nova melhor amiga. Ela parece mais uma mãe do que uma estilista de cabelo, e no princípio tive sérias dúvidas se ela seria caoaz de reparar o dano.
A mãe de Paola estava para começa seu programa na televisão após ter seu cabelo arrumado. Ela parecia bem elegante com seu vestido azul-escuro e jóias de prata, e pensei que teria ficado intimidade com ela como fico com a mãe de Izzie, mas ela for realmente gentil. Deu uma olhada no que a Kate tinha feito no meu cabelo e disse para Berry:
- Oh, não, ela quer o cabelo mais macio, mais cheio, em camada, você não acha?
Concordei com a cabeça, mas só por garantia mostrei a foto que tinha cortado da revista.
- Exatamente - disse a sra. Williams, olhando a foto. - Uma coisa que dê para você mostrar essa bela estrutura óssea. E, Betty, faça algumas luzes nele. - Aí ela me falou antes de ir embora: - Meu presente, Lucy. Eu sei como é quando o cabelo da gente fica arruinada.
A família de Paola é suuuuperlegal.
E Betty foi em frente. Dessa vez não olhei no espelho até que ela tivesse terminado, então quando eu vi... Uau! Estava fantástico. Picotado e curto na frente e em camadas no resto. Aí, ela fez luzes na parte de cima. Tinha que admitir que dessa vez o corte realmente tinha ficado bom.
- Vocé está magnífica - falou Izzie. - Ele realmente faz sobressair seu rosto. Lindo.
- Você parece um elfo - disse Paola. - Bem Winina Ryder.
Depois que Betty saiu, demos outra olhada nas revistas de decoração da sra. Williams e eu vi o quarto que queria.
Lilás pálido. Polvilhado com azul.
- Que chique! - observou Izzie.
Tudo vinha ao mesmo tempo. Meu cabelo, meu quarto, minhas amigas.
Era hora de fazer a Paola minha pergunta incendiária.
- Paola - falei seriamente.
- Sim, maravilhosa? - ela respondeu.
- Você conhece o Tony?
- Claro - ela riu. - Ele é meu irmão.
- Por que ele não mora com a mãe dele?
Paola ficou quieta.
- Ela morreu. Num acidente na estrada, quando ele tinha seis meses de idade. Na verdade, a gente pode dizer que ele não a conheceu. Um ano depois, o pai dele conheceu minha mãe e, bem, ela é a única mãe que ele conheceu, mesmo não sendo sua mãe biológica.
- Onde ele está agora à noite? - perguntei. Queria que ele me visse com meu novo corte. Tão fantabuloso.
- Em algum curso depois da escola, imagino - Paola respondeu. - Ele muitas vezes fica fora até tarde por uma coisa ou outra.
De repente, Izzie tapou a boca com a mão e olhou para mim de modo estranho.
- Oh, meu Deus - ela disse. - Ohmeudeus.
- O que foi? - perguntamos em coro Paola e eu.
- Tony - ela falou. - Tony.
Ela sabia. Eu sabia que ela sabia. Fiquei vermelha, e então ela definitivamente soube.
- O que foi? - pergunto Paola.
Izzie cruzou os braços e me olhou como se quisesse dizer:
"Eu não vou falar, você vai?"
Dei uma espiada em Paola e achei que podia confiar nela.
- O quê? - ela perguntou.
- Tony - falei.
- Eu sei - disse ela. - Tony, Tony. O que tem Tony?
- Um garoto que não vimos em Highgate porque ele fica até tarde em aulas depois da escola? - perguntou Izzie, esperando que a ficha caísse.
Paola franziu a testa.
- A menos que nós o tenhamos visto, não? Óbvio. Claro. Tony é o CM.
Concordei, balançando a cabeça.
- E ele fez você beijá-lo - exclamou Izzie.
- E eu disse para ele ficar longe de você - continuou Paola. - Não admira que você tenha me odiado. Por que você não contou, Lucy?
- Achei que você fosse contar que eu gostava dele, e então eu ia... ia ficar parecendo estúpida. Se ele soubesse que eu o esperava na saída da escola, ai parecer uma desesperada.
Naquele instante, ouvimos alguém entrando pela porta da frente.
Oh, tomara que seja o pai dela voltando da América, rezei em pensamento, Mas, claro, a Lei de Murphy é implacável: o que quer que tenha que dar errado, dá errado.
Era o Tony.
- Oi, gente - cumprimentou ele. - Uai! Essa é a pequena Lucy. Pô, você ficou incrível. Maravilha.
Ele chegou e sentou perto de mim.
- Quer outra sessão de beijo?
Paola e Izzie sentaram-se boquiabertas.
- O que foi? - perguntou Tony. - Por que vocês estão me encarando? O quê? O que aconteceu?
Nessa hora, comecei a rir e não conseguia parar. Aí a Izzie também começou, depois a Paola, e logo estávamos as três nos dobrando de rir.
Tony se levanto e foi pisando duro para a porta.
- Garotas. Às vezes, vocês podem ser realmente infantis.
- Pensei que ele gostasse de garotas com senso de homor - falei, ainda rindo.
- Não quando ele é o atingido - respondeu Paola. - E não vou dizer mais nada, sobre, você sabe, sobre ele ser o CM, se você não quiser.
- Obrigada - agradeci. - Eu não quero mesmo.
- Em todo caso - disse Izzie -, acredito que você poderia conseguir quem você quisesse com esse seu novo visual.
Fique só paquerando por aí, por enquanto.
- Ah, mas eu fui beijada pelo Mestre - falei, brincando de novo.
- Por isso mesmo - ela respondeu. - Para ver se alguém consegue superá-lo.
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Galeras, Paqueras & Sutiãs Infláveis
Fiksi RemajaEsse livro não é meu, eu só estou postando porque gostaria de compartilhar com vocês... O nome da autora esta na capa. Mas um momento decisivo é exatamente o que Lucy NÃO quer. Tudo está mudando ao redor dela, e de repente exigem que ela tome toda e...