Valentina Rolds

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Estávamos em um campo aberto, em algum tipo de treinamento físico. Leonard disse que eu precisava e que iria me preparar melhor fisicamente. Mas o que não sabia era que iria ficar o dia todo fazendo isso. Paramos apenas para tomar água. Minha barriga estava roncando e meu corpo exausto de tanto treinar. Tudo que queria era um bom banho e uma massagem relaxante.
Leonard olhava-me atenciosamente. Seus olhos brilhavam orgulhosos.
Não sei como iria encontrar William, Zafira ou Helena. Tudo que eu sei é que eu quero encontra-lá e fazer​-lá pagar por ter mexido com minha família.
O que eu fiz de tão ruim para Helena? Porque uma mãe quer tanto mal a sua filha? Não entendo o motivo da sua raiva. Isso realmente me machuca, pois ela de qualquer forma é minha mãe. Sabe se fosse de uma outra maneira não teria ficado frustada com ela, mas saber que minha própria mãe, se é que posso chama-lá assim, me odeia por culpa de dinheiro, isso sim dói. Não fiquei chocada com essa história, pois sei que meus verdadeiros pais eram os mesmos de Zafira, os mesmo que morreram pelas mãos de Helena. Esses eram meus pais.
O som alto e enssurrecedor tocou alto pela casa de Leonard. Era um alarme. Vários homens armados correrão em direção a entrada com armas monstruosas.
Leonard veio até mim e suas mãos tocou meu rosto delicadamente.


-Não se preocupe. Não é nada. Tudo vai ficar bem.-sorriu confortante.









Apenas sorrir em resposta. Vejo Leonard sair dando instruções aos outros homens. Fui para dentro da casa e esperei por Leonard no meu quarto. Não consegui ficar quieta, então fui até a janela, lá eu tinha uma visão total da rua e poderia ver o que estava acontecendo.
Não entendi o que estava acontecendo, apenas vi um carro branco muito bonito parado na rua. Uma mulher alta, de cabelos claros, corpo malhado e muito bonita por sinal, saiu do carro. Ela estava com uma calça preta, botas cano longo, uma blusa verde e jaqueta de couro preta. O boné não mostrava muito seu rosto e os óculos escuros também não ajudava. Mas sua aparência fazia deduzir que era uma bela mulher.
Leonard se aproximou e pelo que pareceu ficou conversando com ela por alguns segundos. Vi tudo muito rápido. Leonard pegou uma arma é atirou na tal mulher. Ela caiu no chão enquanto o carro que a trouxe estava dando a ré.
Ela não havia morrido. Seu corpo se mexia no chão. Alguns dos homens de Leonard a pegaram com brutalidade, trazendo-a para dentro da casa.
Fui o mais rápido possível até a entrada da casa e assim que cheguei vi a bela mulher na minha frente. Leonard veio até mim, ficando na frente da minha visão.










-Quem é ela? Eu vi o que você fez...-sussurrei.











-Ela mereceu.-não esboçou nenhum remorso.












-Porque?












-Valentina vamos sair daqui.-me puxou pelo braço.













-Me responde... Porque machucou aquela pobre mulher?.-elevei a voz.












-Cala a boca Valentina. Não te devo satisfações.














-ME RESPONDE MERDA.-gritei.















-JÁ CHEGA VALENTINA.-também gritou.-SE QUER TANTO SABER, TUDO BEM. ELA É A VAGABUNDA QUE AMEAÇOU MATAR SEU FILHO SE EU NÃO TE ENTREGASSE A ELA.
ELA É A MULHER QUE DESDE CRIANÇA TE ODIOU, QUE TE JOGOU NA FRENTE DE UMA CASA SEM SENTIR REMORSO ALGUM, QUE TENTOU MATAR VOCÊ QUANDO AINDA ESTAVAM DENTRO DELA.
ELA É A MULHER QUE QUERIA SUA CABEÇA POR DINHEIRO. ELA É A SUA MÃE.










O vi sair pisando fundo sobre o chão. Se possível podia se ver a fumaça sair de todo corpo.
Não sei se sinto a mesma raiva que ele ou se simplesmente deixo de me importar com a tal mulher. Sei que posso estar sendo errada, mas tenho que pensar a respeito dessa mulher, afinal, querendo ou não ela é minha mãe.
Não seja boba Valentina, ela te abandonou e tentou acabar com você. Ele é a sua pior inimiga... Gritou meu subconsciente.
Oras, por que ela veio aqui? Será que ela é louca?
Parece que minha vida antes normal, agora estava uma catástrofe. Tudo estava perdido. Não tinha notícias de Judith, não sabia onde estava Christopher ou Zafira ou William. Mesmo o odiando, também me agonia não saber onde aquele cafajeste, canalha que eu tanto amava estava. Pra variar estava em um lugar estranho com uma pessoa que pensei estar morta. Tudo estava confuso e estressante.
















Estava indo até Leonard, quando a campanhia ecoou pela casa. Voltei caminhando até a porta. Por algum motivo que eu não entendia, minhas pernas ficaram trêmulasa cada passo que eu dava. Meu coração batia frenético e minhas mãos suavam.
Segurei na maçaneta dourada e girei abrindo-a. Não sei se estava vendo coisas, mas podia jurar que era a mesma mulher que Leonard havia pego minutos atrás. Ela usava as mesmas roupas e acessórios. Até o rosto era o mesmo. Quando pensei em gritar por Leonard, ela seguramente pegou uma arma e com o cano da mesma bateu na minha cabeça.
Não sentir tanta dor, não deu tempo para isso, pois eu simplesmente apaguei.

A Vingança é MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora