A Vingança é Minha

Cruel DeVallar

Que diabos! Tanta hora pra essa merda acontecer e veio logo agora que estou com Valentina.
Paolo estava logo atrás de mim como um estorvo enquanto caminhava até o escritório no andar de baixo.
Não demorei muito para chegar no escritório. Assim que adentrei, fechei a porta na cara de Paolo para não entrar. Girei nos calcanhares até bater de frente com Ernesto Bacchi.
Sua cara de paisagem só me fazia acreditar que estava fazendo aquilo de propósito. Apesar de ordenar que só venha me procurar em caso de emergência, não é justificável que seja nesse horário.

-Pensei que não fosse me atender...-Sorriu nervoso.

-Pensou certo.-sentei na cadeira de couro atrás da mesa de mármore branco.-Espero que seja bastante importante para vim me procurar as onze e cinquenta e seis. O que você quer?.-Juntei as mãos e apoiei no queixo.

-Creio que você foi enganado.-sua voz saiu cortante.

-Não tenha medo de falar. O pior você já fez vindo até aqui a essa hora. Continue.

-Certamente.-engoliu em seco.-Leonard não morreu pelas mãos da pessoa que você tanto imaginava.

-Do que está falando?.-Sentir meu corpo tenso.

-Quando Leonard morreu, Valentina não estava com ele. Sua morte foi causada pelo fato dele ter descobrido um segredo. Tudo foi jogado para ser entregue, culposamente, a Valentina. Sua tal vingança foi totalmente em vão. Valentina é a mais inocente dá história. Horas antes de Leonard morrer, eles estavam sim juntos. Mas foram horas antes. Valentina ao contrário de você, sabe o motivo pelo qual seu irmão morreu, mas não contou, pois sua vida estava naquele tempo e está agora em risco de vida.

-O que eu fiz?

O desespero tomou conta de mim naquele momento. Tudo que eu queria era poder estar nos braços da garota que roubou meu coração e quer saber? Era exatamente isso que eu iria fazer. Sem esperar por respostas de Ernesto, saí quase que correndo até meu quarto. Parei quando cheguei bem perto da porta tentando de alguma forma ter coragem. Pela primeira vez na minha vida estou nervoso, com medo, sentindo uma ansiedade e uma paixão desesperadora de estar com Valentina.
Toquei a maçaneta com forte enquanto respirava fundo diversas vezes tentando acalmar meu coração que batia frenético. Assim que abrir a porta, vi todo um borrão escuro. Vaguei meus olhos por todo quarto e nada. Nenhum sinal que me levasse até ela.
Como um vulto corre até a portaria onde encontrei Alessandro e Paolo na segurança. Eles conversavam entre si sobre alguma coisa que parecia os deixar bastante nervosos. Aproximei-me de prontidão sem deixar transparecer minha agonia e limpei a garganta seca para chamar atenção dos dois.

-Chefe...-Paolo estremeceu dos pés à cabeça.

-Paolo você viu a Srta. Rolds? A minutos estava comigo e agora não a vejo em lugar nenhum.-digo calmamente reconfortante.

-Senhor... A Srta. Rolds foi embora faz alguns minutos. Ouvimos barulho atrás da casa e fomos conferir, quando voltamos a vimos indo embora. Pensamos que o senhor a tinha dispensado.

-Dispensado?.-Sorrio zombeteiro.-O único dispensável aqui será você se continuar pensando no que eu faço ou deixo de fazer. Seu trabalho e de Alessandro é não permitir que ninguém entre e Ninguém saia sem a minha autorização. Seu Merda.