Capítulo 9

230 30 5
                                    

P.O.V Anne

   Amanheci com o despertador tocando, abri os olhos e.. Ah não, era o primeiro dia de aula.

   Bocejei e levantei coçando a nuca, fui ao banheiro, me despi das minhas roupas, e liguei o chuveiro colocando na água morna, peguei a toalha, fui ao closet, optei por uma blusinha de alça azul bebê, uma calça jeans, moletom e uma sapatilha, penteei meu cabelo deixando-os soltos, coloquei uma make básica, peguei uma bolsinha de lado, aliás era primeiro dia de aula, então só seria para conhecer a sala e os professores, desci as escadas e fui até a cozinha avistando a Lú.

— Bom dia Lú, pode preparar meu café? — Perguntei.

— Posso, só um momento. — Ela respondeu.

— Ta bom. — Falei sentando na mesa.

   Tomei meu café à espera do Kauê, era sempre assim, já que ele já era maior de idade, meus pais deixavam ele dirigir, e o próprio era responsável de me levar na escola todo dia, até porque ele também estudava na mesma escola que eu, o que facilitava as coisas para nós.

— Lú cadê o Kauê? — Perguntei olhando para o relógio de pulso que eu estava.

— Ixi, ele ainda não desceu.

— Argh! Com certeza ainda deve está dormindo, aquele irresponsável.

   Resolvi ir até o quarto dele, quando me deparo com o pensei. Kauê dormindo. O acordei pela segunda vez em dois dias, com certeza ele iria ficar irado, mas quem tinha culpa dele ser irresponsável?

— KAUÊ ACORDA, SEU IRRESPONSÁVEL. — Gritei sacudindo ele.

— Ai garota chata, de novo. O que aconteceu agora? — Ele perguntou ainda com os olhos fechados.

— Acorda! Hoje é nosso primeiro dia de aula, esqueceu?

— Droga! — Falou pulando da cama. — Daqui a meia hora eu fico pronto. — Disse.

— Daqui a meia hora, nem um minuto a mais, nem a menos, vou te esperar lá na sala.

   A sorte é que hoje poderia atrasar, mas eu queria chegar cedo para ver a Bia, éramos muito grudadas. Com um dia sem nos vermos, já sentíamos saudade.

— Vamos. — Disse o Kauê, chegando.

— Vamos. — Revirei os olhos, levantando do sofá.

   Esperei ele retirar o carro da garagem e adentrei, ele colocou um CD de one direction, e em seguida acelerou.

   Não costumávamos conversar no caminho, até porque eu gostava de apreciar os lugares pela janela e aproveitar para pensar na vida, e ele ficava cantando feito um maluco.

— Anne? — Ele iniciou uma conversa e eu fiquei surpresa.

— Fala.

— Você acha que teria alguma possibilidade de um garoto mulherengo se apaixonar?

— Sim, eu acho, até porque querendo ou não, todos se apaixonam, algum dia. — Falei desconfiada. —  Mas por que? Você está apaixonado? — Perguntei com um rosto sarcástico.

— Claro que não. Será que nem perguntar algo eu posso mais? — Revirou os olhos.

— Pode, só que você nunca me perguntou isso.

— Mas para tudo tem sua primeira vez. — Piscou o olho.

   Ele estava estranho, mas eu iria respeitar o tempo dele, pois apesar do jeito estúpido que ele tinha, éramos confidentes.

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora