A Vingança é Minha

Cruel DeVallar

Fiquei na escada oval, encarando a figura de Valentina, que vagava seus olhos escuros por toda a sala. Sua boca abria-se diversas vezes quando encontrava algo interessante que chamasse sua atenção..
Seus olhos escuros e provocativos bateram de frente para meu lustre pendente. Os cristais iluminava mais seus olhos e o brilho da iluminação, clareava ainda mais sua pele, seu corpo todo era iluminado pela luz que só então passou a ser tão bela e ofuscante.
A forma como ela olhava para o lustre, era como se pudesse ver além daquilo, como algo que estivesse escondido através de alguma dimensão sem fim. Aquela garota tinha alguma coisa diferente. Alguma coisa que me dizia o quão errado estava. Mais não. Isso é só palavras sem anexos grandes. São apenas paralelos distantes. Preciso estar concentrado.. Não passei noites em claro para essa altura do campeonato pôr tudo a perder.

Desço as escadas lentamente, as mãos descansadas no bolso e o sorriso maroto brotando nos meus lábios.
Enquanto caminhava até ela, pude ver o quão gostosa aquela garota era. Cintura fina, bumbum empinado e médio, coxas torneadas e pernas grossas.. Essa vingança me servirá de aperitivo.. E como..
Ao me aproximar limpei a garganta para chamar sua atenção, mais antes que eu fizesse tal ato, Valentina automaticamente descobriu que eu estava ali.

-Esse cheiro..-ela disse virando.

Valentina corou instantaneamente quando me viu atrás dela. Sua respiração acelerou ficando bem ofegante fazendo seus seios médios subirem e descerem, a boca entreaberta convidando meu pau a lhe proporcionar prazer divino. As mãos dela tremiam pelo nervosismo que ela estava sentindo enquanto suas pernas brigavam para se manter de pé, firmes e fortes. Podia jurar que seu coração traiçoeiro e corrupto estava batendo forte, a ponto dela achar que estou escutando daqui..
Eu a deixava nervosa. Isso é uma perfeita vantagem pra mim.
Dei meu melhor sorriso encantador e apaixonado.
Assustadoramente, Valentina agarrou fortemente meu corpo, em um abraço que fez meu sistema nervoso central ficar com tensões nervosas muito altas. Meu corpo todo ficou tenso e minha respiração era irregular. Nunca havia ganho um abraço e aquilo era estranho. Esperava esse ato de minha falecida mãe ou de Enrico, mas não da minha inimiga.
Aquilo estava me incomodando, fazendo eu odiar ainda mais aquele gesto que intimidou todo meu ser.
Arregalei meus olhos quando ouvir soluços seguidos de outros vindo da boca dela. Ela estava chorando? Porque? O que essa garota tola tem? Que droga. Essa ordinária está molhado minha camisa com essas lágrimas inúteis. Depois terei que jogar fora...
Mas preciso vingar meu irmão, e se for preciso, aceito fazer qualquer coisa que faça Valentina ficar na minha mão...

Agarro sua cintura fina, envolvendo ela nos meus braços. Afago seus cabelos carinhosamente enquanto, Valentina jorrava litros de lágrimas na minha camisa com o rosto no meu peito.
Suas mãos apertaram forte meu corpo, como se ela quisesse gravar cada parte de mim. Quanta Tolice.
Com uma das mãos segurei seu queixo e levantei seu rosto para encarar seus olhos.

-O que houve com você? Porque choras?.-sussurrei meloso bem perto da sua boca.

-Desculpe.. Não devia ter feito isso.. Você deve tá achando que sou louca.-tentou se afastar mais segurei Valentina com força, sem machucar.

-Você não é louca.-você é perturbada.-O que aconteceu? Taylor ligou dizendo que estava trazendo você aqui..-joguei por alto.

-Tentarão me roubar e por sorte Taylor tinha aparecido..-soluçou.-Fiquei tão assustada.. Pensei que fosse morrer.. Eu.. Eu.. Estou com medo..-apertou os olhos fazendo mais lágrimas caírem.