Capítulo 18

209 20 17
                                    

(Suzeth na multimídia com 19 anos)

Indicações de livro.

Na Ponta Do Pé - @Thaynara0r

Super indico, leiam vocês vão gostar.

________________________________________


P.O.V Anne

   Depois que acabou a palestra de boas vindas no auditório, fui para a sala da aula inicial. Algumas pessoas conversavam com muita facilidade no fundo da sala. O que me fazia concluir que tinha veteranos e calouros.

— Oi. — Uma menina que estava ao meu lado falou.

— Olá. — Sorri fraco.

— Você é novata aqui, certo?

— Sim, é o meu primeiro dia.

— Qual seu nome? — Perguntou.

— Anne Bittencourt e o seu?

— Suzeth Ávila. Eu acho que... — Como estávamos conversando próximo a mesa da professora, ela interrompeu.

— Eu acho que vocês deveriam sair da minha aula, se querem se conhecer melhor. Não ligo para quem não quer assistir, mas infelizmente, estão atrapalhando a desenvoltura da aula. — Disse num tom rígido e sem muita expressão.

   Antes que eu pudesse dizer algo, a Suzeth me puxou para fora da sala. Fiquei conversando com ela no bloco do refeitório, ela aparentava ser uma garota muito bacana. 

   Dois garotos vieram em minha direção, entregando-me um papel com algo escrito. Fiquei um pouco perdida, pois foi algo muito de repente. Agradeci e eles saíram de vista, sem dizer nada.

— O que tem escrito aí? — Suzeth me perguntou. Abri o papel e estavam os números de telefone, com seus respectivos nomes, não respondi, apenas lhe mostrei. E ela sorriu balançando a cabeca negativamente.

— Isso não foi nem um pouco original. — Comentei.

— Você mal chegou e já está causando, colega. Será que é esse seu cabelo ruivo chamando atenção?

— Ah, que nada. E eu mal conheço eles.

— Mas pode conhecer. Só é marcar um encontro com eles e ver qual é o que mais te agrada.

— Não gosto, entende? — Falei.

— Você é muito bobinha. — Suzeth disse enquanto ria da situação.

P.O.V Thomaz

   Antes que eu pudesse chegar no Date, os colegas Jorge e David me pararam para perguntar quem era a garota que eu havia trago, pois não estavam reconhecendo-a de alguma festa ou mesmo do dia-a-dia da universidade. Expliquei quem era e para que curso entrou, eles pareciam bastante interessados. Tive a certeza quando fizeram aposta de quem iria conseguir pegar primeiro. Logo avisei que não seria fácil, mas não me deram ouvido.

   Um tempo depois eles chegaram ao Date com expressões de malícia.

— Primeiro passo já foi dado. — Jorge disse.

— Lembrando que ganha quem for o primeiro. — David se pronunciou.

— Ok. Então se nem um conseguir a ruivinha, os dois, ouçam bem: os dois terão de me pagar uma bebida. — Sugeri. E eles concordaram.

P.O.V Anne

   Depois que o horário bateu, fui a procura da sala de direito civil. A Suzeth tinha aula de anatomia, então só pagaríamos poucas matérias juntas.

   Combinamos de tomar um café antes da volta para casa. Quando saí da sala, ela já estava me esperando.

— Você conhece o Kauê Bittencourt? — Perguntei.

— Sim, muito.

— Viu ele por aí?

— Não. Pelo o que fiquei sabendo o Kauê ainda não acertou nada com o conselho da universidade.

— Como assim?

— Quando algum aluno é expulso, ele tem um castigo disciplinar de um ano. Assim que o prazo acaba, ele pode conversar com o conselho para que tenha novamente acesso as aulas. Eu fui expulsa, mas voltei agora. — Explicou.

— Você está querendo dizer que o Kauê foi expulso? — Perguntei e Suzeth parecia arrependida.

— Ôou, você não sabia? — Colocou a mão na boca. — Eu sinto muito.

— Não tem problema. Ah.. Eu já vou, até mais. — Falei dando um beijo em seu rosto. — Obrigada pela informação.

— Por nada, querida. — Sorriu.

P.O.V Suzeth

   Assim que aquela ingênua foi embora, comecei a dar gargalhadas, pois não imaginei que seria tão fácil deixá-la mal. Nunca me considerei uma pessoa má, porém, a Anne havia mexido na minha parte mais frágil. O Thomaz. Me aproximar dela era o plano chave, e afastar o Thomaz era o foco principal.

P.O.V Kauê

   Depois de passar uma manhã inteira com uma amiga, percebi que tinha perdido a hora, e que era provável a Anne está em casa.

— Eu preciso ir. — Falei.

— Ah, não gatinho. Fica só mais um pouco, vai. — A garota pediu, ainda me beijando. Mas não dei ouvidos e saí de imediato.

   Cheguei em casa e não tinha ninguém, aliás parecia, subi as escadas tentando não fazer barulho.

— Parado aí.

— Ahh! — Gritei. Era a voz da Anne.

— Precisamos conversar.

— Eu tô cansado, sabe? Já estudei muito hoje. — Menti.

— Eu não quero que me engane mais, eu já sei de toda a verdade. Você traiu a confiança dos nossos pais, a minha. Acreditávamos que você era o orgulho da familia, mas olha o que você está fazendo, esbanjando com o dinheiro que você deveria investir nos seus estudos. Estou muito decepcionada contigo.
Futuro médico de Taubaté. — Falou com raiva e voz de choro.

   Aquelas palavras ecoavam na minha cabeça, e eu não conseguia falar nada, apenas sentir arrependimento.

P.O.V Thomaz

   Estava deitado quando escutei alguém passando pelo corredor, num pranto de choro. Era a voz da Anne

— Ei? — Gritei!

— Hoje não. — Respondeu.

— Espera, o que você tem?

— Faz diferença?

— Faz.

— Eu sei que não — Falou trancando a porta do seu quarto. Daquela vez eu só queria ajudar, mas o mimo dela não colaborava.
_______________________________________________

   olá, pessoal. espero que tenham gostado, cliquem na estrelinha e comentem o que acharam.

   estou sempre em constante evolução. 🌠
♡ com amor, morg

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora