Oieee! Olha eu aqui adiantando capítulo do conto! :) Elijah ainda não acabou, mas eu resolvi publicar logo o que já tinha de pronto do Red :D Lembrando amoras e amores, que por se tratar de um conto, os acontecimentos acontecerão mais rápidos do que em um livro. Boa leitura!
- Você sabia que Lauren tinha um sobrinho? – Kitty, uma das garçonetes, perguntou.
Olhei em direção em que Orion estava, e deparei-me com os seus olhos dourados na minha direção. Sei que isso não é nada legal de acontecer, mas eu corei e desviei o olhar. No meu treinamento, eu aprendi que deveríamos esconder as nossas emoções e nunca desviar o olhar quando somos intimidados. Ou seja, fiz tudo o que não deveria fazer. Ramsés irá querer a minha cabeça.
- Não, ela nunca me disse nada. – Respondi, e entreguei uma fatia de bolo de chocolate para um cliente.
- Ele é incrivelmente bonito. Ruivo, alto...
- Existe um monte de ruivos e altos aqui na Escócia, Kitty. – Interrompi e entreguei um copo de cappuccino para outro cliente. – É melhor você ir servir as mesas, o balcão está por minha conta hoje.
-Não acho que o novo chefinho irá se importar de eu estar aqui. Ele não tira os olhos de você. Já se conheciam antes?
- Não, eu o encontrei quando cheguei para trabalhar e tivemos uma pequena conversa, nada fora do comum.
- Se você diz. – Kitty murmurou, antes de lançar uma última olhada para Orion e eu. – Só tome cuidado, ele é lindo e tudo mais..., porém ainda é um pouco estranho.
Tentei agir naturalmente durante todo o meu turno, sorrindo amigavelmente para todos os clientes. Evitando o olhar de fogo do Orion, e fingindo que ele não estava aqui. Assim era mais fácil.
No final do meu turno fui para a lateral do prédio, onde a minha moto estava estacionada. O meu celular vibrou no bolso da calça jeans, tirei e vi uma mensagem de Ramsés.
"Tenho algumas coisas para você entregar à vovozinha"
Bufei e enfiei o celular novamente no bolso. O dever me chama, e eu estou a ponto de o mandar ir para aquele lugar. Em síntese essa mensagem quer dizer, que eu tenho que buscar alguns arquivos e armas na casa do meu instrutor, e depois leva-los até a central de treinamento localizada no meio da floresta, uma cabana com uma entrada subsolo secreta. Eu imaginando que teria uma tarde relaxante na companhia de mim mesma.
Pegando a minha moto, dirigi até a casa de Ramsés. Cheguei lá 15 minutos depois, e para melhorar, começou a chover. Ensopada e com um humor de cão, toquei a campainha.
- Por que você demorou tanto? – Foi a pergunta irritadiça que escutei do meu instrutor, quando ele foi me receber.
- Ramsés, estou prestes a quebrar esse seu nariz plastificado!
- Meu nariz não é plastificado! – Ele tocou essa parte do seu corpo.
- Parabéns pela sua ótima genética. – Disse com sarcasmo. – Qual é o trabalho dessa vez?
- Já expliquei para você por mensagem.
- Que merda, homem! O que eu tenho que levar para aquele fim de mundo?
- Alguns livros do Victor, datados da época em que o lobo foi levado para ele.
- Ah, sim! Tenho que carregar um bando de livros empoeirados e pesados, por uma floresta fria e deserta. Tem coisa melhor do que essa? Que sorte a minha.
- Sem sarcasmo. – Ramsés me repreendeu.
- Onde estão os livros? Quanto mais cedo ir fazer isso, melhor para mim. Pois, evito ficar presa numa floresta sombria com neve até o pescoço.
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Red
Short StoryNem todo conto de fadas é do jeito que imaginamos... Há muitas releituras de uma mesma história, mas sempre vendo só um lado da situação: a da mocinha e do mocinho. Os vilões sempre são vistos como os únicos errados da situação, mas será que se...