Cards On The Table

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...

- Lexa! - Murphy chamava a amiga enquanto olhava ao redor, ele sabia que a qualquer momento alguém chegaria ali - Lexa! Nós temos que ir! Ela está morta! - gritou o garoto nervoso. Lexa estava ao chão com a garota em seus braços -

- Clarke... fala comigo, por favor, não me deixa... - pedia Lexa deixando suas lágrimas caírem sobre o rosto de Clarke. A mulher tocou no peito da detetive que não parava de espirrar sangue - Clarke... - Lexa não conseguiu falar mais nada, abraçou a garota como se ela ainda pudesse sentir o calor do outro corpo. Murphy apenas olhava a cena impaciente -

- Lexa... Lexa... LEXA! -

Lexa subitamente levantou seu tronco, sua respiração era acelerada, ela podia sentir o suor em seu corpo, ela tentava recuperar a respiração como se tivesse acabado de correr uma maratona, seus ombros se elevavam e desciam com a respiração descompassada, seu olhar mostrava medo, um medo que não nunca sentira antes, não daquela forma.

- Lexa! - chamou novamente Clarke. A mulher olhou para seu lado e encontrou Clarke, naquele momento que a viu ela respirou fundo, mas ainda parecia assustada. Clarke levou sua mão à testa suada da garota e segurou o rosto da mesma - Lexa, o que houve? - perguntou preocupada. Lexa ainda parecia assustada, Clarke levantou da cama e saiu sem dizer nada, Lexa fechou os olhos e conseguiu ver novamente a cena de Clarke morta em seus braços, não tinha ideia do porquê daquele sonho, ou em como chegara aquele ponto, ela não lembrava de nada além da loira em seus braços. Abriu os olhos e com o silêncio do local conseguiu ouvir os seus próprios batimentos ainda acelerados. Lexa olhou para frente quando o quarto ficou claro, Clarke havia acendido a luz e caminhava em sua direção com um copo d'água - Toma... - pediu ainda preocupada. Lexa aceitou e tomou todo o líquido em um gole, depois de ter feito colocou o copo sobre sua escrivaninha e olhou para a loira - Está melhor? - perguntou e Lexa envergonhada apenas assentiu -

- Foi só um pesadelo... - respondeu não querendo contar sobre o que sentiu e vira em seu sonho -

- Seja lá o que for, foi apenas na sua imaginação... - Clarke queria abraçar a garota e dizer que estava tudo bem, mas resolveu não ir rápido demais. Voltou a apagar a luz e deitar no seu lado da cama. Lexa virou de costas para a loira e Clarke ficou encarando as costas da garota, enquanto pensava no que aconteceu horas atrás. Depois de todo aquele ato de raiva e frustração no sexo, elas realmente experimentaram algo que ambas sentiam falta. O carinho uma da outra. A forma como elas estavam entregues, a delicadeza, era como se estivessem voltado no tempo. Clarke já não sabia como reagir diante de Lexa, para ela ficou óbvio que o que sente por Lexa não era apenas mágoa. Lexa fechou os olhos e lágrimas desceram ao lembrar do pesadelo, deu um longo suspiro e Clarke percebeu, a loira sabia que não deveria, mas se aproximou e passou sua mão pela a cintura de Lexa, trazendo-a para mais perto e colando seus corpos em um encaixe perfeito, Lexa não reclamou, talvez daquela forma ela sonharia com algo bom -

...

Raven ouviu um barulho irritante, mas ignorou quando sentiu os braços da namorada em sua cintura, o som voltou a ecoar pelo o quarto e Octavia colou ainda mais seu corpo com o de Raven, ela reconhecia aquele som e detestava o que acontecia quando parava. Raven esticou sua mão para alcançar o celular, sem abrir os olhos tateou a escrivaninha em busca com objeto.

- Não Rae... - murmurou Octavia, Raven abriu os olhos, o som não parava e a detetive achou que poderia ser uma emergência. Raven achou o celular e logo atendeu sem ver quem era -

- Detetive Reyes - disse sentando na cama, Octavia abriu os olhos para prestar atenção -

- Bom dia detetive - Raven reconheceu a voz, mas não falou nada - Como você está se sentindo? Fiquei sabendo o que houve -

Burn With YouOnde histórias criam vida. Descubra agora