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Poucas horas depois Lexa ainda se encontrava na mesma posição de antes, nunca deixando o corpo de Clarke, seu ouvido ainda pressionado contra o tórax da loira não querendo perder uma batida sequer. Lexa sentiu sua cabeça subir um pouco com a respiração funda que a loira deu, Lexa levantou sua cabeça e olhou para a garota, Clarke franzia a testa mesmo com os olhos ainda fechados, Lexa voltou a ficar nervosa com aquela pequena ação da loira, ela não sabia se era algo bom ou ruim. Clarke então abriu os olhos e Lexa soltou a respiração que nem ela mesmo havia percebido que havia segurado. A detetive parecia confusa, lembrava de algumas coisas e depois tudo havia ficado escuro, ela não sabia o que de fato havia acontecido. Lexa pôs um sorriso que há muito tempo não mostrava, um sorriso largo de extrema felicidade, Lexa então gargalhou causando curiosidade no olhar de Clarke, a garota levou suas duas mãos às laterais do rosto de Clarke e a beijou, um simples encostar de lábios que significava algo maior. Lexa separou seus lábios e plantou um beijo na testa de Clarke que automaticamente ativou um sorriso tímido na detetive, Lexa voltou a olhar para os olhos azuis.
- Eu disse a você, eu disse que não iria deixar você morrer... - respondeu. Clarke tocou o rosto de Lexa e a garota de imediato fechou os olhos, sentindo um aquecer no coração, por um momento achou que não sentiria o toque de Clarke novamente -
- Confesso que cheguei a duvidar disso... - respondeu causando um sorriso em Lexa. Clarke não sabia como seria depois da sua experiência quase morte, ela havia confessado seus sentimentos, parte dela ainda guardava mágoa, porém definitivamente o que ela sentia, o amor por Lexa era maior do que qualquer outra coisa -
- Graças a Deus! - comentou Nyko chamando a atenção de Clarke. Lexa virou-se e saiu da cama, Nyko se aproximou com seus instrumentos hospitalares, enquanto Murphy estava parado de braços cruzados na porta do quarto, olhando para a cena. Clarke franziu a testa ao ver o rapaz e logo o reconheceu -
- Você é o jornalista, o jornalista que difamou meu pai! - disse mostrando que apesar de ainda fraca, continuava com um temperamento difícil. Murphy não deu importância para o desgosto de Clarke ao falar, trocou olhares com Lexa e esperou a amiga fazer alguma coisa -
- Clarke, calma, calma... - pediu Nyko. O homem verificou a pressão arterial da detetive, sorriu com o resultado. Depois checou os batimentos da garota, que havia voltado ao seu ritmo normal. Verificou as manchas que uma vez estavam no abdômen da loira e agora já havia sumido - É, parece que você está realmente de volta - sorriu e Lexa deixou todo o peso que carregava em suas costas caírem no chão - Eu sugiro que você fique longe de encrenca, sua imunidade caiu de forma assombrosa, se você voltar a ser atingida por algo assim novamente não sei se será possível reverter a situação - explicou alternando seu olhar entre Lexa e Clarke, ele não sabia o que as duas realmente eram uma da outra, ou o que faziam, mas tinha certeza que quando juntas sempre havia confusão -
- Nyko, obrigada - pediu Clarke tentando ignorar a figura do jornalista e olhando para o médico. Nyko sorriu e negou com um balançar de cabeça, levantou e olhou para Lexa, Murphy e Clarke, exatamente nessa sequência -
- Quem salvou sua vida foram esses dois - respondeu sabendo que aquele crédito não era seu - Lexa encontrou você a tempo, e Murphy fez o antídoto que literalmente salvou sua vida, eu só estou aqui de coadjuvante - Clarke olhou para Murphy sem saber o que pensar ou dizer, então resolveu ficar calada - Acho melhor eu ir... - respondeu se despedindo. Lexa acompanhou Nyko até a saída, deixando Murphy e Clarke sozinhos no cômodo -
- Não espere um obrigada vindo de mim - comentou Clarke olhando para o jornalista. Murphy levou seus dedos para a lateral dos óculos em mania, e deu de ombros -
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Burn With You
FanfictionEla sabia quando parar, sabia a hora exata de dizer adeus, sabia que não iria acabar bem, sabia quando seguir em frente, mas "saber" não significava querer, e por mais que ela soubesse que não teria cura para a condição na qual se encontrava ela não...