P.O.V Anne
— Cadê a tia Laura? — Perguntei ao Kauê
— Está na cozinha. — Thomaz respondeu.
— Você é intrometido, sabia? — Falei com ironia, e ele apenas me mostrou a língua.
— Vocês são mesmo duas crianças. Vamos logo, Anne. — Kauê me levou até a cozinha. A casa parecia mesmo divina.
— Olá querida. — Tia Laura me recebeu com um abraço. —Você deve está muito cansada, pois viagens são cansativas.
— Nem me lembre. — Sorri um pouco sem graça.
— Elis mostre a Anne onde será o quarto dela e prepare um banho relaxante para ela.
— Sim senhora, com licença.
— Obrigada. — Falei acompanhando a Elis. O Kauê tinha voltado para a sala na companhia do Thomaz, e eu subi as escadas junto com a Elis.
— Esse vai ser o seu quarto. — Elis falou, abrindo a porta, era um quarto tão grande como o meu. — E não se preocupe com a decoração, a Laura deixou assim para você escolher como desejar.
— Obrigada.
Ela preparou o meu banho e se retirou. Tomei um banho super demorado, realmente estava precisando bastante, saí da banheira e peguei o primeiro par de roupas que vi, de uma das minhas malas. Me arrumei como costumava e desci a procura da Elis. Estava com fome, então já tinha que pegar uma certa afinidade com quem preparava as comidas. Ela preparou uma bandeja farta e eu me direcionei para o meu novo quarto. Lá estava mais tranquilo para quem acabara de chegar de uma viajem.
P.O.V Kauê
— E quando ela descobrir, Thomaz?
— Ela não vai falar nada, relaxa.
— Claro que vai, ela é muito minha amiga, mas para essas histórias de colégios, sempre contamos a situação do outro pra minha mãe. — Falei relembrando de alguns fatos.
— Ai, essa garota sempre atrapalha, se a continuar assim, vou querer distância dela.
— E é melhor mesmo, não quero que você faça com a minha irmã o que você faz com as outras.
— Ah, você fala como se fosse um santo, né?
— Não, eu só não quero que você faça mal a ela.
— Falar nela, onde será que já se meteu?
— Deve estar no quarto, a viagem fez ela ficar cansada. E ainda assim, o quarto é onde ela opta passar a maior parte do tempo.
— Menos mal. — Respirou fundo. Mas aquilo soou da boca para fora.
— Só me faz um favor, confirma pra mim se ela está no quarto, mas é só isso. Não se aproveite da situação.
— E por que você mesmo não vai?
— Tenho um compromisso e estou atrasado, parceiro. — Bati fraco em suas costas e saí.
Durante esse ano eu mudei muito, o Thomaz tornou-se meu melhor amigo. Depois que fomos expulsos da faculdade, nossa vida era festas e garotas.
P.O.V Thomaz
Eu não fui ao quarto dela, nem sabia qual qual era pra começo. Peguei meu violão no quarto, já que tocar me fazia relaxar, e comecei a ensaiar algumas notas.
Pensei em como seria conturbada a minha relação com a Anne a partir dali, mas apesar de tudo, ela era atraente e bonita. Eu tinha planos de me aproximar só para alguma diversão, afinal, já fazia anos desde que a beijei, poderíamos recordar ou tentar algo novo. Eu não tinha nada a perder tentando isso. O primeiro passo seria conquistar a amizade dela.
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Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)
Ficção AdolescenteOBRA EM REVISÃO Anne é uma jovem que quando criança, foi abandonada por seus pais, a deixando na mansão da família Bittencourt, ela cresceu tendo tudo do bom e do melhor, seus pais adotivos nunca puderam ter um filho, já tinham uma idade madura...