Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)

Capítulo 1

— Olá, você é a nova diarista? — Perguntou Luciana, ajeitando seu uniforme.

— Sou sim, me chamo Alexa. — Disse ela estendendo a mão.

— Prazer, me chamo Luciana. — Falou apertando sua mão.

   Como Luciana já era acostumada com o trabalho, teve de mostrar todos os cômodos da casa, ou melhor dizendo, da mansão, para Alexa e explicou como tudo funcionava naquele trabalho, lhe apresentou todos os empregados e a patroa, menos o patrão, pois naquela manhã havia saído muito cedo, para uma emergência médica.

— Então Alexa, como você já sabe todas as funções, e conhece cada cômodo da mansão, você já pode ir, pois hoje só foi a entrevista.

— Eu gostaria de ficar aqui, pra treinar o que aprendi hoje.

— Já vi que você é bem disposta, Alexa. — Sorriu Luciana. — Então agora tenho que levar o café da dona Jade, você pode ir no jardim pegar algumas frutas pra fazermos uma sobremesa?

— Claro, com licença.

   Chegando no jardim, Alexa avistou uma cesta se mexendo debaixo de um pé de manga, estranhando resolveu conferir o que era, quando chegou perto, arregalou os olhos e viu...

— Uma recém-nascida? — Sussurrou com
espanto.

   Assustada com aquela situação, ela correu com a criança no colo, subindo as escadas desesperadamente, invadindo o quarto de Jade, que provavelmente, estaria tomando seu café.

— Senhora me desculpe a invasão, mas é que achei essa pobre criança no jardim, dentro de uma cesta coberta de vários panos velhos, nesse estado. — Falou Alexa sem pausa.

— Oh, meu Deus. — Falou deixando o café de lado e segurando a menina. — Como ela é linda!

— Tem razão, senhora Jade.

   A pobre recém-nascida era uma fofura, tinha cabelos ruivos e lisinhos, seus olhos claros, de pele branca e muito magrinha. Dava-se a impressão de que era desnutrida, de tão miúda.

— Chame a Leninha, por favor. — Ordenou Jade.

— Com licença. — Disse Alexa saindo e fechando a porta de leve. Realmente era uma jovem muito educada.

— Ai como você é fofa. — Jade brincou com a bebê, fazendo voz de criança.

TOCK ,TOCK.

— Pode entrar. — Falou baixo para não assustar a criança.

— Soube que você queria falar comigo. — Adentrou Leninha, olhando para a bebê.
— A propósito, quem é ela? — Perguntou um tanto confusa.

— Bom, eu não sei. Era justamente disso que eu queria falar com você.

— Como assim? — Perguntou mais confusa ainda. Jade lhe explicou o ocorrido. — Ai nossa, quem teria coragem de abandonar uma criança? — Leninha estava comovida.

— Não faço a mínima ideia, mas eu estava pensando, e... se ficarmos com ela?

— Eu não sei, Jade. Teria que convencer o Yago, dependendo de como estiver o temperamento dele hoje, será uma grande confusão. — Falou enquanto alisava os cabelos da menina.