Me chamo Cruel DeVallar Lobo Zoellick III, devem se perguntar se esse realmente é meu nome não é? Darei um breve resumo sobre isso. Meu pai Enrico DeVallar Lobo Zoellick II, batizou-me com esse nome porque sou um assasino por ter matado duas das pessoas mais importante para ele e para mim ao nascer... Minha mãe que morreu durante o parto, e meu irmão gêmeo. Desde então carrego esse como um fardo pesado.
Não mudei o mesmo e com o passar dos tempos foi isso que passei a ser, uma pessoa má, cruel, Sem coração e sem escrúpulos. Que chora a cada dia para matar e assim sentir meu interior de bem comigo mesmo. Por isso acho que meu nome se encaixa perfeitamente bem em mim.
Mais não aceito que outra pessoa venha chamar-me por meu primeiro nome, exijo meu sobrenome, caso contrário sua cabeça será dada aos meus tigres em uma bandeja. Acredite.. Eu tenho tigres e daria qualquer um para manter eles vivos.
Minha vida era regada das mais belas mulheres, sexo com sadismo, masoquismo, submissão, disciplina e dominação, minha máfia e meu dinheiro. Só que o felizardo do grande filho da puta do destino resolveu vim brincar comigo, logo comigo, usando uma desprecavida e ordinária com o codinome Valentina Florença Rolds. Uma adolescente pobre, sem um chão para cair morta. Quer dizer, ela tem. Uma casa onde mora com esse tal de William.
Uma garota que de ingênua não tinha nada. Passei um ano vigiando sua vida medíocre e conturbada. Estudando-a. Conheço seus medos e suas alergias. Seus únicos amigos eram seu gato o fedelho Nico, uma menina de seis anos uma pentelha chamada Zafira, sua irmã e as pessoas de um orfanato que ela ajudava, tirando o bando de desocupados e maconheiros surfistas que viraram amigos da ordinária.
Com os pais mortos, Valentina não tinha ninguém na cidade e nem amigos de vizinhança ou faculdade, uma vez que nunca nem mostrou querer ser amigável.
Seu aniversário se aproxima faltando apenas uma semana. E como uma 'boa' pessoa que sou darei um presente especial. Minha vingança.
Quando os pais de Valentina morreram no incêndio na antiga casa deles, ela conheceu por acidente meu meio irmão adotado Leonard DeVallar Lobo Zoellick IV. A amizade que os dois tinham era algo intenso de se ver, mas a desgraçada convidou meu irmão para sair um certo dia, foi aí que tudo aconteceu.
Leonard tinha saído mais cedo de casa alegando que iria ver uma amiga, que no caso era Valentina, Leonard saiu mais não voltou. Eu e Enrico recebemos uma ligação do celular de Leonard duas horas depois, de alguém que nos informou que Leonard estava morto. Meu pai desabou a chorar enquanto eu tentava de algum modo adquirir a informação melhor.
Cego pela raiva peguei as chaves do meu Porshe e disparei até o local que a pessoa disse ter visto seu corpo. Quando cheguei já havia pessoas ao redor com vários policiais e uma fita preta e amarela listrada proibindo a passagem dos demais. Fui empurrando todos até chegar em um policial que informei ser seu irmão para que pudessem me liberar para vê-lo.
Com cautela caminhei até seu corpo ensanguentado caído no chão. Pus os joelhos no chão e segurei sua cabeça. As lágrimas banhando meu rosto, os soluços rasgando minha garganta. Meu peito abriu-se novamente a ferida, o buraco vazio de antes se fez presente novamente.
Ali eu tinha certeza de que não o veria mais..
Vi algo brilhante em suas mãos. Era um brilho bastante chamativo, ouro amarelo. Abri a mesma e tirei de lá um cordão com o nome de Valentina e um broche com a inicial V. Apertei fortemente os objetos na minha mão. Encarei o rosto de Leonard pela última vez antes de ir. Levantei recompondo-me fisicamente. Limpei as lágrimas que caíam sem permissão.
