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- Meu Deus... - disse Kane horrorizado. Quando ele chegou ao galpão as chamas já haviam puxado uma parte da plantação, ele e sua equipe foram obrigados a sair do local para não morrerem. Eles ligaram para a equipe de bombeiros e quase meia hora depois eles apareceram, contiveram o fogo, mas não adiantou de nada. Ali estava Kane, cercado por oficiais e detetives, o local onde era o galpão não passava de cinzas e um resto de instrumentos de metais. - Quem são? - se perguntou olhando para os quatro corpos que estavam ali. Não era possível reconhecer, estavam queimados e sem nenhum sinal visível de identificação. Kane levou uma mão a testa e se perguntou se um daqueles era de Clarke - Eu quero cinco unidades olhando ao redor, talvez Clarke esteja viva, talvez nenhum desses sejam ela - disse incerto. Ele não queria acreditar -
- Chefe Kane? - chamou um dos peritos. O garoto segurava um colar com uma pinça - Eu achei isso próximo a uma das vítimas - Kane puxou o cordão da pinça e observou o colar, era um cordão com um pingente do infinito. Kane percebeu algo escrito em uma das voltas daquele formato que mais parecia um oito -
- C.G & A.W - leu as delicadas letras escritas no pingente. Kane fechou os olhos - Pertencia a Clarke... - respondeu presumindo que o C.G, era de Clarke Griffin - Procurem alguma coisa. Procurem alguma pista de quem foi responsável por isso! E eu quero a identificação desses corpos! - ordenou como se seus subordinados fossem os culpados daquilo -
- Chefe Kane, os corpos foram carbonizados, talvez ainda será possível conseguirmos encontrar algum indício de DNA, mas as chances são de menos de dois por cento - explicou sabendo a dificuldade daquela situação, corpos carbonizados daquela forma era quase impossível descobrir a identificação. Era como provas, quando queimadas não restavam nenhuma evidência, assim como corpos, quando queimados não sobram nada além de pesadelos para quem os ver -
- É melhor usar esses menos de dois por cento para segurar seu emprego - informou saindo do local, ele respirou fundo aquele ar ainda poluído e olhou ao redor se perguntando o motivo para todo aquele caso -
...- Isso é realmente um milagre - comentou o médico olhando para sua prancheta e fazendo algumas anotações depois dos testes que fizera em Octavia - E Isso vindo de um cirurgião é realmente alguma coisa - explicou tirando seus olhos da prancheta e olhando para Octavia. Ele pôs a prancheta na ponta da cama onde ficava a identificação do paciente e seguiu para mais perto da garota, ele tirou uma pequena lanterna no formato de caneta e apertou a ponta trazendo luz para aquele objeto, ele passou pelos os olhos de Octavia avaliando o órgão - Tem certeza de que não está sentindo nada além das dores na costela? Qualquer dor Srta. Blake, até mesmo a que você acabar insignificante, é vital eu saber - pediu. Octavia olhou para Raven e depois para seu médico -
- Eu já disse que estou bem, apenas um pouco cansada e com fome - respondeu e Raven sorriu -
- Eu quero que me conte como conheceu sua namorada - pediu. Ele queria saber se havia alguma sequela afetando a memória da paciente - É necessário, é uma lembrança que você deve lembrar e importante para que eu saiba que não houve nenhuma sequela no seu quadro de memórias -
- Eu a conheci no campus da Dartmouth, eu acabei a atropelando de bicicleta - disse. O médico olhou para Raven e a garota confirmou -
- Ótimo. - respondeu voltando para sua prancheta e anotado algo a mais -
- Então? Quando eu posso sair daqui? - perguntou Octavia impaciente e já se sentindo melhor -
- Não tão rápido Srta. Blake, vou precisar manter você por mais um dia aqui, amanhã pela manhã verificaremos o estado das suas fraturas e um último teste neurológico. Então, eu poderei liberar você, porém com várias recomendações - Octavia não prestava atenção, ela odiava hospitais e só queria sair dali. - Com licença, deixarei vocês a sós - o homem saiu e Raven se aproximou da namorada -
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Burn With You
FanfictionEla sabia quando parar, sabia a hora exata de dizer adeus, sabia que não iria acabar bem, sabia quando seguir em frente, mas "saber" não significava querer, e por mais que ela soubesse que não teria cura para a condição na qual se encontrava ela não...