It's All Over

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...

- Você... - Lexa tentava falar, mas sua expressão era facilmente compreendida ao mostrar surpresa. Anya se aproximou da cadeira de Lexa, e Clarke pela a primeira vez naquele momento tentou se soltar - Por que? - perguntou quando Anya ficou diante dela, olhando-a fixamente e com um sorriso malicioso no rosto. Lexa se perguntou se era visível seus olhos marejados, ela não sabia ao certo o motivo daquelas lágrimas aprisionadas, se era por ódio ou medo do que pudesse acontecer -

- EI! - gritou Jake chamando atenção de todos e impedindo que Anya respondesse à Lexa, todos olharam para Jake, menos Clarke que tentava a todo custo voltar a olhar para Lexa e de algum modo saber como a garota estava reagindo a tudo. - O seu alvo sou eu Blake, e o das duas aí é Lexa, então solte Clarke, ela não merece pagar pelos atos que eu e Lexa cometemos - pediu Jake, e pela primeira vez Lexa concordou com aquele homem. Bellamy gargalhou alto e foi até Clarke, o garoto levou suas mãos aos ombros da loira e ficou ali -

- Na verdade Clarke é o motivo para tudo, se não fosse por ela essa situação nunca estaria acontecendo... - explicou. Lexa olhou para Anya ainda a sua frente e ao perceber algo fechou os olhos. Becca naquele momento apenas observava a situação toda -

~~~FLASHBACK ON~~~


2 DIAS ANTES DA "MORTE" DE ANYA

- Então Blake! - Bellamy olhou para trás quando sentiu a mão de seu parceiro de trabalho tocar seu ombro - Hoje é o dia hein? Você merece Blake! - parabenizou Wells ao amigo. Bellamy sorriu esperançoso, os dois estavam no departamento de polícia, Bellamy estava esperando os resultados de quais dos oficiais participaria do programa para detetives, Wells estava apenas dando apoio ao amigo - Então? Nervoso? - perguntou. Bellamy apenas deu de ombros olhando fixamente para a sala onde estava reunidos o capitão, dois detetives e o chefe do departamento, ou no caso, Jake, Clarke, Finn e Kane - Não se preocupe, você merece, tenho certeza de que você já está dentro Detetive Blake - Bellamy sorriu com o cargo, ele se acostumaria facilmente a ser chamado assim - Enfim, eu tenho que ir, depois marcamos algo para comemorar - Wells saiu e deixou Bellamy sozinho, ainda em sua posição fixa de olhar para a sala -

- Por que está demorando tanto? - se perguntou Bellamy, o garoto então resolveu tomar um café. A pequena mesa onde estava o café era próxima da sala de Jake, e ele iria aproveitar isso para ter uma pequena chance de ouvir algo. O oficial chegou a mesa e sem pressa alguma pegou um copo descartável, colocou o líquido no copo, virou de costas para a sala e tentou ouvir a conversa -

- Então todos concordamos que Miller está apto para o cargo e vai fazer o bom trabalho? - perguntou Jake. Bellamy não ouviu nenhuma resposta então presumiu que todos concordaram - Vamos ao próximo, Blake. - disse Jake. Bellamy olhou sutilmente ao redor e percebeu que ninguém desconfiava que ele estava ali para ouvir o que estava atrás da porta - Chefe Kane? - o Capitão pediu a opinião do superior -

- Bellamy faz uma boa patrulha, pelo os relatórios que chegam até mim ele é um profissional competente, que atende a necessidade da comunidade. Eu apoio dar uma chance ao rapaz, eu tenho a sensação de que ele fará um excelente trabalho na posição de detetive - comentou Kane e Bellamy não conseguiu conter o sorriso, que logo desapareceu ao ouvir uma gargalhada irônica -

- Com todo respeito Chefe Kane, Bellamy não está apto para essa posição - impôs-se Clarke. - O fato dele ser um bom policial não significa que ele será um bom detetive. O único motivo para ele estar aqui foi pelo o pedido da Detetive Reyes, ele nem ao menos têm a formação certa para estar servindo a esse Estado - Bellamy nem ao menos percebeu o copo descartável amassado em sua mão enquanto o líquido quente do café queimava sua pele -

- Eu tenho que concordar com a Detetive Griffin, o rapaz está aqui porque foi um pedido da Reyes, no qual o Capitão gentilmente concedeu, é perceptível que ele faz um ótimo trabalho como oficial, mas eu não o vejo subindo de cargo, não é justo para todos os outros que suaram a camisa para entrar nesse departamento - comentou Finn, não importava qual a opinião ele teria, ele sempre seguiria afirmando a de Clarke e Bellamy sabia disso. A raiva de Bellamy só aumentava e ele estava se segurando para não explodir -

- Eu atendi ao pedido da Detetive Reyes porque eu confio em seu julgamento e Bellamy realmente é um bom oficial, mas eu tenho que concordar com os detetives, Kane. Blake não é qualificado para o posto de Detetive -

- Bom, são três votos contra um, então Blake está fora - concluiu Kane. - O próximo? - Bellamy saiu dali marchando como um soldado prestes a atacar seu inimigo. Ele estava para conseguir o que queria, Kane o elogiou, mas só bastou um comentário de Clarke para que o pai e Finn concordasse com a loira e tirasse de Bellamy o que ele mais queria. O garoto estava tão furioso e cego de ódio que acabou esbarrando em alguém e fazendo os papéis que estavam na mão da pessoa caírem ao chão -

- Wow! Mais cuidado Blake! - disse Becca quando seus papéis caíram. Bellamy percebeu o que fez e se abaixou para ajudar a legista com os documentos - O que deu em você? Nunca o vi assim - observou ao perceber que o policial estava furioso. Bellamy pegou as duas últimas folhas do chão e franziu a testa ao ver a foto de Lexa e uma dissertação abaixo da foto. Becca puxou o papel da mão do garoto e voltou a colocar entre a pilha dos documentos em sua mão. O garoto olhou para Becca e ela engoliu a seco como se tivesse feito algo errado - Mais cuidado da próxima vez - aconselhou e voltou a andar. Bellamy acompanhou a mulher com o olhar e Becca apressou seus passos -

- Blake! - Bellamy deixava sua mente trabalhar freneticamente para uma rápida lógica em porquê Becca estava com alguns documentos da amiga de Anya e Murphy - Bellamy! - o policial saiu de sua inércia e olhou para trás. Seu maxilar travou quando ele percebeu que era Clarke diante dele - Eu sinto muito por você não ter entrado - disparou a garota parecendo triste pelo o rapaz - Eu tentei convencê-los que você seria uma boa aposta para o time de detetives, mas Chefe Kane não pareceu muito convencido... - respondeu. Bellamy sentiu uma vontade enlouquecedora de agarrar o pescoço daquela garota e fazê-la engasgar com as próprias palavras - Bellamy? Você está bem? - perguntou tocando no ombro do rapaz. Bellamy olhou para a garota e gentilmente tirou a mão da garota de si -

- Estou ótimo - respondeu forçando um sorriso. -

- Clarke? Eu estou saindo para o almoço agora, me acompanha? - pediu Finn se aproximando dos dois, o rapaz olhou para Bellamy e deu leves tapas no ombro do oficial - Sinto muito Blake, eu sei o quanto você queria fazer parte do nosso time. Quem sabe na próxima... - brincou Finn e Clarke gargalhou. Os dois começaram a andar e Bellamy fechou suas mãos em punho, guardando sua raiva pela a garota que frustrara seus objetivos -
...

- HEY! - exclamou Murphy levantando do sofá e abrindo seus braços esperando por um abraço que nunca veio, Bellamy sentou na poltrona diante do sofá e ficou calado - Bell? O que aconteceu? Você não conseguiu? - perguntou. Bellamy olhou para Murphy, e o jornalista percebeu que não tinha dado certo. Ele imediatamente se sentiu mal por aquilo, ele sabia o quanto Bellamy queria ser promovido a Detetive e Murphy apostava todas as suas fichas que o rapaz iria conseguir -

- Não foi dessa vez, mas eu ainda vou conseguir... Você vai ver Murphy - afirmou levantando da poltrona e saindo do cômodo, ele precisava esfriar a cabeça -

