Eric POV
Ari e eu conseguimos passar pelos homens de Miguel e entramos na mansão. Estamos em busca das celas mas parece não ser tão simples.
- Muito inteligente da parte de vocês - Ironiza uma voz que reconheço na hora.
- Miguel!? - Digo, assustado.
Arianne olha para ele com os olhos arregalados.
- Acho que não vieram para uma visitinha não é mesmo?
- Cadê meus amigos? - pergunto em um ato raro de coragem.
- Irá se juntar à eles em breve. Nate, Greg. Sabem o que fazer.
Olho para trás e os dois estão lá. Nathanael pega Arianne e Gregory me agarra pelos pulsos.
- Levem eles daqui. - diz Miguel e sai do recinto.
Somos arrastados até um elevador e descemos até um andar de numeração - 5. Não sabia que existiam andares negativos. As celas ficam no subsolo. Paramos em um local com um corredor largo e longo. Com algumas portas de aço de cada lado do corredor. Andamos por ele.
- Aqui. - Diz Nathanael ao chegarmos em uma das portas.
Ele abre e joga Ari dentro, em seguida Gregory me empurra para dentro também. A porta é fechada e trancada.
- Eric? - Ouço alguém dentro da cela.
Giro nos calcanhares e vejo Ferdinan sentado, escorado na parede oposta. Ele está todo machucado.
- O que aconteceu com você Ferdinan?
- Eles sabiam de mim o tempo todo. - Diz e tosse um pouco.
- Temos companhia? - Ari pergunta subitamente, me assustando.
- Só nós três. - Responde Ferdinan.
- Ótimo, conte à ele Eric.
- O plano? - Pergunto.
Ari põe a mão no rosto e o abaixa.
- Não Eric, a receita do chá de pêssego da vovó! - Fala ela sarcasticamente sem paciência.
- Ok! - Confirmo e começo à contar tudo ao Ferdinan.
Lee POV.
Não sei se o plano vai dar certo. Malúcia está demorando.
- Tudo bem, pequeno? - Bryan pergunta preocupado.
Estamos sentados no chão e eu estou sentado entre as pernas de Bryan, de costas para ele.
- A Malúcia não devia demorar tanto. - Digo.
- A Malúcia? - Meu pai me olha confuso.
- Isso, não lhe contei antes mas a Judy é a Malúcia.
- Ela e o irmão?
- É...
- Se os gêmeos Lima estão, então o negócio não vai ser nada bom.
Bryan me aperta mais ainda no abraço. Enterrando o nariz no meu cabelo, ele leva a boca até minha orelha e sussura:
- Não se preocupa amor, vai dar certo. Vou te proteger.
Ouvir isso mesmo nessa situação me deu um certo alívio e um pouco de medo.
- Arriscaria sua vida pela minha? - Pergunto, temendo a resposta.
- Já estou fazendo isso Lee. Não importa o que acontecer eu vou te proteger. - ele beija o lóbulo da minha orelha esquerda - Eu. - Beija de novo - Te. - De novo - Amo. - E dessa vez ele me beija na boca.
- Vamos parar com a melação aí!? - Meu pai atira a jaqueta marrom dele na gente.
Eu e Bryan sorrimos. Meu pai olha pra gente e começa a rir também.
- Você precisa de alguém urgentemente. - Digo para ele.
- Ser solteiro tá muito bom até agora.
Mal ele termina a frase a porta se abre com violência. Bryan me aperta e eu me agarro aos seus braços.
- Saudades? - Uma garota de cabelo rosa aparece na porta. Espera um pouco...
- MALÚCIA! - Grito e corro até ela e a abraço forte.
Ela retribui o abraço e beija meu pescoço.
- Acho que eu tô com ciúmes. - Bryan diz logo atrás de mim.
- Calma que, se fosse pra ser, seria. - Meu pai diz.
- Malú vamos.
Uma voz conhecida chama do corredor. Malúcia olha para nós três.
- Gente, temos ajuda. - Diz ela e puxa Cedrick.
Meu pai fica surpreso, eu fico desconfiado e em frações de segundos, como se em câmera lenta, eu olha pra Malúcia e ela está com os olhos arregalados. Quando olho na mesma direção que ela, vejo Bryan avançar no Cedrick.
- SEU MALDITO!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Angelus
Hayran Kurgu"Quando olhei nos seus olhos tive certeza... esse grandão ciumento é meu anjo!!"