Você não tem fé nas pessoas

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-O que...

-Calma, não surta, deixa eu terminar. – tentei parecer mais calma do que realmente me sentia. Espero que isso não seja o que eu estou pensando, é um péssimo momento para isso, um terrível momento, mas jamais seria capaz de lhe dizer não, isso o magoaria profundamente. Por favor, que isso não seja o que estou pensando que é. – Sabe, quero te ver todos os dias, sentir seu cheiro nos meus lençóis todas as noites, quero dormir e acordar ao seu lado, já que esse agora parecem serem nossos únicos momentos desocupados. – meu coração batia forte no peito, o escutava com atenção e sabia que queria tudo isso, mas não conseguia deixar de estar tensa e não parava de lançar olhares apavorados para a caixinha preta.

-Eu...

-Sinto muito, isso é um monólogo! – ele me interrompeu rindo e o acompanhei, relaxando um pouco, pouco demais. – Não é só isso, minha mãe tá começando a namorar, vai querer privacidade e eu definitivamente não quero disputar com ela para quem vai ficar em casa a noite e quem vai sair. Isso não vai acontecer! – ele balançou a cabeça, exasperado, afastando o pensamento e eu ri de novo. – Então me veio essa solução. – ele pegou a caixinha e a colocou no meio da mesa. Minha tensão redobrou de força, encarava aquela caixa como se fosse uma bomba prestes a explodir em nossos colos. – Malia? – olhei para ele novamente o vendo sorrir. – Eu disse para não surtar. – Respirei fundo e me controlei o máximo que pude. – Você quer morar comigo? – ele abriu a caixinha revelando uma chave dourada e eu caí na risada, sentindo toda tensão e ansiedade irem embora. Harry também ria.

-Ai que susto! – disse cobrindo o rosto com as mãos. - Isso é uma ótima solução, claro que eu quero! – ele, irritantemente, ainda ria da minha reação em zombação. Aposto que ele vai repetir essa história para todo mundo.

-Olha só! Ela tá pensando em casar comigo! – revirei os olhos para seu convencimento. - Não se preocupe, a outra caixa virá no momento certo, dessa vez é só uma chave, que na verdade é totalmente simbólica. Eu jamais alugaria um apartamento para a gente sem sua aprovação. Ainda não estou louco.

-Vamos começar a procurar um lugar logo. Talvez tenha algum apartamento no prédio da Callie e do Louis. É super bem localizado. – ele sorria para a minha animação. Saímos do restaurante ainda conversando sobre o que precisamos fazer para encontrar o lugar. Na verdade, eu falava e ele concordava com a maior parte. Ele me acompanhou até a porta do meu carro.

-Mal posso esperar em não precisar mais me despedir de você à noite. – ele disse antes de nos beijarmos. Nos despedimos logo depois, entrei no carro e fui para casa. Ele me mandou uma mensagem avisando que tinha chegado enquanto eu destrancava a porta e entrava em casa. Lhe respondi e fui para o banho.

X

-Essas eram as últimas, graças a Deus! Não aguentava mais carregar caixa. – Niall entrou, reclamando, no apartamento logo atrás do Martin e do Liam.

-Vocês são uns amores, obrigada por isso. – disse sorrindo para os três.

-Assustador como ela fica doce quando precisa da gente... – Martin disse me olhando como se não acreditasse no que visse. Harry, Liam, Niall e Callie caíram na risada e ignorei eles.

-Como você acha que o Harry suporta ela? – Liam perguntou ironicamente para Martin, agindo como se eu não estivesse ali.

-Exatamente por isso, ela precisa de mim. Por isso é um doce comigo... – fuzilei o Harry e ameacei bater nele com a vassoura em minha mão. Todo mundo começou a rir de novo. – Pelo menos em uns 40% do tempo ela é doce comigo. – ele disse rindo e se afastou para que eu não o atingisse quando tentei acerta-lo.

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