~~~FLASHBACK OFF~~~

- VOCÊ ARRUINOU MINHA VIDA! - explicou Bellamy um pouco fora de si. Clarke procurou o olhar do garoto e sorriu -

- Você ficou com raiva por causa disso? - perguntou Clarke gargalhando. Lexa pedia mentalmente para Clarke não implicar com os que estavam ali, ela não estava em posição de confrontar os outros - Sim, eu fui a culpada por você não ter conseguido aquela promoção, meu pai e Finn me apoiaram nisso, e eu fiz a escolha certa, você não merecia aquele cargo, você não tem capacidade para a posição. Você é apenas um bastardinho que aparentemente teve sorte de voltar à vida da sua irmã, se não fosse por isso você provavelmente seria um - Bellamy deu uma tapa no rosto de Clarke-

- CLARKE! - gritou Lexa e Jake em uníssono. Clarke cuspiu o sangue que se formou em sua boca e olhou para Bellamy, o garoto tinha a testa soada grudando alguns fios de cabelo na pele -

- Você nunca pode subestimar o ser humano - comentou Anya se aproximando de Bellamy e o tirando de perto de Clarke. Ele parecia que a qualquer momento terminaria o trabalho, e Anya não queria aquilo agora - Você nunca sabe como alguém realmente reagirá a algo, o ódio de Bellamy pode parecer incompreensível, mas ninguém sabe o quanto aquilo significava para ele, e o que Clarke fez foi o bastante para despertar o pior dele mesmo. - explicou Anya olhando para Clarke, a mulher voltou para Becca e a legista e se aproximou dos dois em pé - Bellamy foi despertado pela a frustração... -

- E esse tempo todo eu achava que Jake era o psicopata da estória - comentou Lexa olhando para os três, ela ainda processava o fato de Anya estar viva e daquela estranha lhe chamar de irmã -

- Ah irmãzinha, você ainda não viu nada... - comentou Becca sorrindo. Lexa não tirava seus olhos daquela mulher - Achei que o maior erro do meu pai era ter transado com aquela vagabunda que acabou com o casamento dos meus pais, mas então eu descobri que o maior erro foi ele ter feito você - explicou Becca já imaginado mil e uma coisas para fazer aquela garota sofrer -

~~~FLASHBACK ON~~~

2 DIAS ANTES DA "MORTE" DE ANYA

- Dr. Alienchipper - cumprimentou um dos médicos ao passar pela a mesa da cafeteria do hospital. Donovan voltou a olhar para sua filha a sua frente e sorriu -

- Que bom que você voltou Becs - respondeu o homem segurando a mão da filha sobre a mesa. Becca olhou para a mão de seu pai junto a sua enquanto tentava não pensar no que há tempos estava pensando - Eu sei que deveria ter dito isso há muito tempo querida, eu sinto muito por isso... -

- Você deveria ter sentido muito quando eu tinha cinco anos, quando eu chorava sem parar porque meus pais haviam se separado, você destruiu nossa família pai - explicou. Há quase um mês seu pai havia sido honesto com ela, havia contado que a separação dele e da ex esposa havia sido por traição dele e o pior, ele havia tido outra filha -

- Eu sei Becca, eu sei... mas eu não podia contar a verdade para você, eu não poderia explicar para uma criança de cinco anos o motivo de seus pais se separarem... - explicou sentindo-se um idiota por ter escondido isso por tanto tempo -

- Você teve contato com ela? Porque você simplesmente desapareceu da minha vida pelos cinco anos seguintes, foi esse o tempo que você ficou com ela e me abandonou? - Becca mantinha sua voz baixa, porém firme mostrando sua mágoa para com o homem -

- Querida, eu já expliquei isso. Quando eu e sua mãe nos separamos eu estava com raiva de mim mesmo, foi então que eu procurei fazer algo para não me sentir tão culpado assim, então eu passei os cinco anos seguintes em um projeto para médicos voluntários na África, eu expliquei para sua mãe. - Donovan trocou de cadeira e sentou ao lado da filha. - Eu nunca vi sua irmã... Eu nunca tive outro contato com a mãe dela, excerto na noite que ela me ligou dizendo que estava grávida, eu não podia fazer nada, eu estava na África. -

- Ela não é minha irmã... - esclareceu olhando para o pai e Donovan entendeu que a garota precisaria de um pouco mais de tempo - Mas apesar de tudo, eu sei que você tem a necessidade de encontrar essa garota, eu conheço você... - Donovan sorriu e plantou um beijo na testa da filha. A garota estava certa, Donovan precisava saber, mesmo depois de tantos anos, quem era e onde estava a filha que ele negou por anos - Eu acho que alguns detetives podem me ajudar com isso, mas para tal coisa eu vou precisar que você me conte tudo o que lembra. O nome da vagabunda, a cidade em que morava e qualquer outra informação que seja importante para a busca de algo -

- Obrigada filha, eu sei que é difícil para você fazer isso, mas eu preciso encontrar essa garota, apesar de tudo o que aconteceu eu sou o pai dela... - Becca se prendeu aquelas palavras e abriu sua bolsa para pegar um bloco de notas e anotar tudo o que precisaria para encontrar a garota -
...

Becca entrou pela a porta do departamento a passos apressados, ainda era cedo, mas já havia bastante gente naquele lugar, ela foi direto para sua sala. Pôs sua bolsa sobre a mesa e a abriu tirando o bloco de notas onde ela tinha o nome da mãe da garota, a cidade e o endereço no qual seu pai lembrava que havia tido seu último encontro com a mulher.
Becca sentou-se e levou as pontas de seus dedos às têmporas, ela sentiu o leve pulsar naquela região despertando sua enxaqueca. Há mais de duas semanas Becca havia sido presenteada com a pior notícia que já tivera. Depois que sua mãe havia falecido no mês passado seu pai sentiu a necessidade de contar a verdade para a filha, ele contou que o motivo da separação dos pais foi por ele ter traído a mulher, e não bastasse isso ele contou que tinha uma filha que ainda não conhecia, ele por muito tempo atendeu o pedido da ex esposa, ela pedira que ele nunca trouxesse a filha fora do casamento para a vida de Becca ou dela, porém antes de falecer por uma doença que já se arrastava, ela pediu perdão por ter privado o ex marido de não conhecer a outra filha, então pediu para que ele a procurasse. Foi então que Donovan pediu a ajuda da filha para encontrar a outra herdeira, Becca em sua primeira reação foi ir embora daquela conversa, ela não iria admitir aquilo, foi então que pensou melhor e procurou seu pai. Ela queria ficar frente a frente com a meia irmã.
Becca deixou de massagear as têmporas e suspirou, ela iria encontrar a meia irmã, mas seu pai não. A legista levou sua mão ao telefone da mesa e discou o ramal de quem ela precisava no momento.

- Oi... Você poderia vir aqui? - pediu Becca. A mulher ouviu algo na linha e desligou quando recebeu uma resposta positiva. A legista voltou a olhar para aquelas informações e logo ouviu duas batidas tímidas em sua porta - Entra - respondeu. A porta se abriu e ela sorriu de imediato -

- O que está fazendo no departamento tão cedo? Eu só vejo você por aqui depois das nove - comentou o rapaz sorrindo e se aproximando da mulher. Sentou na cadeira diante da legista e deu seu famoso sorriso de lado -

- Você só me ver depois das nove, porque você só chega após as nove - retrucou girando os olhos, o garoto sorriu e esperou por algo - Preciso de um favor seu -

- Claro que precisa - implicou. Becca levantou e foi até a sua porta, o rapaz acompanhou a mulher com os olhos e voltou a sorrir, Becca trancou a porta e voltou para o rapaz, sentou na cadeira ao lado dele e pegou o bloco de notas sobre a mesa -

- Preciso que você encontre alguém para mim, mas é algo sigiloso, apenas entre nós - disse levando sua mão à coxa do rapaz que ao mesmo tempo arqueou uma sobrancelha com o ato da mulher - Vamos Finn, é importante - pediu ao ver a relutância do rapaz. Finn endireitou-se na cadeira e pegou o bloco da mulher -

- Lucy Woods, residente da cidade de Polis no Estado de New York - falou em voz alta, antes de voltar a falar ele leu aquele sobrenome novamente em sua cabeça - Você quer que eu encontre essa mulher? - perguntou achando fácil demais, Becca negou e ele voltou a ler aquelas poucas informações -

- Eu quero que você encontre a filha dela, não sei o que aconteceu com essa mulher, se ela ficou com a filha ou não, se ela estar morta ou não, eu só quero que você me encontre a filha dela - explicou. Finn pôs o bloco na mesa e empurrou sua cadeira para mais perto de Becca, ele estava próximo o bastante para beijar a mulher -

- Por quê? O que você quer? Não adianta mentir para mim Becca, eu sei quando alguém mente. - ele estava curioso por aquilo, ninguém percebia além dele que Becca escondia muito atrás daquele sorriso generoso e postura de excelente profissional -

- Meu pai teve um caso no passado e a filha dessa mulher é minha meia irmã - Finn gargalhou e Becca apenas o observou - Qual é a graça? -

- Nada, só algo que passou pela minha cabeça... - explicou, o rapaz pegou a mão de Becca e a puxou para si, fazendo Becca sentar sobre as pernas do rapaz - E se eu fizer isso o que ganho em troca? - perguntou deixando seus olhos descerem para o decote da legista, Becca sorriu e levou sua boca a orelha do detetive, falou algo que fez o rapaz engolir a seco -

- O quanto mais rápido você me conseguir essas informações, mais rápido terá o que eu prometi - sussurrou novamente e levou sua mão próximo ao zíper da calça do rapaz. Finn olhou para a mulher e sorriu maliciosamente. Becca levantou e o rapaz suspirou -

- Espero que não tenha planos para noite. - respondeu levantando e pegando o bloco - Com isso aqui é fácil descobrir algo, antes do almoço você vai ter uma foto e informações da sua querida irmãzinha - implicou e saiu da sala, Becca não via a hora de descobrir quem era essa garota e ter a certeza de que seu pai nunca a conheceria -

...

