Capitulo 8 - conversa de raparigas

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"Ainda bem que chegaste! Já estava farta de esperar!" - digo ao virar-me mas invés de Rose encontro Julia.

"Assustaste-me!" - disse sorrindente, mas logo me arrependi de o ter feito.

"Querida eu só te vim avisar de uma coisa, se não te afastas do Cédric vais ter problemas e vais ter que lidar comigo. O Cédric é meu e não é uma rapariga vulgar como tu que mo vai tirar de mim!" - esta disse ameacadoramente olhando-me nos olhos.

"Eu não sei quem tu pensas que és nem de onde é que tiraste a ideia de que eu te quero roubar o Cédric mas podes estar descansada que eu não estou a pensar em nada disso, eu só estou agradecida por ele me ter dado esta oportunidade" - digo com a cara mais séria que consegui.

Eu sei que sinto algo pelo Cédric mas ele tem namorada e eu era incapaz de roubar o namorado a alguém por maldade, se ele está com a Júlia é porque a ama e eu não me vou meter no meio de um relacionamento por muito que eu queira ser feliz não vou intrometer-me.

"Ainda bem que compreendeste a mensagem! Porque caso contrário eu faço a tua vida negra!" - esta disse rancorosa virando-me costas como se fosse uma rainha sem coroa.

A minha cabeça estava uma confusão, eu não podia desistir de ser feliz mas também não queria arranjar problemas e é como disse, se Cédric está com ela é porque a ama.
Tenho saudades do mar, lá não há problemas é tudo simplesmente belo e Pacífico.

"Afinal estás aqui! Andei á tua procura por todo o lado!"- Rose estava agora atras de mim.

"Desculpa, nem te ouvi chegar!" - disse sinceramente.

"O que é que se passa?" - perguntou ela, deve de ter percebido pela minha cara.

"Não foi nada de especial" - disse encolhendo os ombros e ajeitando a mala pronta para sair da-li.

"Hope eu conheço-te, podes confiar em mim..." - esta disse com uma expressão compreensiva.

"Olha fazemos assim... Vamos dar uma volta á praia e eu conto-te tudo pode ser?" - pedi e ela acentiu sorrindo carinhosamente.
Rose tinha sido a minha melhor amiga, e eu adorava-a, sabia logo de início que podia confiar nela e talvez já fosse altura de ela conhecer o meu segredo.

O caminho para a praia foi silêncio, estava perdida nos meus pensamentos mas pude notar que Rose que ia a conduzir olhava de vês em quando para mim com uma cara preocupada.

"Não precisas de te preocupar" - disse simplesmente olhando para ela.

"Eu quero saber quem é que te deixou nesse estado!" - ela disse.

"Foi a Julia" - suspirei.

"A Júlia?" - ela perguntou espantada.

"Sim a Júlia." - disse normalmente com um pingo de raiva na voz.

"O que é que aquela bruxa de disse? Sabes que eu parto-lhe a cara em três se ela se mete contigo? Eu vou tão acabar com ela! Isto é porque causa do Cédric não é???" - ela estava visivelmente chateada.

"Sim, ela ameaçou-me que se eu me aproxima-se do Cédric me fazia a vida negra" - disse olhando para a paisagem do lado de fora do carro.

"Vou tão acabar com a vida dela!" -Esta disse visivelmente chateada.

"Não vais fazer nada! Para além disso eu não sei o que é que quero com o Cédric e ele ama-a a ela! Não é a mim, por isso aquilo da Júlia são só ciúmes" - disse segura.

"Tu ainda não notaste pois não?" - Rose  perguntou perplexa.

"Notei no que?" - perguntei confusa.

"O Cédric  não te é indiferente mas tu também não lhe és indiferente a ele! Caso contrário a Júlia não fazia aquela fita toda!" - esta disse explicando aquilo que parecia ser óbvio na cabeça dela.

"Por acaso não estou bem a ver isso a acontecer" - disse sincera.

"Só tu mesmo é que não notas, os sorrisos, os olhares, a expressão e comportamento!" - ela disse fazendo-me entender.

"Ele é apenas simpático, nada demais" - disse simplificando.

"Tu podes não acreditar mas é a verdade e se alguma vez a Júlia se voltar a meter contigo eu juro que quem lhe faz a vida num inferno sou eu!" - ela disse depois de estacionar o carro num parque de estacionamento a um metro da praia.

Uma Sereia em Nova IorqueOnde histórias criam vida. Descubra agora