Girei os calcanhares pronto para ir embora, mas antes olhei por cima dos ombros para o corpo sem vida de Leonard e apenas para ele eu sussurrei:-Eu vingarem sua morte irmão. Quem quer que seja essa Valentina, eu a farei pagar.-trinquei os dentes raivoso.
Conversei por algum tempo com os policiais sobre o corpo do meu irmão e depois liguei para Enrico. Ele merece tanto quanto eu ver seu filho pela última vez. Era fato que Enrico iria fazer um velório digno de Leonard, de um DeVallar. Mas eu não iria aparecer nesse velório. Essa será a última vez que verei meu irmão. Não quero ter como lembrança seu corpo dentro de um caixão em baixo da terra.
Ele era a única parte boa em mim e assim como minha mãe e meu irmão gêmeo.. Eu o perdi.
Enrico apareceu dez minutos depois e ficou com Leonard até levarem seu corpo. Iria embora. Já basta ter que ver meu irmão morto, e mesmo que não tenha uma relação boa com meu pai eu não quero ver seu sofrimento.
Afastei-me do seu corpo indo para o meio daquela multidão fofoqueira que encaravam tudo sem entender de fato. Sinto um esbarro em meu ombro e um sonoro Perdão de uma voz chorosa e feminina quase que delicada se não fosse pelo choro agoniante que saía de seus lábios. Seus cabelos tinha cheiro de morangos silvestres, parecia um incenso relaxador para corpo.
Olho para trás a tempo de ver uma menina correndo até o corpo de Leonard. Ela era branquinha de cabelos claros e pontas louras, o corpo esguio escondido pela calça surrada e a blusa de um time de basquete.. Boston. O time de basquete favorito de Leonard.
Seus gritos estridentes pediam ao policial que a deixasse passar. Mais ele não cedeu.
Com um pequeno descuido ela passa e vai até o corpo morto no chão. Os policiais a vê indo tira-la de perto. Enrico assim como eu tentava saber quem era aquela desconhecida. Quem era aquela menina que estava atraindo olhares fascinantes por sua beleza descomunal. Por um momento fiquei intrigado para saber quem era, mas não me dei ao luxo. Poderia ser alguma foda de Leonard. Estava pronto para voltar quando escutei a mesma menina balbuciar entre choro e soluços:-LEONARD, ACORDA.. ACORDA POR FAVOR.. EU PEDIR PRA NÃO FAZER NADA LEONARD.. ACORDA.. ACORDAAA. SOU EU SUA DOCE VALENTINA..-ela grita enquanto uma policial a tirava a força para longe do corpo. Que cinismo.
Foi aí que eu percebi e as coisas fizeram sentindo então. Olhei para o cordão e o broche em minha mão e olhei de soslaio para a menina com jeito de colegial. Era ela. A mesma Valentina que era amiga da Leonard. Ela era a assassina e a culpada por tudo isso. Pela última vez deixei uma lágrima escapar. Esse será a única lembrança que terei dele e provavelmente a única que terei dela. Eu o vingaria mesmo que custasse a vida de um ser humano tão desprezível e cínico como Valentina. Eu a farei pagar. Eu a farei pagar com sua própria vida.
Esse teatro todo dela foi para que ninguém imaginasse que ela fosse culpada por sua morte. Mas eu não sou besta e nem tenho cara. Ela irá pagar com sua vida pela morte de meu irmão. De geração a geração os DeVallar tem honrado o sobrenome com nosso único cifrão: sem dor, sem piedade, sem amor e sem compaixão. E será assim que ela vai pagar. Juro por minha vida que vou honrar meu sobrenome e de meu irmão. Agora sim darei ênfase ao meu nome. Serei tão cruel que ainda a verei implorar por sua vida, e quando isso acontecer, terei o prazer de vê tão vulnerável.-Farei você pagar doce Valentina.-sorrio sombrio.
Valentina criou seu próprio inferno e eu sou o demônio que escapou dele.
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A Vingança é Minha
RomanceEla só queria saber porque estava sendo maltratada por alguém que nem cogitava a possibilidade de existência. Ele só queria vingar a perda que tanto lhe machucava. Ela queria sua liberdade. Ele queria sua morte. Mais aí ela se apaixona. E ele pa...