Ela acendia mais um cigarro. Tinha perdido a conta de quantos ela já havia fumado, mas isso não lhe importava mais. O vício ajudava a conter a ansiedade e a saudade que sentia daquele homem que durante muitos anos de sua vida desejou. Lembrou-se da primeira vez em que foram apresentados, em uma festinha de boas-vindas aos calouros da faculdade.
Marina, sua melhor amiga desde quando era criança, estava apaixonada e não parava de falar sobre o rapaz que a pediu em namoro. Dizia como ele era perfeito, romântico, lindo e educado. Alicia fingia alegria com a empolgação da colega, mas no fundo não se importava com essas baboseiras do amor. Por isso, sempre inventava desculpas quando Marina insistia em apresentá-los.
No dia dessa tal festa, a loira não teve saída. A amiga segurou fortemente em seu braço para que não desse um jeito de fugir, eles se conheceriam de qualquer forma.
Foi aí que uma figura se destacou naquela multidão de universitários. Um jovem lindo, sorridente e atraente que andava na direção delas. Nunca um homem a causou tanto impacto a ponto de fazer suas pernas tremerem e seu coração palpitar. Se Marina não estivesse a segurando iria até o seu encontro...
Porem o rapaz foi chegando mais perto. E mais... E mais... Até abraçar sua amiga e beijar docemente os lábios rosados dela em um misto de carinho e delicadeza.
Aquele Deus grego era o namorado de Marina.
Foi a partir desse dia que Rogério Reis não saiu de sua cabeça e nem dos seus sonhos. Durante um bom tempo tentou lutar contra esse sentimento, mas foi em vão. A toda a hora a sensação de está traindo sua melhor amiga a invadia. Fez de tudo para não deixa transpassar nada disso.
O tempo foi passando e o namoro ficando mais sério. Veio o noivado... O casamento... Uma gravidez feliz e o nascimento tão esperado da filha do casal.
Alicia assistia a felicidade dos dois de camarote. Imaginando que aquilo tudo podia ter sido dela...
Ódio e inveja. Queria ter a vida que Marina tinha. Queria aquele homem perfeito e rico ao seu lado... E decidiu que faria de tudo para realizar seu desejo.
Começou a tentar seduzi-lo de todas as formas. Sem sucesso no inicio. Até que adotou uma postura vulgar que todo homem adora...
Passou a ter um caso com Rogério mesmo sabendo que ele amava a esposa e nunca a deixaria por ela.
O assassinato de Marina veio a calhar. Não sabia se chorava pela amiga ou se alegrava por ter o amado só para si.
O caminho estava livre... Até topar com uma pedrinha em seu sapato chamada Hellen.
Ambas se davam muito bem. Quando criança a chamava de segunda mãe e na pré-adolescência confidenciava seus segredos e paixonites a ela. Sempre se deram bem...
Isso mudou no dia em que Hellen a viu beijar Rogério durante o velório de Marina. O carinho se transformou e rancor, raiva e decepção. E é por causa da filha que ainda não conseguiu convencer o homem que ama a subir no altar.
Por culpa de Hellen, fazia quase uma semana que Rogério não vinha dormir em seu apartamento. Segundo ele, o segurança da garota estava de folga e o mesmo teria que ficar de olho nela para que não saísse a noite ou aprontasse uma besteira...
Alicia estava dedicada na tarefa de organizar a festa de dezoito anos da "enteada". Era motivo de comemoração pessoal pra ela, uma vez maior de idade, Hellen poderia sair por aí, morar sozinha ou quem sabe em outro país, deixando-a livre para tomar conta de tudo que Marina deixou.
A loira acendeu mais um cigarro para fazer-lhe companhia... Faria de tudo para tirar essa garota mimada do caminho...
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Meu Guarda-Costas (Degustação)
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