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- Eu aposto que foi o Jake! - respondeu andando de um lado para outro, ela precisava pensar bem antes de ir atrás de Clarke, ela precisava de um plano. Murphy tinha que falar o que viu, ele não poderia esconder de Lexa –
- Lexa, eu vi quem pegou Clarke... - explicou coçando a nuca. Lexa parou seus passos e foi até o rapaz, a garota puxou a camisa de Murphy e o trouxe para perto, Lexa estava tão perto que podia dissertar sobre os olhos do garoto -
- Fala! - ordenou e Murphy não pôde deixar de notar a veia pulsando no pescoço da amiga, aquilo significava que a situação não estava nada tranquila - John! - ordenou ameaçadoramente -
- Gustus... - Lexa soltou o garoto e Murphy passou sua mão sobre o amassado que Lexa tinha deixado em sua camisa - Ele saiu desse carro e deu um soco em Clarke, ela pareceu apagar de imediato e ele a colocou dentro do carro - Lexa tentava buscar alguma lógica para o que Murphy havia falado -
- Gustus? - procurou por outra confirmação, Murphy apenas afirmou - Isso não faz sentido Murphy, Gustus foi preso, Raven o prendeu - explicou, Gustus era fiel a ela, ele jamais a trairia -
- É ai que está a chave para tudo - comentou empolgado - Quem soltaria Gustus? - se perguntou. Lexa negou, ela não poderia acreditar - Temos aqui duas suposições. A primeira é que Jake tenha ainda alguns contatos no departamento e soltou Gustus para levar Clarke até ele, ou a segunda, que é alguém daquele departamento que esteve esse tempo todo querendo acabar com Clarke - explicou se perguntando como não havia pensado naquilo antes -
- Do departamento? Quem faria isso e por que? - se perguntou tentando desvendar aquele quebra cabeça, mas parecia que uma peça estava perdida e ela nunca iria resolver aquilo. Murphy puxou sua maleta que trouxera de seu apartamento e foi até o sofá, Lexa se juntou ao amigo e Murphy abriu a maleta. -
- O que vai fazer? - perguntou Lexa, Murphy sorriu e começou a digitar freneticamente -
- Estou tentando invadir o acesso às câmeras de segurança desse prédio e o do outro que fica do outro lado da rua, se eu consegui a imagem da placa do carro eu posso rastrear e saber para onde foram - explicou não parando um segundo de digitar. Lexa levantou do sofá e começou a procurar por algo na sala, nas gavetas da mesa, debaixo do sofá - Se está procurando por armas deveria tentar o quarto delas ou o escritório - explicou o garoto imaginando que era isso que Lexa procurava. Lexa correu pelos cômodos a procura de alguma arma, ela havia deixado todo seu arsenal no seu último apartamento e no de Murphy -
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Clarke estava amordaçada, seus olhos vendados e suas mãos presas com algemas. Ela percebeu que ainda estava no carro, tentou lembrar do rosto do homem que lhe agrediu, mas parecia difícil demais trazer aquela recente memória. A detetive tentou se mover, ela sentia a presença de alguém ao seu lado e tudo o podia ouvir era os barulhos do próprio carro.
- Não gaste sua energia tentando se soltar, é impossível - comentou Gustus. Clarke não falou nada, ela iria guardar sua energia, ela realmente não poderia fazer nada contra aquela situação na qual se encontrava - Se você valesse dinheiro eu com certeza estaria milionário agora - concluiu com uma gargalhada. O homem olhou para o seu lado e tirou a mordaça de Clarke, a loira umedeceu seus lábios sentindo sua boca seca -
- O que você está fazendo? O que querem de mim? - perguntou virando sua cabeça exatamente para o lado onde Gustus estava, apesar de não poder ver por causa da venda em seus olhos, ela sabia que aquela direção era onde Gustus estava -
- Tenho que admitir que você é dura na queda, sempre que eu ouvia Lexa falar de você eu imaginava uma pessoa ingênua, inocente, frágil, mas você é totalmente o contrário, admiro isso em uma pessoa - comentou com um sorriso -
- Eu posso não ver você, mas sua voz está gravada em mim, eu vou acabar com você - ameaçou também com um sorriso. Gustus sorriu com a audácia da garota e voltou a pôr a mordaça na boca da loira -
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- Encontrou algo? - perguntou Lexa voltando para a sala. Murphy levantou a cabeça e olhou para a garota -
- Não, e você? - Murphy olhou para as mãos vazias de Lexa e obteve sua resposta. O garoto levantou e guardou seu notebook na mala metálica - Eu tenho que voltar para o hospital, Raven precisa de apoio e eu de segurança, só espero que o Wi-Fi de lá seja bom o bastante - explicou. -
- Como Octavia está? - perguntou lembrando da amiga, depois de toda a notícia de Clarke, Lexa acabou esquecendo da amiga -
- Octavia está bem, fora de perigo - explicou. Era uma meia verdade, e ele esperava que em poucas horas se tornasse uma verdade inteira -
- Eu vou voltar ao meu apartamento e ao seu, as armas estão lá - respondeu pegando sua jaqueta do sofá de Raven. Murphy voltou-se para Lexa, ele parecia preocupado e Lexa entendeu o porquê - Não tente John, eu vou voltar lá, e você precisa encontrar para onde levaram Clarke, você tem que prometer que vai fazer isso - pediu. Murphy concordou e se aproximou da amiga, fechou seus braços em volta da garota e a abraçou -
- Toma cuidado okay? - pediu ainda abraçado a amiga, Lexa soltou-se do rapaz e olhou para ele - Eu vou encontrar Clarke, e quando eu conseguir fazer isso eu ligo para você - Lexa afirmou com um balançar de cabeça e saiu do apartamento -
Murphy foi até o quarto de Raven a procura de algumas peças de roupas para levar ao hospital, achou que Raven talvez precisaria de roupas limpas. O garoto abriu o armário e tirou uma calça e blusa qualquer e duas peças íntimas da gaveta, o garoto voltou a caminhar para fora do quarto quando algo o fez parar, chamando sua atenção, a caixinha de veludo sobre a cama, Murphy sorriu em compaixão e pegou a caixinha, guardou em seu bolso e voltou para a sala. Pôs sua mão na mala de rodas e olhou ao redor naquele apartamento, ele suspirou sentindo a tensão naquele lugar mesmo sem ter ninguém. Murphy puxou sua mala para a saída do lugar, algo lhe dizia que o que estava por vir não era nada bom.
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Lexa entrou em seu apartamento, estava tudo como antes, excerto pelo o fato da porta fechada, quando Clarke deu voz de prisão ela lembrava que havia saído e deixado o apartamento aberto, porém a Polícia já havia feito uma visita àquele lugar.
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Burn With You
FanfictionEla sabia quando parar, sabia a hora exata de dizer adeus, sabia que não iria acabar bem, sabia quando seguir em frente, mas "saber" não significava querer, e por mais que ela soubesse que não teria cura para a condição na qual se encontrava ela não...