Finn há quase uma hora olhava para aqueles documentos com informações, assim que Becca lhe dera aquelas informações sobre a mãe da garota ele foi direto a Monty e pediu sua ajuda, com o rapaz ele conseguiu o número do último trabalho da mulher, e com isso o da melhor amiga da mesma, Finn contou toda estória e acabou descobrindo pela a melhor amiga da mulher, que Lucy havia sumido há muito tempo e não sabia nenhuma informação da mulher, se ainda estava viva ou não. Ela contara que depois de ter entregado a filha ao orfanato, Lucy havia sumido. Finn conseguiu o número do orfanato e dessa vez ele teve dificuldade em conseguir informações, eles eram muito rigorosos para soltar qualquer informação assim, mas Finn ao dizer que era caso de vida ou morte e ter dado sua identificação para alguém do orfanato confirmar que ele era realmente da polícia, ele conseguiu um nome e bastou apenas isso. Alexandria Woods, fora deixada no orfanato por uma mulher chamada Lucy Woods que implorou para eles ficarem com a filha e depois havia sumido, deram a informação que Lexa havia sido adotada por uma família e que eles realmente não poderia revelar qual família foi, porém Finn não precisava de mais nada.
O detetive olhava para os documentos que havia chegado por e-mail do orfanato, com alguns dados de Lexa e uma foto da última vez que Lexa apareceu no local, porém Finn tinha uma foto mais atual, desde que Lexa havia o ameaçado a ser um agente duplo ele estava mais perto da mulher, e ele iria acabar com ela quando ela menos esperasse.

- Finn? - Clarke chamou o rapaz e o detetive imediatamente fechou a pasta, e parecendo nervoso olhou para a loira - Aconteceu alguma coisa? - perguntou intrigada com aquela atitude suspeita do rapaz. Finn negou e sorriu para a loira - Kane e o Capitão já estão esperando por nós, precisamos avaliar quem vai ou não entrar para o time de detetives do departamento - explicou. Finn concordou e levantou da cadeira -

- Eu estarei lá em cinco minutos, preciso entregar esses documentos à legista, um caso meu - explicou e Clarke pareceu desconfiar de algo -

- Que seja, ei, mas lembre-se okay? - Clarke se aproximou mais do rapaz - Blake não pode conseguir essa promoção - Finn sorriu sabendo o porquê -

- Não sei por que você se preocupa tanto Clarke, você não deveria se sentir ameaçada por ele. Se tem alguém aqui que vai ficar no lugar de Jake quando ele deixar o cargo esse alguém é você, é óbvio - encorajou Finn, ele perdeu as costas de quantas vezes Clarke havia comentado que Bellamy estava de olho no posto que seria seu, o de Capitã daquele departamento, ela sabia que se o rapaz eficiente conseguisse a promoção ele seria seu maior concorrente. Ela não era de demostrar ou parecer se importar com isso, mas ser a líder daquele departamento estava em um de seus objetivos - Mas pode deixar, meu voto para Bellamy é não. Agora vai, encontro você depois... - explicou. Clarke viu Jake na porta da sala e resolveu ir até ele -

Finn aproveitou o pouco tempo e foi direto para a sala de Becca, o garoto entrou sem bater e fechou a porta atrás de si. Seu sorriso convencido fez Becca parar de gravar seu relatório e olhar para o garoto.

- Eu sou incrível e é isso que você gritar quando estiver na cama comigo! - respondeu jogando os documentos sobre a mesa de Becca. A mulher pegou seus óculos de descanso e o pôs, abriu aquela pasta e apesar das informações escritas ela só conseguia olhar para a foto da garota que não tinha nada dela, mas que lembrava vagamente seu pai - Becca, conheça sua irmã Alexandria Woods, ou como eu gosto de chamar, Lexa. - Becca encarava aquela fotografia como se fosse a própria pessoa ali diante de seus olhos -

- Você tem certeza? É ela mesmo? - perguntou olhando para Finn e buscando uma certeza do rapaz -

- Eu apostaria minha vida nessas informações. São verdadeiras - assegurou, o rapaz então ficou curioso, sentou-se na cadeira e pôs seus braços sobre a mesa - O que você vai fazer? -

- Não é da sua conta -

- Eu sei que você não vai chegar para seu pai e entregar isso a ele, eu conheço você Becca, você não é a Madre Teresa como todo mundo acha que você é... Na verdade, se você quiser eu posso até ajudar - Becca fechou a pasta e olhou para Finn -

- Eu vou apresentar meu pai a minha irmã, apenas isso - mentiu. Ela não poderia confiar Finn sua estória, ela não via no rapaz um motivo para confiar nele, ele não parecia leal - Você sabe onde me encontrar mais tarde - disse. Finn levantou e resolveu sair, ele iria guardar aquela informação, Becca irmã de Lexa, talvez agora ele pudesse estar um passo à frente da garota, ou talvez não -

Becca voltou a olhar aqueles papéis, ela tinha o nome e a estória da garota, mas não tinha sua localização, não sabia onde Lexa estava, mas ela iria descobrir, com uma foto e um nome ela iria encontrar a garota e fazer com que ela nunca tivesse existido.

**

Depois de quase uma hora tentando encontrar uma forma de localizar aquela garota, Becca resolveu ir a procura de outro profissional para ajudá-la com aquela busca. Becca levantou e pegou o relatório de Lexa e pôs sobre outra pilha de documentos em seu braço. A mulher saiu da sala e sem prestar muita atenção foi direto para a sala da perícia em busca de um certo profissional, porém no meio do caminho ela esbarrou em alguém que fez suas folhas caírem ao chão.

- Wow! Mais cuidado Blake! - bronqueou logo se abaixando para pegar os papéis. - O que deu em você? Nunca o vi assim - comentou. Bellamy a ajudou e ela percebeu o garoto olhar fixamente para a página onde tinha a foto e informações de Lexa. Becca pegou o papel da mão do rapaz que parecia interessado demais no que tinha ali - Mais cuidado da próxima vez - aconselhou e saiu dali. Deixando Bellamy desconfiado -

...

- Eu sinto muito, mas não tem nenhum indício dessa garota no sistema de identificação, é como se ela não existisse. O que é estranho porque da mãe dela temos informações - explicou Monty à Becca. Ele estava achando estranho Finn e Becca procurarem pela a mesma pessoa, mas não seria ele que iria questionar - É como se alguém tivesse apagado qualquer registro dessa garota - explicou. Os dois ouviram um barulho e olharam para trás, mas não tinha ninguém ali. Becca voltou para Monty e pegou sua pasta - Você não pode contar a ninguém Green, por favor, é algo muito pessoal... - Monty apenas concordou e Becca frustrada saiu da sala do rapaz. Assim que passou pela a porta ela sentiu alguém segurar seu braço. - Blake? O que pensa que está fazendo? - perguntou olhando para o rapaz, Bellamy se aproximou e Becca sentiu um desconforto naquela atitude -

- Eu sei quem Lexa e sei como encontrá-la - Becca olhou para o rapaz e depois para a mão do mesmo que ainda a segurava. Bellamy a soltou e Becca voltou a andar, esperando que o rapaz a seguisse. Bellamy seguiu os passos da legista e quando entrou na sala da mulher, fechou a porta - Por que está tentando encontrá-la? - perguntou e Becca lhe deu um olhar descrente. - Ela não é uma boa pessoa para você saber... - Bellamy estava tão furioso com tudo e com todo mundo que não se importava se iria expor Lexa e todo mundo envolvido -

- E como você sabe disso? - perguntou não sabendo se Bellamy era diferente de Finn -

- Porque eu passei alguns anos com ela no orfanato, minha irmã é melhor amiga de Lexa e eu sei exatamente onde encontrá-la, mas eu não vou dizer até eu saber o que você quer com ela... - Becca então confirmou que Bellamy realmente conhecia a garota -

- Então você é amigo dela também... - ela queria ver o quão próximo Bellamy era da garota -

- Ela não é minha pessoa favorita... - explicou e Becca gostou de ouvir aquilo -

- Eu descobri que essa Lexa é minha irmã e eu só quero poder encontrar com ela e apresentá-la ao meu pai... - explicou. Ela não iria confiar em Bellamy as loucuras que passavam em sua mente mostrando as formas que ela queria acabar com Lexa naquele mundo, ela jamais poderia permitir que seu pai encontrasse a garota -

- Ela é sua irmã.. - comentou Bellamy sorrindo. - Parece que vocês duas tem o mesmo gosto então... - Becca arqueou uma sobrancelha em questionamento - Lexa era o amor da vida de Clarke, assim como Clarke é o de Lexa. Eu sei que você e Clarke tem alguma espécie estranha de relacionamento - Bellamy se aproximou de Becca e sorriu - Quer um conselho? Desiste de Clarke agora, Lexa não gosta muito de pessoas que se aproximam de Clarke, elas podem não estar juntas, mas Lexa está sempre de olho - Becca observou Bellamy sair de sua sala e ela acreditou em todas as palavras daquele policial, pareciam verdadeiras demais. Ela acabou de ganhar mais um motivo para odiar Lexa -

