- Como irei saber se tudo isso que você me falou, não passa de uma mentira? – Inquiri. – Orion, eu cresci acreditando em uma outra coisa, aí vem você e me conta isso. Tem ideia de como está a minha cabeça agora?
- Sei que é muito para um único dia, porém não posso ser mais sutil, não quando a insanidade da sua família pode fazer muitas pessoas morrerem.
- A insanidade da minha família. – Ecoei. – Posso muito bem-estar falando com um doido de pedra!
- Eu sei que você desconfia de todas essas teorias da sua família há anos. Por que outro motivo você decidiu se afastar de tudo isso?
- Por que você confia em mim? Lá fora você me disse que eu era igual a todas as outras que já serviram a irmandade.
- Sei que disse isso, entretanto, por mais que eu odeie admitir, você tem a sua singularidade, que te difere das outras. – Parece que doeu, para o ruivo, ter de admitir isso.
- Acho que esse é o mais próximo de um elogio, que irei ter de você.
- Isso mesmo, princesa, agora vai me ajudar?
- Vai ser muito difícil passar pela segurança. Ramsés já deve estar por dentro do meu sumiço, e com toda certeza reforçou a segurança de todo o lugar.
Me surpreendi, quando Orion se aproximou e me beijou, meus lábios se abriram para receber a sua exigente língua e me deixei levar pelo seu sabor delicioso, até que ele se afastou.
- Obrigado, irei fazer de tudo para mantê-la em segurança, prometo. – Falou contra os meus lábios, seu folego fazendo cocegas, e tornou a me beijar, dessa vez com mais luxuria.
Lá fora a neve caia sem parar, pintando de branco cada canto da floresta. Aqui dentro, as respirações apressadas enxiam o cômodo, numa sinfonia de desejo extremamente erótica.
As mãos de Orion passeavam por toda a minha pele já nua, tocando com mãos grandes e quentes. Ele também já estava completamente nu, os pelos das suas pernas acariciavam a minha pele lisa. A sua barba arranhava a pele sensível do meu pescoço, enquanto seus lábios macios beijavam-me lá.
Meus dedos traçavam a linha perfeita da sua costa até a curva das suas nadegas musculosas. Sentia o seu pênis duro e inchado, tocando a suave pele do interior da minha coxa.
Sentia-me quente e úmida, esperando, ansiando por cada milímetro dele. Sentia-me completamente vazia, e ansiava por ser preenchida pelo meu maior inimigo.
Exatamente isso que tornava tudo mais excitante, pois ele é proibido para mim e eu sou proibida para ele. Nunca um clichê erótico me deixou tão excitada e ansiosa. Era tudo muito mágico, muito inebriante, muito perigoso, mas acima de tudo apaixonante.
Arfei no exato instante em que seus dedos longos me invadiram, eles trabalhavam em mim com uma precisão deliciosa, ao mesmo tempo que sua boca voraz devorava a minha.
Era como se Orion estivesse sedento de mim e eu dele, aquilo estava sendo como o encontro íntimo de dois amantes que não se viam há séculos.
Orion retirou os dedos de mim e eu me senti extremamente vazia. O homem olhou para mim e me ergueu da cama. Envolvi as pernas em sua cintura e me deixei ser levada.
Senti o frio me invadir, quando ele abriu a porta da cabana. Ele me colocou no chão e meus pés gelaram instantaneamente ao tocar a neve.
Os olhos de Orion estavam dourados brilhantes, enquanto ele caminhava completamente pelado até onde eu estava. Só as ondas calorosas daquele olhar, me faziam esquecer.
Ele me guiou até uma zona em que não havia neve, pois, a cobertura da casa não deixava. Lá, ele me fez apoiar num tronco de arvore e guiou-me até meu bumbum está empinado em sua direção.
- Orion?
- Shiu, silencio. – O timbre da sua voz estava diferente. Não era mais um timbre humano, era quase animalesco.
Olhei por cima do ombro, e fiquei surpresa ao presenciar a transformação dele. Os dedos das suas mãos cresceram, assim como os pés. Pelos começaram a cresces por toda a extensão do seu corpo. Seu rosto foi modificando até ele ganhar a aparência de um lobisomem. Orion já não era mais humano, agora ele era uma criatura monstruosa e ao mesmo tempo magnifica, que era muito maior que eu.
Virei-me e tentei me afastar, principalmente quando vi o seu membro, que agora estava em proporções desumanas. Ele era enorme, numa tonalidade de vermelho escuro, quase roxo, e tinha uma grossura surpreendente que duelava com o seu tamanho.
Definitivamente aquilo não daria certo e eu tinha que sair o mais depressa possível dali. Quando tentei correr para bem longe, Orion me segurou e me fez ficar novamente de costas e com a bunda empinada.
- Não... – Comecei a protestar, mas logo parei, quando senti a sua língua na minha entrada. Era diferente, muito, mas espetacularmente incrível. Tanto, que quase chorei quando ele se afastou.
Porém, logo voltei a gelar quando senti aquela parte enorme da sua anatomia. O seu pau entrava aos poucos, me dilatando a níveis que eu nem achei que era possível.
Orion era incrivelmente cuidadoso, enquanto colocava toda a sua extensão. Eu choramingava durante todo o processo e ao mesmo tempo que eu queria que ele parasse, eu queria mais.
Naquele momento, eu era um paradoxo ambulante, que estava prestes a ser fodida por um lobisomem. Tudo era muito surreal, mas não para alguém que cresceu em Walterwood.
Quando o meu lobisomem estava completamente dentro de mim, isso depois de lágrimas e gritos, podia sentir os seus pelos na minha pele, assim como as suas garras segurando o meu quadril, de ambos os lados.
Então, ele saiu um pouco de dentro de mim, para entrar vagarosamente. Repetiu esse movimento mais uma vez e mais outro. Depois, quando finalmente me adaptei, ele saiu praticamente inteiro, deixando só a ponta, para se enterrar de forma brusca. Soltei um grito com um misto de dor e prazer.
Orion literalmente me fodia feito um animal, a posição definitivamente era bastante conveniente. Eu agarrava com todas as minhas forças, o tronco da arvore em que eu estava debruçada e ficava ainda mais molhada pelos sons que saiam da garganta de Orion.
Já podia sentir o meu orgasmo se aproximando e minha vagina já começava a ordenhar o pau dele. Então, depois de mais algumas estocadas selvagens, que com toda certeza me deixariam incapacitada de andar durante semanas, me deixei levar pelo orgasmo.
Se não fosse pelas garras de Orion terem me segurado, eu teria caído. Ele me estocou por mais algumas vezes e então se esvaziou no meu interior. Seu jato de esperma era muito mais potente que qualquer outro, podia sentir o seu calor me inundar até que ele começasse a escorrer pelas minhas coxas.
Orion saiu de mim e senti ele recolher toda a porra que vazava de mim, e enfiá-la novamente na minha vagina.
- Quero que você fique com cada parte minha. – A voz inumana dele ecoou. – Tudo é seu.
Ele me pôs no colo, e me aninhei em meio a sua pelugem suave. Sei que deveria sentir medo dele, de toda essa situação, porém nunca me senti tão protegida em toda a minha vida.
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Red
Short StoryNem todo conto de fadas é do jeito que imaginamos... Há muitas releituras de uma mesma história, mas sempre vendo só um lado da situação: a da mocinha e do mocinho. Os vilões sempre são vistos como os únicos errados da situação, mas será que se...