Galeras, Paqueras & Sutiãs Infláveis

Desastre!

Não acredito. Simplismente não acredito. O que começou como uma semana brilhante acabou em desastre completo, total e absoluto!
Claro que Izzie conto a Paola que eu tinha visto um garoto de quem havia gostado. Tudo bem com essa parte, na verdade Paola ficou entusiasmada, embora eu tenha me sentido uma estúpida quando precisei admitir que não tinha sequer falado com ele.
- Então como você sabe como ele é? - ela pergunto.
- Não sei. Só sei que agente vai se dar bem - respondi.
- Então. Antes de mais nada, temos de fazer com que ele note você - disse Paola.
- Eu sei - admiti.
Eu vinha pensando muito sobre isso. Será que ele vai ser mais um numa longa fila de pesaoas que pesam que eu tenho 12 anos e nem sequer registram minha presença? Não. Eu estava pensando positivo. Eu encontraria um meio.
Não espere que o seu navii chegue. Nada até ele.
Eu tinha um plano.
Por sorte tive Izzie só pra mim durante a semana. Paola está na peça de teatro da escola e teve ensaios todas as noites. Devo admitir que isso me deixou aliviada. Não quero ser malvada nem nada do gênero, mas ela é o que Lal chama de supergata. Se "Ele" a visse, minhas chaces de receber pelo menos uma olhadiha seriam nulas.
É isso ai. O plano era que Izzie e eu pegaríamos o ônibus atê highgate e, se tudo desse certo, trombariamos com ele. Tio assim, "acidentalmente de propósito".

Terça-feira à tardinha: fomos para Highgate. Eu gosto dali. Casas altas e brancas em estilo georgiano, dispostas em redor da praça, por trás de grade de ferro trabalhado. Chiquérrimo. E o bairro não é como o resto de Londres, com supermercados e lojas de grandes redes. As lojas ali são individualizadas e interessantes - por exemplo, joalherias e lojinhas de objetos de decoração. No começo, ficamos tão absortas olhando as vitrines que quase esquecemos de procurar o sr. CM. Cavaleiro Misterioso (é o apelido que Izzie coloco nele).
Nós nos obrigamos a esquecer as lojas e caminhamos ao redor da escola umas vinte vezes. Paramos no ponto de ônibus. Garotos de tosos os formatos e tamanhos pareciam brotar do chão. Mas "Ele" apareceu? Não.

Quarta-feira à tardinha: Highgate. Dessa vez, fomos para os cafés. Café Uno. Café Rouge. Costa's. Quando terminamos, eu sentia o cappuccino correr pelas minhas veias. Todos os lugares estavam cheios de meninos de St. Michael. Menos ele.
- Vai ver ele está de cama gripado, ou algo assim - falou Izzie.
- Vai ver eu o imaginei - eu disse. A imagem dele estava começando a se apagar na minha mente.
Qunta-feira à tardinha: passamos pela escola e pelos cafés. Meu dinhero estava acabando. É um negócio caro procurar o Cavaleiro Misterioao. E nada ainda.

Sexta-feira: Izzie estava convencida de que ele havia adoecido.
- Mas você não tem como saber - falei. - E se ele esteve doente, talvez tenha melhorado.
Agente deu a caminhada habitual pela escola. Mais uma vez, ele não apareceu.
- Vamos ao Costa's - falou Izzie. - É aonde a maioria deles vai.
Bem nesse momento, vimos Paola atravessar a rua e acenar. Ela estava incrível. Embora a gente não tenha de usar uniformes escolares, ela ás vezes cria sua própria versão e coloca blusa, gravata, saia e meias três-quartos. Muito Britney Spears. Ela havia encurtado a saia e suas pernas pareciam fantásticas. Os automóveis estavam quase batendo nos postes, porque os motoristas se viravam para olhar para ela.
- O ensaio foi cancelado, então pensei em me juntar à tropa de caçadoras de garotos - falou, com um sorriso.
Meu coração fici apertado quando Izzie lhe contou nosso plano e nós seguimos para o Costa's.
- Encontro você por lá - ela falou. Só vou até a banca comprar uma Bliss. Tem uma reportagem sobre a Semana de Moda que eu quero ler.
Izzie e eu fomos para o café e ocupamos uma mesa junto à janela, de onde a gente também podia olhar para a rua. Dei uma rápida checada nos clientes. Não, ele não estava ali.
Foi quando meu brilhante plano ganho vida própria.
Izzie foi pegar os cappuccins, e eu olhei pela janela.
Então meu queixo caiu! Paola estava vindo pela calçada e adivinhem só quem estava ao lado dela? Ele. CM. Bastaram dois minutos dentro da loja para conhecê-lo! Isso é que é trabalhar rápido. Ele até ria de alguma coisa que ela tinha dito. Eu sabia que isso ia acontecer se Paola estivesse conosco.
Oh, não. O pior é que Paola vinha direto para o café. Ela n tinha como saber que ele era meu "Ele", e decidi não abrir o jogo. Mas eu estava vermelha feita um pimentão e rezei para que ninguém percebesse.
Os dois entram e vieram para a mesa, ao mesmo tempo em que Izzie voltava com os cafés.
- Iz, Lucy. Este é Tony - ela falou.
De perto, ele era ainda mais bonito! Olhos castanhos sonolentos e aveludados, cílios negro e espessos, e uma boca maravilhosa, com o lábio inferior bem cheio.
- Tony é meu irmão - disse Paola.
Meu queixo caiu e Izzie começou a rir.
- Sei o que você está pensando - ela disse. - Como pode ser?
Eu estava pensando exatamente isso. Quer dizer, Paola é metade jamaicana. Pele da cor de sorvete de café. O biotipo de Tony é mais mediterrâneo. Felizmente ninguém notou meu rosto, a essa altura e um escarlate brilhante. Todo mundo estavva ocupado demais olhando para Tony.
- Ele é meu meio-irmão - ela explicou. - Minha mãe é a segunda mulher de meu pai. Um ano depois de ele casar com minhã mãe, eu nasci. Portanto, mesmo pai, mães diferentes.
Ela havia nos dito que tinha um irmão, mas eu não esperava por isso! Não chega a espantar que ela e Izzie tenham tanto em comum. Mas irmão. Ele é irmão de Paola. Meio, postiço, o que for. Oh, NÃO! Agora não posso contar a ninguém, nem para Izzie, nem a Paola. Paola e sua enome boca, ela na certa contaria para o irmão que eu estou a fim dele e que tenho andado à sua procura. No final, ia parecer que eu não passo de uma desesperada! Será que a vida ainda pode ficar pior que isso?
- Oi - ele sorriu pra mim. - Qual de vocês é Lucy?
Eu me senti toda mole, quase desmaiando. Quando ele olhou para mim.
- Sou eu - falei num murmúrio. Minhas faces estavam pegando fogo.
- Paola me contou que você está a fim de um garoto da Sr. Michael. Eu estudo ali, então vai ver que o conheço. Em que ano ele está? Como ele é?
- Er... alto, er.. cabelo - gaguejei, me esforçando ao máximo para não descrever a visão diante de meus olhos. - Ele estava muito afastado para que eu desse uma boa olhada.
Izzir e Paola morrer de rir.
- Um supergato, ao que parece - disse Paola, vindo em meu auxílio. - Pelo menos sabemos disso. Basta você nos trazer o garoto mais lindo da escola. Ele vai servir.
- Bem, vocês estão olhando pra ele - vangloriou-se Thony.
- Mas vou tentar encontrar o segundo mais maneiro.
- Convencido - disse Paola.
Eu queria morrer.

