Capítulo 22

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Foi um dia incrível ao lado de Pedro depois da noite perfeita que tivemos. Acordamos tarde e matamos aula. Fico envergonhada só de imaginar a Bel descobrindo tudo que andamos fazendo pelas superfícies do apartamento.

Na verdade eu definitivamente ainda não estava preparada para contar nada para Bel. No fundo eu ainda tinha muito medo do que ia dar tudo aquilo, na verdade minha grande preocupação é que não desse em nada e se isso acontecesse eu queria que o mínimo possível de pessoas estivessem envolvidas emocionalmente na história. Se a Bel soubesse de tudo agora ela não ia se aguentar de felicidade por nós, mas se tudo acabar ela vai sofrer demais e eu não queria isso. Mas confesso que seria uma tortura não contar para minha melhor amiga tudo que eu estava vivendo com Pedro.

Eu relaxei de verdade e estava aproveitando cada segundinho ao lado dele.

Naquele dia pegamos o carro e resolvemos fugir da cidade universitária por boas horas. Fomos a uma cidade vizinha que não tinha absolutamente nada para fazer.

- Eu não sei por que cargas d'água nós viemos para esse fim de mundo! Não tem nada aqui! – eu não conseguia conter meu bom humor – alí tem uma lojinha! Talvez tenha alguma coisa alcoólica o que realmente vai nos ajudar com o entretenimento local!

- Caramba, não sabia que eu era tão entediante assim, você pode pelo menos fingir que se interessa pelo meu papo? – Pedro também não conseguia conter aquele sorriso torto que me desconcertava

- Papo? Você acha mesmo que eu estou com você pelo seu papo? Eu só estou interessada pelo seu corpo!

- A é? – Pedro freou o carro do nada no meio da rua me puxou e me deu um beijo daqueles. Depois voltou ao seu lugar com um sorriso divertido e voltou a dirigir me deixando com cara de boba – Você deveria passar mais tempo se aproveitando de mim em vez de ficar aí parada então, Aurélia!

- Bobo! ... e não me chama de Aurélia nunca maaais! Pára na lojinha lá na frente pleeease!

Entramos na lojinha compramos comidas e bebidas e continuamos nosso caminho em direção ao parque da cidade que parecia ser o grande ponto turístico pela recomendação dos locais. Grande ponto turístico era realmente uma generosidade, estava mais para um jardim que para um parque, mas na falta do que fazer nos sentamos ali mesmo para comer e beber.

Pelo menos o lugar tinha uma boa vista já que a cidade tinha um relevo alto e do ponto que sentamos dava para ver muitas casas e áreas verdes a alguns metros abaixo de nós.

- Eu não posso acreditar que você era realmente apaixonadinho por mim, Pedro. Você era uma peste! – estávamos sentados um de frente para o outro.

- Eu era né? Você sabia que eu tinha uma lista de sacanagens pra aprontar com você? – Pedro me puxou para perto dele.

- Lista de sacanagens? Naquela idade? – disse rindo enquanto ele me aconchegava em seus braços.

- Não é isso, Lia, sua mente imunda! – ele me afastou um pouco e riu - Eram... Sei lá... Travessuras? Enfim, o fato é que eu anotava ideias para aprontar com você assim que a gente se encontrasse na fazenda.

- Eu certamente teria preferido um outro tipo de sacanagem! – falei beliscando seu braço de brincadeira.

- E depois eu que sou o pervertido! – Ele gargalhava e beija meu pescoço.

Depois de algumas horas alí comendo, rindo, relembrando histórias decidimos que era hora de voltar para o apartamento.

No caminho de volta para o carro, meu celular tocou e era o Thiago. Não poderia simplesmente descartar a ligação.

O Reverso do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora