—— PARK JIMIN abriu os olhos. As luzes somadas ao quarto totalmente branco lhe feriam os olhos, então voltou a fecha-los, mantendo assim por um tempo antes de voltar a abri-los. Olhou ao seu redor, vendo algumas flores do seu lado esquerdo e do direito uma mulher. Tinha cheiro de canela, familiar, Anéis tomavam seus dedos que usava para cobrir o rosto, parecia chorar. Não entendia, mas não se sentia bem vendo aquilo, então tentou dizer algo, sentindo a voz falhar.
Suspirou, o que pareceu chamar atenção da mulher para si, mas já havia se distraído com o próprio corpo, haviam fios em suas veias o que o deixava confuso, havia desmaiado? Voltou a olhar para a mulher e ia perguntar o que estava acontecendo quando ela finalmente conseguiu falar, lágrimas escorriam por seu rosto.
— Filho?— Chamou, como quem duvida se aquilo é real ou fruto de imaginação. Ela se levantou antes que ele tivesse tempo para respondê-la. O jovem tinha os olhos arregalados, ela era sua mãe? Mas ele se lembraria da própria mãe, não?
— Perdão eu estou um pouco... Confuso. Eu...— Tentou falar mais, mas não sabia o que dizer ao certo.— Pode chamar o médico, por favor?
A mulher sorriu e ele estranhou, reconhecia que havia sido um pouco indelicado, tentou forçar um sorriso de volta para compensa-la. Aparentemente funcionou já que a mulher pareceu quase chorar de alegria antes de ir até ele e depositar um beijo sobre sua testa, saindo. Bom, pelo menos aquilo havia feito certo. Será que ela era mesmo sua mãe? Ele deveria reconhecê-la, quer dizer, ela pareceu familiar, mas a esse ponto? Parou um pouco de pensar, sua cabeça latejava ao tentar se forçar a lembrar.
Saiu de seus pensamentos quando o doutor apareceu, respirava de forma acelerada como se tivesse corrido até ali, mas um sorriso enorme lhe tomava o rosto e este só aumentou ao ver que a mulher estava certa. Seu paciente havia acordado. Comprimentaram-se rapidamente antes do médico começar a examiná-lo, parecendo animado enquanto o fazia. Não era qualquer dia que um paciente acordava de um coma.
— Não é nada alarmante, na verdade é comum a confusão, Jimin acabou de acordar de um coma extenso. Ainda assim, vou fazer pedido para alguns exames e também preciso que fique mais algum tempo em observação. Vou encaminhá-lo para um terapeuta para ajudá-lo na questão das memórias, para que a recupere o quanto antes.— O médico sorriu na direção dele, segurando na mão tanto dele quanto de sua mãe.— Estamos muito feliz com seu retorno. Mas agora, que tal testarmos suas memórias? Pode me dizer o que consegue lembrar?
A mulher que agora sabia ser de fato sua mãe sorria, atenta a qualquer coisa que ele dissesse. Estava sentada sobre a mesma poltrona que antes, mas inclinada na direção dele. O médico também estava atento, um sorriso educado nos lábios e uma prancheta sobre a mão.
— Eu sei que me chamo Jimin.— Falou, mordendo o lábio enquanto tentava se lembrar o sobrenome, sorrindo ao conseguir.— Park! Park Jimin!
— Isso, isso!— A mulher pareceu querer bater palmas, incentivando-o.
— Eu tenho 21 anos e faço faculdade de dança. Moro com meus pais, mas não vejo tanto meu pai, já minha mãe trabalha com joias, certo?— Olhou na direção da mulher que sorriu concordando.— Conseguiu lembrar dela me mostrar algumas, quando eu era pequeno era encantado por eles.
— Bom, muito bom!— O médico pareceu tão empolgado quanto eles, anotando algo na prancheta que carregava.— E quanto... Ao dia do acidente?— Ele parecia temeroso ao perguntar e Jimin não podia negar que engoliu em seco.
— Eu me lembro... De um clarão?— Tentou forçar mais, a cabeça doía como o inferno. Apertou os olhos, mas suspirou frustrado, merda.— Não consigo. Não consigo mais. Minha cabeça dói, eu juro que queria lembrar qualquer coisa sobre isso, mas não consigo. Minha cabeça está doendo.
— Querido, está tudo bem, você passou por uma situação traumática, na verdade antes disso... Quer dizer, é normal não se lembrar, meu menininho forte logo vai conseguir.— A mulher o abraçou de forma protetora e Jimin ao menos conseguiu reclamar por ser tratado como criança, sentia que precisava pelo menos por agora.
— Sua mãe tem razão, é totalmente normal. Faça os exames como prevenção, mas acredito que nesse caso o que ajudará serão as sessões de terapia.— O médico sorriu novamente.— Você foi incrivelmente bem, não duvide disso. Acho melhor finalizarmos por agora visto que forçar será pior. Tente descansar, queremos você bem.
Jimin só voltou a pensar sobre aquilo mais tarde, havia dormido um pouco depois que eles saíram e algumas memórias haviam retornado naquele pouco tempo, algumas sobre a família e outras sobre os amigos, ele gostava especialmente dessas, eles haviam sentido sua falta? As flores com seus nomes pareciam recentes o que lhe trazia conforto. Mas o que ainda não se lembrava? Haviam tantos vazios em sua memória, tantos rostos sem nome. Mal sabia ele que aquilo só estava começando. Queria que tivesse um diário ou algo assim, qualquer coisa que o ajudasse, mas sabia que era desorganizado demais para tal.
Mexeu sobre a cama de hospital que estava, era desconfortável. Pediria ajuda para os amigos e família para se lembrar de detalhes que ainda lhe falham, mas o que fazer com seus segredos?
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Acho que repararam que eu tirei a publicação dos capítulos graças aos boatos de tombo e etc. Bom, resolvi aproveitar para postar somente os já revisados, espero que gostem!
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while i slept ♡ jikook
FanficEm que Jimin só tinha um nome para tentar desvendar todo seu passado. : 𝙨𝙚𝙢 𝙥𝙞𝙨𝙩𝙖𝙨, 𝙪𝙢 𝙣𝙤𝙢𝙚 𝙙𝙚𝙫𝙞𝙖 𝙗𝙖𝙨𝙩𝙖𝙧 ♡ fanfiction ♡ jikook