Valentina Rolds

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-Te vejo depois?.-pergunto docemente.







-Sim baby. Te pego a noite.





Seus lábios carnudos e macios depositaram um selinho calmo e carinhoso nos meus. As borboletas no meu estômago davam voltas embrulhadas.
Ele me dá meia volta, indo para dentro do carro. Olhei para seu carro até que sumisse diante dos meus olhos. Suspirei.
Já era manhã e a luz de oito e meia parecia de meio dia. Giro nos calcanhares indo direto para casa. Meu sorriso ia de orelha a orelha quando meus pensamentos voltava para ele. Só então uma coisa ficou duvidosa.. Não sei seu primeiro nome e pelo visto ele sabe distrair perfeitamente bem, pois nem lembrei de perguntar. Quando o ver novamente, tirarei essa dúvida.












Quando cheguei perto da porta, antes mesmo de abrir a mesma, William faz e sua cara não era das melhores. O que eu fiz agora? Não esperei ouvir um sermão e fui logo entrando, pisei fundo até chegar na escada mas seu grito estridente e rude me fez congelar no lugar. Deve ser algo bastante sério para William me gritar, ele só faz isso quando aconteceu alguma coisa que não o agradou.













-Onde esteve na noite anterior?.-seus braços fortes cruzaram-se lentamente enquanto franzia o cenho.












-Acho que sou grandinha demais pra dar satisfação do que faço ou deixo de fazer.-revirei os olhos.










-Não revire esses olhos para mim. E você me deve sim, satisfação. Sou seu pai.













-Não, não é.-senti raiva emanar sobre mim.











-Sim, eu sou. Zafira e eu ficamos esperando você a noite toda. Preparamos tudo pra você, para comemorar seu aniversário..










-Zafira..-sussurrei sentindo-me culpada.












-E o que você faz? Resolve dar uma de grande responsável e sair sem dar nenhuma notícia. Já pensou se acontecesse algo com você? Eu não teria como te procurar.. Me preocupo com você, por que eu amo você. Você é minha filha. As vezes você deve achar que minha preocupação é exagerada, mas quando tiver um filho um dia, saberá como é estar no meu lugar.-elevou a voz com medo e fúria.












-William já chega.-continuei subindo as escadas.













-Não dê a costa pra mim, Valentina Florença Rolds..-ele veio logo atrás.-E sabe o que é pior? Que você não estar nem aí pra tudo que estou falando.












-Me deixa.











-Não, não deixo você. Eu promete cuidar de você e nem que você me odeie, farei com que fique sob meus olhos.











-WILLIAM PARA. PARA DE ME TRATAR COMO UMA CRIANÇA MIMADA QUE PRECISA DE ATENÇÃO PATERNA. POR QUE NÃO SOU CRIANÇA E VOCÊ NÃO É MEU PAI. VOCÊ ME SUFOCA COM ESSA SUPER PROTEÇÃO. JÁ CHEGA. VAI. SUMA DA MINHA VIDA, MERDA.-gritei assim que virei pra ele.


















William para de andar bruscamente quando escuta minhas palavras. Seus olhos escuros agora brilhavam pelo brilho das lágrimas. Pude ver nos seus olhos a dor que causei ao falar isso. Droga. O que eu fiz? Ele é sim meu pai. Ele me deu todo amor e atenção quando mais precisei.
Tento ir até ele arrependida mas ele recua acintosamente. Vi as lágrimas escorrerem no rosto másculo.











A Vingança é MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora