Oiee! Obrigada pelos comentários e votos <3 Liberei mais um capítulo como forma de agradecimento ;) Boa leitura!
- Tolo, insensato, irresponsável! Eu posso ficar o dia inteiro aqui, ditando as palavras que resumem a sua atitude ontem. – Ramsés gritava as suas palavras, enquanto andava de um lado para o outro.
Usava uma calça jeans com lavagem, suéter vermelho com as mangas erguidas, um sapatênis simples nos pés. Os cabelos castanho-escuros estavam penteados para trás, deixando à mostra o rosto bronzeado e olhos claros. Os seus traços eram fortes, pois ele tem ascendência espanhola, o corpo é esbelto magro com músculos nos lugares certos.
Mas tem sempre uma coisa que estraga, e no caso de Ramsés, é o temperamento. Pensa em um homem mais aborrecedor! Sempre colocando os outros para baixo, xingando aos quatro ventos. Acho que é por isso que ele é um eremita, ninguém tem paciência para um homem como esse! Eu ainda acho que isso é falta de sexo, pois Ramsés tem a vida de um monge.
Eu li um artigo que se não liberarmos o hormônio liberado na hora em que gozamos, ficamos insuportáveis. Acho que esse é o caso do meu instrutor casca grossa. Estou pensando em arrumar uma parceira para ele, mas qual espartana aguentaria esse humor de cão?
- Tinha um outro lobisomem naquela floresta. – Murmurei.
- O quê? – Ramsés indagou, e parou para olhar-me com o cenho franzido.
- Lobisomens trocam a cor dos olhos?
- Não...
- Eu acho que vi um lobisomem de olhos verdes, quando entrei na floresta. – Ocultei a parte em que eles me jogaram, não aguentaria mais um sermão de Ramsés.
- Acho? Daphne nós não trabalhamos com incertezas.
- Eu vi um lobisomem de olhos verdes e depois encontrei aquele de olhos dourados, satisfeito?
- Sim, e lobisomens não trocam assim. Tem quem diz, que quando eles viram ômegas, e alfas os olhos mudam.
- Acontece em questão de minutos?
- Não, tem...
- Então tinham dois monstros atrás de mim!
- Isso é impossível, aquela floresta só tinha um.
Levantei da cadeira, que até então estava sentada (jogada) tranquilamente, e lancei-me como uma baladeira para cima de Ramsés. Como eu sou pequena (1,60) fiquei olhando-o com o queixo empinado, enquanto ele mal se dignava a baixar o olhar.
- Está me dizendo que vocês me lançaram naquela droga de floresta fria e assombrada, sabendo que tem a merda de um lobisomem brincando de casinha, lá? – Batia no peito dele com o meu dedo indicador, de forma acusadora.
- Não havia ninguém brincando de casinha, Daphne! Você queria o que para a sua iniciação? Uma sala onde colocaríamos alguém fantasiado de lobisomem, o qual correria atrás de você, gritando "eu vou te comer, eu vou te comer"? – O sarcasmo nas palavras dele era palpável.
- Eu não tinha experiência. – Protestei.
- Mas treinou, comigo. – Acrescentou como se ele fosse "o cara". Revirei os olhos e dei as costas para o "Sr. Ego".
- Eu não quero mais fazer isso. – Reclamei.
- Tem que fazer.
- Por que? Até onde sei Yumi ainda está viva. Só assumiria oficialmente a capa escarlate, caso... – Parei de falar, quando finalmente o meu cérebro processou tudo. Voltei a fitar Ramsés. – Ela não está doente, certo?
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Red
Short StoryNem todo conto de fadas é do jeito que imaginamos... Há muitas releituras de uma mesma história, mas sempre vendo só um lado da situação: a da mocinha e do mocinho. Os vilões sempre são vistos como os únicos errados da situação, mas será que se...