~~~FLASHBACK OFF~~~

- Não basta ter arruinado a minha vida, a da minha mãe, a da minha família. Você ainda roubou Clarke de mim! - exclamou Becca esquecendo que havia outras pessoas ali e focando apenas em Lexa. -

- Não fui eu quem dormiu com seu pai! Ele mesmo arruinou sua família ao se deixar envolver com outra pessoa fora do casamento! - Lexa estava começando a achar difícil saber quem ali era mais louco. - E eu não roubei Clarke de você, você nunca a teve! - Becca deu as costas para Lexa e foi até Bellamy - Clarke nunca foi de ninguém, além de minha! - disse alto deixando Clarke orgulhosa. Becca tirou a arma da cintura de Bellamy e apontou para Lexa, destravou e atirou -

- LEXA! - gritou Clarke desesperada, porém Becca não atirou para matar a garota, o tiro nem ao menos encostou em Lexa, apenas passou no vácuo entre a cadeira de Jake e de Lexa. -

- O que? Você ficou com medo de que eu roubasse seu pai? Tirasse ele de você como minha mãe fez quando tirou ele da sua? - Becca estava para atirar novamente e Bellamy sabia que dessa vez era para acertar, então o rapaz imediatamente tirou a arma da mulher -

- Você parece que sabe escolher as pessoas com quem se relaciona filha - comentou Jake olhando para sua filha -

- Acho que puxei isso da minha mãe, das duas na verdade - retrucou Clarke fazendo Bellamy sorrir. Becca e Lexa ainda mantinham um contato visual intenso, como se quisessem se matar com o olhar. Anya e Bellamy suspiraram com a situação -

...

- Ótimo, ela está reagindo bem aos medicamentos... - comentou o médico avaliando o quadro de Octavia. Raven respirou aliviada enquanto Murphy parecia enlouquecer em busca de mais pistas do paradeiro de Lexa. O médico cirurgião responsável por Octavia assinou algo na prancheta e olhou para Raven ao lado da cama da paciente - Eu estava olhando a ficha da paciente e no contato de emergência tem seu nome. Não pude deixar de notar que você trabalha no Departamento de Polícia de New York - disse ao lembrar - Minha filha trabalha no mesmo local, acho que vocês até se conhecem... -

- Quem é sua filha? - perguntou não acreditando naquela coincidência -

- Rebecca, mais conhecida como Becca. Ela é uma das legistas - explicou orgulhoso. Raven franziu a testa com aquela informação -

- Sério? Não associei o sobrenome, até porque ela não usa Alienchipper - explicou lembrando o sobrenome do médico -

- A mãe de Becca e eu nos separamos e quando isso aconteceu, ela pareceu ficar brava comigo por um tempo, o Montgomery da mãe pareceu prevalecer mais - explicou. Raven pareceu compreender e Murphy parou de digitar e olhou para os dois ali -

- Alienchipper! Claro! - disse como se finalmente pudesse ter ligado àquele nome -

- Com licença? - disse o médico sem entender. Murphy voltou para o notebook e procurou seus arquivos, um especifico. O laudo de necropsia de Anya, ele desceu o arquivo para sua última página e levou o notebook até os dois. No final a assinatura no médico legista era R.M. Alienchipper -

- R.M. Alienchipper? - perguntou o garoto mostrando para o médico. Ele não demorou muito e já tinha a resposta -

- Rebecca Montgomery Alienchipper, médica legista. É a minha filha... - explicou, Murphy e Raven trocaram olhares e o médico pareceu curioso -

- Mas Becca assina seus relatórios como Rebecca Montgomery - lembrou Raven, ela tinha certeza disso porque trabalhava diretamente com Becca - Por que ela assinaria relatórios de outra forma? - Murphy ainda segurava o notebook tentando encaixar aquelas últimas peças do quebra cabeça -

- Espera... - o homem pegou o notebook e correu seus olhos para o nome da vítima e a foto que estava ali - Esse relatório é falso, essa garota não morreu - Murphy olhou para o homem e seu cérebro parou de funcionar -

- Impossível! Eu vi essa garota morrer. Ela morreu! - o homem negou e olhou a data, ele sorriu agradecendo sua memória perfeita -

- Essa garota chegou até mim sim com o coração falhando, mas eu a salvei, ela está viva - foi então que Murphy ligou todos os fios soltos daquela estória. Anya estava viva. Anya pegou Clarke e Lexa. -

...

- Como você pôde fazer isso comigo Anya? - perguntou Lexa, exausta de tentar entender a situação, exausta de olhar para Anya e não reconhecer a garota que esteve sempre em sua vida. Clarke percebeu o quão difícil era para Lexa ver que Anya havia se voltado contra ela. Anya saiu de perto de Bellamy e se aproximou da garota -

- A frustração de Bellamy o fez se revoltar sobre a situação. A perda e sofrimento de Becca a fez chegar ao ponto que chegou. - Anya ficou diante de Lexa e se surpreendeu por não sentir mais aquele amor demasiado pela a garota, parecia que todo o amor havia se tornado em raiva, ódio, indiferença - Mas comigo Lexa, comigo foi algo que doeu muito mais - Lexa olhou para Clarke através do ombro de Anya e a mulher segurou o rosto de Lexa, a fazendo olhar para ela - Olha para mim! Se você tivesse ficado comigo isso nunca teria acontecido! Se você tivesse me amado como deveria você não estaria nessa situação! - Anya soltou o rosto de Lexa, Jake olhava para a mulher se perguntando se ele de alguma forma era parecido com aquela criatura - Você tem ideia do quanto eu amei você?! Desde a nossa convivência no orfanato, então crescemos e você conheceu aquela vadia e -

- NÃO FALE ASSIM DA CLARKE! - gritou não se importando se pagaria por aquela atitude. Anya sorriu e logo gargalhou -

- Sempre Clarke, ela sempre me tirou de você mesmo quando não estava ao seu lado, mas agora vai ficar tudo bem. Eu vou tirar ela de você ou você dela, não importa, as duas sempre quiseram ficar juntas e a morte parece uma boa ideia para isso acontecer! - Lexa podia jurar que viu a insanidade no olhar de Anya. Ela não reconhecia aquela mulher, era totalmente diferente do que ela lembrava -

- Se você diz amar tanto Lexa, por que matá-la? - Jake não estava tentando defender Lexa, longe disso. Ele só queria entender a mente daquela mulher. -

- Antes eu só queria isso para ferir Clarke. Eu iria fingir minha morte, então mataria Clarke e depois iria reaparecer e inventar toda uma história, iria afirmar que fiquei em coma, ou algo assim, então eu voltaria para Lexa e dessa vez ela já não teria Clarke. - explicou Anya lembrando de seu plano, Lexa definitivamente não sentia nada além de pena e ódio pela aquela figura. - Ela teria apenas a mim. Mas então tudo mudou, e eu não só queria Clarke morta como Lexa também. - explicou olhando para Lexa mais uma vez -

~~~FLASHBACK ON~~~

DIA DA "MORTE" DE ANYA


- Então está tudo combinado. Entraremos no prédio a noite, quando não estiver ninguém além daqueles poucos seguranças na portaria. Há segurança também no andar do nosso alv - Murphy parou de falar e olhou para os dois ali a sua frente. Bellamy parecia está tendo uma discussão interna consigo mesmo, ele olhava para um ponto fixo e mantinha sua expressão tensa. Anya estava da mesma forma. Murphy havia subido para a cobertura de Anya para explicar como tudo iria acontecer a noite. Lexa por algum motivo não estava ali e ele pediu que Bellamy dirigisse até Polis, pois precisariam dele. De Polis para a Cidade de New York era menos de uma hora - Alô? Anya? Bellamy? - chamou e os dois balançaram a cabeça voltando para o garoto - Quer saber? Vocês claramente não estão bem, eu vou encontrar com Lexie e informar o plano para ela, quando eu voltar espero que vocês já estejam melhor - informou levantando e saindo da cobertura de Anya. A mulher levantou e Bellamy permaneceu no mesmo local -

- Eu sei o que está me incomodando - comentou Anya. A mulher foi até seu bar improvisado e pegou uma garrafa de whisky e dois copos, voltou para sala e pôs sobre a mesinha central - Mas o que há com você? - perguntou servindo o rapaz. Bellamy tomou todo líquido em um gole só. Ele sentiu sua garganta pegar fogo, mas em nenhum momento ele deixou transparecer o incômodo, Anya fez a mesma coisa não tirando os olhos do rapaz. Bellamy pegou a garrafa e voltou a encher seu copo -

- Acho que estou quase contratando você e sua equipe para acabar com alguém... - explicou voltando a beber todo o líquido, dessa vez ele fechou os olhos com o gosto mais intenso em sua boca -

- E eu estou quase fazendo um bônus para mim, um agrado a mim mesma ao acabar com alguém - Bellamy deu um sorriso de lado e tocou seu copo com o de Anya ao saber que estava na mesma situação que a garota - Sabe, eu estive ao lado dela desde que éramos crianças, eu a protegi, eu fui a única família dela... - Anya falava olhando para seu copo sobre a mesa e Bellamy teve um pouco de dificuldade para entender de quem Anya estava falando - Eu até a ajudei a se livrar daquele pai abusivo dela, eu fiz tudo isso por amor e o que eu ganho com isso? Um simples abraço e o título de amiga, por um momento eu realmente achei que nós teríamos outro destino sabe? Quando ela a abandonou eu tive a certeza que essa era minha chance, mas aquela loira idiota sempre esteve na cabeça de Lexa. O que essa Clarke tem que eu não tenho? - então Bellamy entendeu toda a estória, Anya estava com raiva de Clarke. Ele sabia de toda a estória de Lexa e Clarke, e Anya e Lexa, tudo graças a Murphy -

- Lexa ama você, e eu tenho toda a certeza de que se Clarke não estivesse no caminho de vocês, Lexa certamente estaria feliz ao seu lado - comentou Bellamy. Anya olhou para o rapaz e uma ideia louca passou pela a cabeça do rapaz - Clarke é só uma cópia do pai dela, todos acham que ela é a garota perfeita, mas não é. Tenho certeza de que se um dia ela reencontrar Lexa elas ficarão juntas novamente Anya, e você certamente terá sua chance afundada para sempre - Bellamy saiu da sua cadeira e sentou ao lado de Anya no sofá -

- O que está sugerindo Bellamy? - perguntou querendo ter a certeza de que entendeu o que o rapaz estava sugerindo -

- Clarke é o nosso problema, eu sugiro que dermos um fim nesse problema. Eu finalmente vou me livrar daquela garota que me impede de crescer no departamento e de bônus machucamos o pai dela, que todos nós odiamos por diversos motivos. Você vai ter finalmente o caminho livre Anya, de uma vez por todas - explicou achando sua ideia a melhor que já teve, Anya levantou, suas mãos foram a cintura enquanto ela olhava incerta para o rapaz -

- Eu não posso simplesmente matá-la Bellamy, eles vão me achar em um piscar de olhos, e Murphy certamente não vai me ajudar a limpar meus rastros - explicou gostando da ideia, porém não querendo se arriscar. Bellamy então ficou sem argumentos, até que como nos desenhos animados, uma lâmpada se formou sobre sua cabeça quando ele teve uma ideia -

- Você vai morrer! - explicou sorrindo com sua ideia genial. Anya arqueou uma sobrancelha e o rapaz levantou, segurou os braços de Anya e sorriu - Nós fingimos sua morte, então esperamos alguns dias, depois matamos Clarke, eu vou usar meu acesso a Polícia para conseguir cobrir nossas pistas. É um plano perfeito Anya. Então depois que matarmos Clarke, você espera alguns meses e volta a aparecer na vida de Lexa. Diga que não lembra direito de nada, só lembra que acordou no hospital e falaram que você havia ficado em coma - Anya sorriu, um sorriso largo que não dava há muito tempo -

- Mas como faremos isso? Como Lexa vai acreditar que eu realmente morri? - perguntou tentando fechar todos os buracos naquele plano. Bellamy então sorriu com a imagem de quem apareceu em sua mente -

