continuação

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Lissa narrando

Eu nem sei o que aconteceu,  foi como se.... de uma hora pra outra, o mundo parasse de ser mundo, parasse de ser humano e PARASSE DE RESPIRAR.

-- precisamos sair daqui Chris,  as portas não vão aguentar muito tempo.
-- Você acha que eu não sei Lis.  Disse Chris nervoso. -- Só que não podemos sair nesse caos, tem gente machucada,  não podemos deixar essa gente pra trás.
-- Como assim Christian,  claro que podemos,  nem conhecemos eles,  e além do mais temos que nos preocupar com a gente,  com quem pode sair e se salvar,  porque se nos preocuparmos com eles vamos todos morrer. Flavy indagou.
-- Chris está certo, mas a flavy também está.  Não podemos carregar nas costas toda essa gente,  mas também não podemos deixar elas aqui.  Eu disse meio que duvidando das minhas palavras,  pois queria sair correndo.
-- Já sei,  vamos esconder elas, e quando acharmos um policial ou alguém pra ajudar nós podemos voltar aqui. Marina deu a idéia
-- Isso parece o certo a fazer. Gabi disse
Todos concordamos,  e agora era hora de reunir todos e falar a nossa idéia.
-- ATENÇAO PESSOAL,  POR FAVOR ESCUTEM.  PRECISAMOS SAIR DAQUI,  MAS ALGUMAS PESSOAS ESTÃO MACHUCADAS E NÃO TEM CONDIÇÕES DE ANDAR... Disse Marina.
Contamos nossa idéia,  e logo virou uma bagunça só. Alguns não concordaram com a idéia é começaram a gritar. Todos estavam gritando e discutindo muito,  o que já estava me irritando.
-- OLHA AQUI,  NÓS VAMOS SAIR COM OU SEM VOCÊS,  SÓ ESTAVAMOS TENTANDO AJUDAR,  FIQUEM AÍ DISCUTINDO,  QUE VOU EMBORA, QUEM QUISER VIR COMIGO VENHA,  AGORA EU NÃO VOU PARAR PRA AJUDAR QUEM SABE QUE NÃO PODE ANDAR E FICA TEIMANDO.  eu disse super irritada.
T

odos me olharam com os olhos arregalados. Mas dessa vez até eu me surpreendi com a firmeza em minha voz. Percebi então que a porta já estava quase se partindo ao meio.  Seja lá o que estava pelo lado de fora já sabiam que estávamos lá dentro,  e iriam fazer de tudo pra entrar e nos rasgar sem dó.  Atrás de uma mesa tinha um duto de ventilação que percorria toda a escola e por sorte ia para fora.
Agachei para abrir a grade que protegia a entrada e logo percebi que tinha parafusos nas quatro extremidades. -- Droga. Pensei em voz alta.
-- ei,  acho que posso ajudar,  tenho um canivete suíço,  deve ter algo aqui que ajude.  Disse um garoto que eu mal conhecia,  vi algumas vezes no biblioteca da escola, sempre com uma pilha de livros ao lado.
-- Isso é ótimo,  obrigado.  Peguei o canivete e comecei a procurar algo que se encaixasse no buraco do parafuso, na parte de cima. 
Glórias,  consegui um resultado.  Logo tirei os quatro parafusos, fui atrapalhada por um grande estrondo na porta, que estava quase se partindo,  por um momento havia me esquecido do porque estava lá.
-- PESSOAL QUEM FOR FICAR POR FAVOR SE ESCONDAM PORQUE EU VOLTAREI COM AJUDA PARA BUSCÁ-LOS,  EU PROMETO.  E QUEM FOR VIR COMIGO,  VAMOS.  Disse essas palavras gritando para que todos pudessem escutar.
Não sabia ao certo se iria voltar,  mas eu fiz uma promessa,  e promessas não podem ser quebradas.  Vi algumas pessoas se esconderem e o resto veio comigo, atrás de mim estava umas 8 pessoas,  não sabia ao certo se o duto iria aguentar o peso dessas pessoas. Assim que a última pessoa entrou no duto e fechou a grade ouvi um terrível som da porta se partindo e alguns passos frenéticos resoavam pelo ginásio.
Era isso, estávamos ali,  e agora não tinha mais como voltar,  só tínhamos que sobreviver a seja lá o que....

A outra vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora