Harry
Ouvi minha mãe chorando me matava, ligar foi ruim e bom ao mesmo tempo. Pude matar um pouco a saudade e pude ouvir ela sendo positiva como sempre foi, me dizendo que isso tudo vai passar.
Perguntou se estavam me tratando bem, coisas de mãe... Deixei escapar o nome da Alley, ela achou engraçado um policial ter essa nome feminino. Expliquei que era "uma" policial, ela ficou um pouco receosa, isso por que ela não conhece a Alley. Minha mãe insistiu em falar com ela, claro que eu inventei uma desculpa, não era uma boa hora.
Me despedi com ela me fazendo jurar que iria ligar mais vezes.
Sai do quarto e desci. Vi a Alley com as pernas no encosto do sofá, de cabeça pra baixo vendo um canal de música.-está tudo bem?
Me sentei fazendo a pergunta bem frequente nesses últimos dias.-na verdade não.
-quer compartilhar?
-tô entediada e com uma fome monstro.
-a gente podia ficar pelado enquanto eu faço alguma coisa pra comer.
-porque pelado?
-por que eu gosto e... Deve ser uma visão interessante.
Ela me olhou por alguns instantes, depois balançou a cabeça. Ela estava mesmo pensando sobre?-melhor não. Vamos sair pra comer.
-isso é uma boa ideia?
Agora ela quer me matar? Estou confuso.-claro que é. A gente come e volta.
-eu não sei se você se lembra, mas tem uns caras querendo a minha cabeça.
-você não vai estar sozinho. Você nunca fez nada que te passasse adrenalina?
-não quando isso pode me matar.
-tá! Fica aí então que eu vou lá e volto rápido.
Levantou em um pulo e subiu as escadas batendo pé.Droga de mulher irritante.
Ela desceu pouco tempo depois de jeans e uma blusa diferente.
-o que vai querer?
-eu vou com você.
-a rapunzel criou coragem?
-não me provoca Shrek.
-idiota.
Eu não estou 100% confiante disso, mas eu vou mesmo assim e eu não sei nem o porque.
Perguntei se poderia ser tacos, ela me falou que nunca tinha provado, o que é um absurdo... Mas legal, uma primeira vez.
Sou fã de primeiras vezes. Não levem isso pro lado pornografico ok.
Ficamos rodando um pouco até que achamos um pequeno restaurante.
Ela estacionou, pegou a arma que fica em baixo da perna dela e colocou na parte de trás, no cós da calça.
Entramos meio cautelosos, ela olhava pra todos sem nem disfarçar.Acho que ela nunca deixou ninguém escolher a comida pra ela, ainda me arrisco a dizer que nunca ninguém escolheu nada por ela. Mas ela não tinha muita escolha, não me arrisquei a falar nenhuma gracinha porque a expressão dela não era muito boa.
Pegamos nosso pedido e voltamos pro carro. Ela mal sentou e já tirou um taco e mordeu.
-eu não sei se eu tô com muita fome ou se esse treco é realmente bom mesmo.
-nós vamos comer dentro do carro?
-eu já dirigo uma bosta e você quer que eu diriga comendo?
-definitivamente não.
-idiota.
-só vi você chamado o Luke de idiota. Isso é bom ou é ruim?
Ela me olhou ainda mastigando e sorriu.-nunca vai saber.
Balancei negativamente a cabeça e continuei a comer.
Era um silêncio bom, só o barulho do papel da embalagem dos tacos e a música do rádio.
Pode parecer bobo mas parece que não tem nada além da gente e do carro...É um pouco reconfortante.-puta merda!! Esse tinha molho. Me caguei inteira.
Olhei pra ela depois do susto que ela me deu.
Tinha um caminho de molho na blusa e a bochecha também estava suja.
Eu não conseguia parar de rir e acho que isso amenizou a irritação dela.
-porque não me avisou? Quase voou molho no vidro.
-eu não sabia que você fosse fazer jus ao apelido e comer igual um ogro. Eu não me sujei.
Dei os guardanapos que eu tinha pego e ela tentou se limpar como podia.
Não ficou muito bom e aquilo estava ótimo, pelo menos pra mim.-sua casa é por aqui?
Falei cedo demais que estava ótimo pra mim.-não muito longe. Por que?
-quero ver uma coisa.
-não sei se quero voltar lá.
-confia em mim?
Droga!!-acho que sim.
-boa!!!!
Bateu no volante sorrindo ligando o carro. Ela realmente gosta disso, o jeito constante que ela morde o lábio inferior me mostrou isso. Percebi que é o jeito dela conter a ansiedade.
Guiei ela, até que vi o grande muro da casa.
Ela deu duas voltas e parou próximo ao muro em baixo de uma das árvores da calçada.-pronto?
-não.
-e se estivesse armado?
-confiaria uma arma a mim? Não acha mais que eu estou envolvido com os esquemas do meu pai?
-não, não acho mais. Vai quer a arma ou não?
-não. Eu confio em você.
-ok. Fica atrás de mim, não importa o que aconteça, você não pode sair de perto de mim.
-eu entendi.
Saímos do carro e no mesmo instante senti medo.
Senti Alley me empurrar e minhas costas bater no muro, ela estava bem próximo a mim.
-veste isso, só por precaução.
Ela me mostra um colete preto e o medo aumenta drasticamente. Droga, eu tô suando.
-respira Harry.
Puxei e soltei o ar devagar. Ia começar a terceira rodada de respiração de olhos fechados pra tentar me controlar...
Quando senti um beijo. Não demorou muito e ela afastou os lábios dos meus.
- isso também foi só por precaução. Pronto?
Ela sorriu lindamente junto com a pergunta.
O medo não foi embora totalmente, mas posso dizer com toda a certeza que eu estou mais ansioso pra terminar o beijo que ela começou.
Aiiiii minhas rapunzels e shreks
Próximo capítulo tem muito tiro porrada e bomba meu povo kkkA maluca aqui chamou vocês pelo apelido no capítulo retrasado, mas só continha esses apelidos carinhosos nesse capítulo kkkk
To enlouquecida com esses próximos capítulos, espero que gostem.
Votem, comentem e me amem kk
Me ajudem a compartilhar essa fic.
PS: procurei um GIF só com a risada do Harry e não achei, mas... Adoro essa RS
BjuuM. Melllo
VOCÊ ESTÁ LENDO
Proteção a Testemunha
AçãoAlley Dawson detetive do FBI sempre preparada pra tudo. Tinha sua vida sob controle até seu tenente lhe dar seu merecido serviço pra subir de patente. Ela esperava por isso a anos.... Só não esperava que seu dever era proteger uma testemunha ocula...