- Eu tenho uma amiga que pode ajudar, porém você terá que ser forte Anya. Eu vou atirar em você em cantos específicos, e vai doer muito mais do que você imagina, mas essa minha amiga vai cuidar de você. -

- Então faremos isso hoje, é o dia perfeito. Iremos para esse novo alvo, quando eu sair do carro e seguir para o local será quando você vai atacar, os tiros certamente vão alarmar alguém do prédio que vai tentar ligar para Polícia e ambulância, conhecendo Lexa como eu conheço ela vai ficar comigo quando eu levar os tiros, então você usa a sua viatura para espantá-la, Murphy não vai deixar que os dois sejam parados pela a Polícia. Então os dois vão embora e quando precisar de alguém para reconhecer o corpo mande Gustus -

- Gustus? - perguntou Bellamy confuso - Aquele homem é fiel a Lexa - explicou não entendendo o motivo de Anya trazer aquele homem para a estória -

- Ele é fiel a mim, e concordará com isso no momento em que eu conversar com ele - explicou. - Agora vá e traga essa garota que você diz ser amiga, precisamos acertar tudo antes que Murphy volte.- ordenou. Bellamy direcionou sua mão e Anya apertou como se fechassem um acordo - Se apresse, temos uma morte para encomendar - disse Anya. Bellamy sorriu e soltou a mão da mulher, saiu da cobertura da garota para correr para a cidade de NY. Ele precisaria convencer alguém daquele plano -

...

- Você quer que eu o quê?! - perguntou Gustus confuso e surpreso com aquela notícia de Anya - Eu não posso fazer isso, você não pode fazer isso Anya - pediu quando Anya contou todo o seu plano para o homem. Anya se aproximou e sentou em seu sofá ao lado de Gustus -

- Você disse me seguiria onde eu fosse, que sempre estaria ao meu lado. Eu preciso fazer isso Gustus. O que você acha que vai acontecer se Clarke descobrir no que Lexa se tornou? Com certeza não vai medir esforços para acabar com ela e todos nós, mas Lexa não ver isso porque ainda está cega de amor por Clarke... - Gustus não era o maior fã de Clarke, mas não sabia se concordar com aquele plano louco de Anya era uma boa ideia - Eu não quero contar isso a você Gus... - Gustus percebeu uma mudança no tom de voz de Anya e viu que algo a mulher estava escondendo -

- Contar o quê? - perguntou. Anya segurou a mão do homem e olhou para ele -

- Lembra do que aconteceu a sua namorada? Claro que lembra... - disse balançando a cabeça - Sabe por que Octavia não contou a você quem foi? Porque Lexa pediu. Quem matou sua namorada foi Clarke, ela matou Indra que era inocente em toda a estória, mas ela não quis saber disso, ela não teve piedade da sua namorada Gus, então me diga por que você vai ter que poupá-la? - Gustus soltou a mão de Anya senão ele esmagaria a mão da garota. Ele levantou e começou a andar de um lado para outro, chutou a mesa central da sala e Anya não se importou -

- Eu a mato! Eu irei matá-la com minhas próprias mãos! - disse entredentes. Anya levantou e pôs suas mãos sobre o ombro do homem -

- Eu farei isso Gus, eu só preciso saber de que lado você vai ser fiel, eu preciso de alguém para confiar - o homem pareceu mais calmo e ele concordou com um balançar de cabeça - Ótimo. Primeira coisa que você precisa saber e manter na sua cabeça é, se Bellamy falhar e me matar, eu quero que você acabe com ele, Murphy e Octavia. -

- Não precisa dizer duas vezes - respondeu e Anya sorriu. Ela sabia que poderia confiar em Gustus -

...

- Oficial Blake! - comentou Becca não gostando daquela surpresa. Ela e sua equipe estavam analisando o corpo de uma vítima. Bellamy parecia nervoso e Becca percebeu, ela olhou para seu time e se afastou da mesa - Vocês continuem, eu volto em dez minutos - informou Becca tirando suas luvas e jaleco, tirou os óculos protetores e foi em direção ao rapaz na porta. Becca segurou o rapaz pela a manga da farda e o levou para longe dali - O que diabos está havendo? Eu estou no meio de uma análise! - informou irritada. Bellamy segurou o braço de Becca e gentilmente andou com a mulher pelo o corredor, e entrou na sala de arquivos que estava vazia - Você está perdendo a cabeça, desde que você não conseguiu essa promoção está agindo assustadoramente estranho e não é só eu que percebi isso - informou, seus braços cruzados mostrando que ela não estava boa para conversas. Bellamy girou a chave e os trancou ali -

- Eu vou ser objetivo aqui. - disse em uma voz baixa - Eu preciso da sua ajuda e se você me ajudar eu entrego Lexa para você, eu não me importo o que você fará com ela, mas eu a entrego a você e prometo esquecer que um dia eu fiz isso - respondeu não tendo tempo para convencer a mulher com explicações de todo o plano. - Eu posso garantir algo, se não for através de mim você nunca vai pôr as mãos na sua irmã - Becca conhecia o mal quando estava diante de um, ela o reconhecia. Bellamy olhava para a mulher com um misto de esperança e nervosismo -

- Eu não sei o motivo, mas eu confio em você Blake - afirmou e Bellamy sorriu aliviado - O que você quer de mim? -

- Primeiro quero que você encontre alguma desculpa e diga que precisa se ausentar pelo o resto dia, precisamos ir para Polis - explicou. Becca não falou nada, passou por Bellamy, destravou a porta e saiu daquela sala estreita. O homem entendeu o recado e logo depois de Becca ele saiu, o homem deu uma olhada ao redor e viu pouco movimento no local. -

O rapaz desceu para a garagem do departamento e entrou no corredor de armários dos detetives e oficiais. Bellamy sorriu para alguns que passaram por ele e o oficial ficou ao lado de seu próprio armário, esperou os dois últimos colegas saírem do local e foi até o armário de Finn. Bellamy girou algumas combinações no armário do detetive e quando já estava começando a se frustrar o rapaz ouviu um clique indicando que ele havia conseguido. Bellamy cuidadosamente olhou para os lados e viu que não tinha ninguém, abriu o armário e pegou uma arma de Finn, guardou em sua cintura e cobriu com a blusa da farda. Fechou o armário e saiu do local. Ele não usaria sua própria arma com identificação para atirar em outra pessoa.

...

