48 - Ajudinha extra.

46 7 5
                                    

Eric POV

Ari e eu conseguimos passar pelos homens de Miguel e entramos na mansão. Estamos em busca das celas mas parece não ser tão simples.

- Muito inteligente da parte de vocês - Ironiza uma voz que reconheço na hora.

- Miguel!? - Digo, assustado.

Arianne olha para ele com os olhos arregalados.

- Acho que não vieram para uma visitinha não é mesmo?

- Cadê meus amigos? - pergunto em um ato raro de coragem.

- Irá se juntar à eles em breve. Nate, Greg. Sabem o que fazer.

Olho para trás e os dois estão lá. Nathanael pega Arianne e Gregory me agarra pelos pulsos.

- Levem eles daqui. - diz Miguel e sai do recinto.

Somos arrastados até um elevador e descemos até um andar de numeração - 5. Não sabia que existiam andares negativos. As celas ficam no subsolo. Paramos em um local com um corredor largo e longo. Com algumas portas de aço de cada lado do corredor. Andamos por ele.

- Aqui. - Diz Nathanael ao chegarmos em uma das portas.

Ele abre e joga Ari dentro, em seguida Gregory me empurra para dentro também. A porta é fechada e trancada.

- Eric? - Ouço alguém dentro da cela.

Giro nos calcanhares e vejo Ferdinan sentado, escorado na parede oposta. Ele está todo machucado.

- O que aconteceu com você Ferdinan?

- Eles sabiam de mim o tempo todo. - Diz e tosse um pouco.

- Temos companhia? - Ari pergunta subitamente, me assustando.

- Só nós três. - Responde Ferdinan.

- Ótimo, conte à ele Eric.

- O plano? - Pergunto.

Ari põe a mão no rosto e o abaixa.

- Não Eric, a receita do chá de pêssego da vovó! - Fala ela sarcasticamente sem paciência.

- Ok! - Confirmo e começo à contar tudo ao Ferdinan.

Lee POV.

Não sei se o plano vai dar certo. Malúcia está demorando.

- Tudo bem, pequeno? - Bryan pergunta preocupado.

Estamos sentados no chão e eu estou sentado entre as pernas de Bryan, de costas para ele.

- A Malúcia não devia demorar tanto. - Digo.

- A Malúcia? - Meu pai me olha confuso.

- Isso, não lhe contei antes mas a Judy é a Malúcia.

- Ela e o irmão?

- É...

- Se os gêmeos Lima estão, então o negócio não vai ser nada bom.

Bryan me aperta mais ainda no abraço. Enterrando o nariz no meu cabelo, ele leva a boca até minha orelha e sussura:

- Não se preocupa amor, vai dar certo. Vou te proteger.

Ouvir isso mesmo nessa situação me deu um certo alívio e um pouco de medo.

- Arriscaria sua vida pela minha? - Pergunto, temendo a resposta.

- Já estou fazendo isso Lee. Não importa o que acontecer eu vou te proteger. - ele beija o lóbulo da minha orelha esquerda - Eu. - Beija de novo - Te. - De novo - Amo. - E dessa vez ele me beija na boca.

- Vamos parar com a melação aí!? - Meu pai atira a jaqueta marrom dele na gente.

Eu e Bryan sorrimos. Meu pai olha pra gente e começa a rir também.

- Você precisa de alguém urgentemente. - Digo para ele.

- Ser solteiro tá muito bom até agora.

Mal ele termina a frase a porta se abre com violência. Bryan me aperta e eu me agarro aos seus braços.

- Saudades? - Uma garota de cabelo rosa aparece na porta. Espera um pouco...

- MALÚCIA! - Grito e corro até ela e a abraço forte.

Ela retribui o abraço e beija meu pescoço.

- Acho que eu tô com ciúmes. - Bryan diz logo atrás de mim.

- Calma que, se fosse pra ser, seria. - Meu pai diz.

- Malú vamos.

Uma voz conhecida chama do corredor. Malúcia olha para nós três.

- Gente, temos ajuda. - Diz ela e puxa Cedrick.

Meu pai fica surpreso, eu fico desconfiado e em frações de segundos, como se em câmera lenta, eu olha pra Malúcia e ela está com os olhos arregalados. Quando olho na mesma direção que ela, vejo Bryan avançar no Cedrick.

- SEU MALDITO!

AngelusOnde histórias criam vida. Descubra agora