Por sorte, Tony não ficou muito tempo por ali, e depois foi a minha vez de me levantar para ir embora. Eu queria fugir e me esconder.
Todos os garotos da St. Michael estavam paquerando Paola e im deles até ofereceu a ela um café e uma torta. Num canto, havia um garoto de cabelo comprido e aparência meio estranha lendo a revista Mojo, especializada em música. Izzie foi até ele e logo os dois estavam entretidos num papo sebre música e cartas astrais. Eu me sentia como uma peça sobressalente. Ninguém me notava. Era como se eu fosse invisível. É estranho: quando me sinto bem, consigo fazer todo mundo rir, mas quandi estou deprimida, desapareço. E Tony foi para casa. Ele não apenas é irmão de Paola, mas está certo quando a ser o garoto mais bonito da escola. Não consigo acreditar que Izzie não sacou que ele era "Ele".
- Gente, eu já vou - falei.
- Você não quer ficar e ver se o Príncipe Encantado aparece? - perguntou Paola, enquanto pegava com a colher a espuma do cappuccino. - Olhe, acho que o motivo de você não ter visto é que ele deve estar tendo alguma aula depois da escola. Eles fazem todo tipo de atividade extracurricular, esgrima, música, teatro, Tony me contou. Ele sempre chega tarde porque está fazendo uma coisa ou outra. Fique por aqui mais uma meia hora e outro bando de meninos vai aparecer.
Como eu podia lhe dizer que "Ele" já havia aparecido? Que "Ele" era Tony. Tony que agora estava, graças à boca grande de Paola, mais do que disposto a me ajudar a encontrar meu garoto misterioso.
Eu não queria que ela suspeitasse, por isso me sentei novamente e continuei com a farsa de que ainda estava à espera do Príncipe Encantado.
Por sorte, Paola mudou de assunto. No momento, ela só pensa na Semama de Moda - o evento está cada vez mais próximo - e mal conseguie se concentrar em outra coisa.
- Várias agências de modelo estão enviando calçados e talentos para o evento - ela leu a revista. - E tanto Erin O' Conner quanto Vernon foram descobertos em shows no passado. E a gente pode ganhar um tratamento intensivo de beleza. Haverá especialistas capazes de nos deixar com uma aparência totalmente nova!
Izzie voltou e sentou-se conosco. Ela e Paola passaram a meia hora seguinte conversando sobre o que iam vestir e o que iriam fazem lá. Tratamento de beleza, acessórios, manicures.
- O que você vai vestir, Lucy? - pergunto Paola.
- Ainda não pensei sobre isso - respondi. Eu estava a quilômetros de distância, pensando em Tony. Havia um milhão de perguntas que eu queria fazer a Paola.
De que signo ele é? Izzie pidia fazer sua carta para ver se nós éramos um bom par.
O que ele gosta de fazer?
De que espécie de garota ele gosta?
O que Izzie e Paola pensam que ele achou de mim? Ele havia me dado um sorriso caloroso!
E po que ele não mora com a mãe? Geralmente, quando um casal se separa, os filhos ficam com a mãe. Então como é que Tony vive com o pai ea mãe de Paola? Onde está a mãe dele?
E a pior de todas. E se Izzie gostarde Toby? Isso é provável. Ele é tão gatinho. Irresistível. Magnifique. Como descobrir sem que ela perceba que ele é o CM?
Mas eu não podia perguntar nada. Tinha de ser o meu.segredo.
Lembram daquele navio até onde eu deveria nadar? Acho que ele acabou de afundar.