- Então ficou tudo entendido, certo? - perguntou Murphy depois de ter passado todo o plano para Anya - Bellamy me ligou e disse que precisou voltar para o departamento, mas quando ele chegar eu passo tudo para ele - Anya continuava de costas olhando para a paisagem da varanda de sua cobertura. Murphy fechou seu notebook e levantou - Aconteceu algo entre você e Lexa? Vocês duas estão estranhas e evitando se encontrar... - Anya virou-se e olhou para o rapaz -

- Se você já terminou você pode ir, nos encontramos mais tarde - informou. Murphy não respondeu, sabia que Anya estava furiosa por alguma coisa e não seria ele a irritá-la ainda mais -

- Okay. Eu estou indo ficar com Lexa, qualquer coisa me avisa - respondeu saindo da casa da garota. Anya observou Murphy sair e foi até sua porta, a trancou e segundos depois Bellamy e uma mulher apareceram na sala -

- Essa foi por pouco - respondeu Anya aliviada. Becca olhava para Anya com curiosidade - Bellamy me falou que você é irmã de Lexa... -

- Infelizmente - retrucou - Bellamy me disse que você quer matar Clarke - Becca não sabia se estava de acordo com isso. Clarke e ela tinham um relacionamento estranho, mas ela tinha um certo carinho pela a loira - Agora me diga porquê eu devo ajudar vocês com isso? Clarke não me faz mal algum e não é era que eu quero morta -

- Faremos uma troca então... - respondeu Anya. Ela havia sido alertada sobre Becca e Clarke, então ela iria fazer um pequeno jogo com a garota. - Se você me ajudar com isso, eu prometo entregar Lexa a você, porém terá que ter paciência. Lexa é esperta e com ela precisa muito mais do que sair por aí seguindo-a e tentando matá-la. - Becca arqueou uma sobrancelha em curiosidade. Anya tinha outros planos e só estava falando o que Becca queria ouvir - Então o que vai ser? Vai colaborar comigo ou prefere recusar? Só quero que você lembre de algo... - Anya se aproximou e Bellamy apenas acompanhou a cena - Eu vou matar Clarke com ou sem sua ajuda, e se eu fizer isso sem sua ajuda você nunca colocará suas mãos em Lexa, e farei melhor, direi a Lexa que alguém planeja matá-la e pode ter certeza que ela vai querer acabar com quem planeja isso - Bellamy sorriu ao ver Becca encurralada -

- Eu quero Lexa e se você não cumprir a sua parte no acordo, você vai se arrepender. Você não me conhece garota e não deveria me subestimar - retrucou Becca nunca deixando os olhos de Anya. Anya sorriu gostando da maneira corajosa daquela mulher. -

- Então? Temos um trato? - perguntou Bellamy se aproximando das duas mulheres -

- Espero que você seja ótimo em mira Blake. - disse Becca olhando para o rapaz - Você terá que acertar precisamente em três pontos específicos em Anya, isso vai doer e vai deixar você inconsciente, mas eu vou salvar você - explicou a garota, Anya não sabia se confiava naquela mulher o bastante - Na verdade, meu pai irá salvá-la, mas isso não pode durar mais do que sete minutos. Só temos sete minutos para deixar você inconsciente, depois disso seu cérebro vai simplesmente falhar e não haverá ninguém capaz de salvar você. -

- Se você me deixar morrer, você será a próxima... - ameaçou Anya. Becca pôs um sorriso e deu sua mão para Anya apertar, a mulher fez o ato e Bellamy juntou sua mão com a das duas -
...

- Mas filha, ainda não entendi o porquê disso - comentou Donovan. O homem estava em uma sala de uma clínica localizada em um local nobre de Polis. A clínica era de um velho amigo que cedeu para o homem naquela noite a pedido da filha. Donovan estava passando por um momento complicado com a filha e não iria recusar um pedido da mulher. Becca foi até a janela e olhou o movimento da rua, podia ver a van de Anya estacionada na rua e o carro de Bellamy estacionado há alguns metros detrás da van, estava tudo pronto - Becca? -

- Papai, eu só preciso da sua ajuda, você salva pessoas, eu preciso que você faça o seu trabalho hoje... - informou. Becca olhou ao redor daquela sala da clínica e torceu para que todos os instrumentos que precisassem estivesse ali. A mulher sentiu seu corpo tremer ao ouvir os tiros. Donovan e Becca correram para mais próximos da janela e observaram a cena. Lexa e Murphy próximos ao corpo de Anya no chão e uma mulher desconhecida ao telefone, Becca olhou para seu relógio e contou os minutos. -

- Meu Deus! Temos que ajudar aquela mulher! - informou Donovan. Becca continuo a olhar o movimento e ouviu a sirene da Polícia e os dois que estavam próximos de Anya correrem para a van e dispararem em fuga. Logo depois Becca viu um homem forte pegar Anya do chão e entrar no prédio, a viatura que era do departamento de Polis, mas que Bellamy dirigia mostrou o garoto descendo do carro e entrando no prédio - Ela? É ela que você quer que eu salve? - perguntou Donovan. Becca concordou com a cabeça e o médico correu para o lavatório para limpar suas mãos. -

A porta se abriu e Gustus entrou com Anya em seus braços, a mulher estava apagada e o homem a colocou sobre a maca. Becca correu e pegou o aparelho de oxigênio e pôs a máscara na mulher. Gustus levou uma mão a testa em nervoso e Bellamy parecia preocupado ao ver que Becca parecia nervosa.

- Eu atirei no lugar certo, não foi? Becca! - chamou nervoso. Becca levou dois dedos ao ponto de pulso da garganta e viu que o pulso estava fraco -

- PAPAI! PRECISAMOS ESTABILIZÁ-LA! - gritou Becca. Donovan voltou a aparecer e pediu para todos, excerto Becca se afastassem. O homem puxou o braço de Anya e injetou um medicamento em sua veia. -

- Coloque suas luvas. Você vai me ajudar! - informou Donovan. Becca confirmou e fez o que o pai mandou. Bellamy andava de um lado para outro e Gustus repetia as palavras de Anya em sua cabeça, se algo acontecesse a ela, Gustus deveria matar Bellamy e todos os que ele se importava - Se não tiramos esses projéteis de dentro dela, ela não irá aguentar. - disse olhando para a filha - Rebecca, você cuida do ombro e do seio direito. Eu cuidarei da parte lombar e do abdômen, há quatro projéteis nessa garota, se ela viver será um milagre - o homem se certificou que Anya estava totalmente apagada e livre da dor e pegou os instrumentos necessários para retirar as balas -

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