The Unexpected Visitor

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...

Lexa então ouviu um grito em sua mente alertando para fazer algo, foi quando ela livrou suas mãos das barras da varanda e desceu pelas as escadas de emergência naquele mesmo local, ela nem ao menos viu que pessoas curiosas se aproximavam de Clarke, ela só focava em seus pés apressados descendo aquelas escadas enferrujadas. No final ela pulou os últimos degraus sentindo um alívio ao sentir a terra firme sob seus pés. Lexa correu para o local onde havia acontecido tudo, o coração acelerado e se não soubesse bem diria que aquele órgão estava em sua garganta, ela podia sentir o pulsar frenético próximo a sua garganta. O fogo no carro de Clarke parecia aumentar e ela percebeu algumas pessoas desesperadas ao telefone ligando para a ambulância.

- SE AFASTEM! - gritou empurrando uma pessoa que estava naquele círculo em volta de Clarke - EU DISSE SE AFASTEM! - gritou olhando para cada um naquele círculo, as pessoas temeram aquela ordem e deram espaço. Lexa se jogou ao chão, pôs a cabeça de Clarke em suas pernas e tocou no rosto com suas mãos trêmulas - Clarke! Clarke! - chamou ainda tocando o rosto da garota. Clarke tinha um ferimento que sangrava em sua têmpora esquerda, Lexa notou alguns arranhões nos braços da loira e logo pensou que foi causado quando ela colidiu com o chão - CLARKE! ACORDA! CLARKE! - Lexa estava desesperada, seus dedos checaram o ponto de pulso da loira e ao sentir o pulsar Lexa se acalmou um pouco mais -

- Ela precisa ir ao hospital... - comentou um dos curiosos. Lexa olhou de imediato e a fúria em seus olhos fez o curioso que opinou dar alguns passos para trás -

- Le... Lex... - Lexa voltou a olhar para sua ex quando ouviu a voz falha. Clarke lentamente abriu os olhos e depois voltou a fechar quando sentiu a dor em sua cabeça. Lexa deixou um suspiro pesado sair, como se ouvir aquelas palavras lhe trouxesse um alívio enorme -

- Não fala nada, não se esforça... - pediu e Clarke apenas obedeceu - Você consegue andar? - perguntou causando espanto nos curiosos que ainda a rodeava. Clarke apesar da dor em sua cabeça e do ardor que sentia em seus braços tentou levantar e Lexa a ajudou -

- Você está louca garota? - falou um dos homens para Lexa. Clarke se apoiava em Lexa e não deu importância para aquele diálogo - Ela foi jogada para longe e está com ferimentos graves, ela precisa ir ao hospital, a ambulância está a caminho - Lexa passou um dos braços de Clarke em volta de sua nuca para poder ajudar a detetive a andar - Que tipo de namorada é você? - perguntou incomodado por Lexa não levar a loira machucada para o hospital. Lexa fez menção de ir até o rapaz, mas Clarke prendeu seu braço ainda mais a garota impedindo-a de sair dali. Lexa entendeu o recado de Clarke e ignorou o rapaz -

As duas começaram a andar lentamente para a entrada do prédio e ao chegar no meio do corredor para entrar no elevador, a loira parou sentindo a dor em sua perna esquerda incomodar. Lexa percebeu que a garota estava em dor e levou uma mão as costas de Clarke e a outra passou pelas as pernas da mesma, Clarke de imediato ficou surpresa ao ver a facilidade com que Lexa a colocou em seus braços, Lexa não falou nada, entrou com Clarke em seus braços cuidadosamente no elevador e pediu para Clarke apertar o botão de seu andar. Lexa não olhava para Clarke, mas ela era observada pela a detetive, Clarke percebeu uma veia aparecer na testa da ex, aquilo só acontecia quando Lexa estava extremamente irritada. Clarke fechou seus olhos quando a dor em sua cabeça aumentou, ela podia sentir o líquido denso do sangue escorrer em seu rosto, ela deveria estar no hospital, mas estava muito frágil para pedir algo. Lexa voltou a andar pelo o corredor quando o elevador a deixou no andar, ela logo viu que sua porta estava fechada e se praguejou por não ter percebido isso antes. Ao chegar na porta ela delicadamente tirou Clarke de seus braços, que de imediato abriu os olhos ao deixar o corpo de Lexa, e a colocou sentada ao lado de sua porta.
Lexa levou suas mãos a cintura e fechou os olhos por algum momento, ela sabia que o que iria fazer iria ser bem doloroso e poderia não funcionar, mas ela iria arriscar, aproveitou toda a raiva que estava em seu corpo naquele momento e chutou sua porta, Clarke se assustou, mas não falou nada, Lexa deu mais três chutes contra a porta e finalmente ela abriu, mostrando que não voltaria a fechar ao não ser aberta pelo o modo convencional. Lexa voltou a colocar Clarke em seus braços e a levou para seu apartamento, sua perna estava doendo por ter feito aquele esforço para abrir a porta, mas ela não ligava para aquela pequena dor. Lexa pôs Clarke em sua cama e voltou a tocar no rosto da detetive.

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