Aquele lugar mais parecia uma biblioteca universitária. Diversas estantes com livros de todos os assuntos que se podia imagina, porém os de literatura e romance estavam e maior quantidade. Todos os exemplares encontravam-se em perfeito estado de conservação e eram organizados por gêneros. Lá podia se sentir o cheiro de papel novinho...
Quadros coloridos ornamentavam as paredes brancas e limpas. Um deles era um retrato de Hellen quando tinha cinco anos, vestida de bailarina com as mãozinhas estendidas para o ar. Ela sorria. Outro era de Marina Reis quando ainda era uma jovem moça, sentada em um balanço com um vestido azul bordado de flores.
Enormes janelas de vidro iluminavam o lugar e deixavam o vento entrar com todo o seu vigor.
Além das poltronas para leitura e uma mesinha de centro tinha também a escrivaninha de Marina onde a mulher lia, estudava e corrigia os trabalhos dos seus alunos da universidade. Tudo estava ainda no mesmo lugar: o notebook, pastas, livros, materiais de escritório e uma fotografia dela com a filha e o marido.
Desde o dia em que a senhora Reis morreu apenas duas pessoas entravam naquele lugar: Miranda, que fazia a limpeza pessoalmente e Hellen que sempre buscava refúgio nos livros da mãe. Renato passou a ser o terceiro.
– Quantos livros a senhorita pretende limpar? – perguntou ele subindo em uma escada e tirando alguns volumes que estavam no topo da estante.
– Todos! – respondeu à morena enquanto passava uma espécie de espanador nos exemplares que estavam em cima da mesinha de centro.
– Então só vamos sair daqui quando ficarmos velhinhos caducos... – Renato brincou.
– Não exagere. Se você parar de reclamar e usar toda a sua força física para tirar e colocar os livros de volta no lugar terminaremos antes de anoitecer.
O ruivo olhou assustado pra ela enquanto descia a escada.
– Deixa de ser bobo... Vou limpar apenas alguns em especial. O restante pedirei a Miranda.
– Será que sua mãe leu tudo isso?
– Pelo menos os de literatura e romance eu tenho certeza que sim... Também já li a maioria deles... – e lembrou-se de algo – Ei, quer ver uma coisa? – saiu andando pelas estantes com ele atrás.
Parou um lugar onde ficavam apenas livros infantis.
– Veja. Minha mãe contou todos essas histórias pra mim antes de dormir.
– É uma bela coleção! – ele afirmou observando tudo aquilo.
– Com certeza. Por isso, espero que tire um por um com todo o carinho.
– Tinha que vir a exploração! – Renato sorriu.
– É sério. Eles são muito importantes pra mim – ela confessou.
Beneficiando-se de sua altura o ruivo apenas estendeu a mão para tirar os que estavam na parte mais alta entregando-os para Hellen que segurava a pilha de livros como se fosse um bebê. Renato não poderia deixar de fazer uma brincadeira malvada.
– Veja! Quantas traças!
– Onde? – gritou a garota histérica – Tira daí! Mata tudo! Elas vão devorar meus livrinhos! Aí, meu Deus... Vou chamar um dedetizador agora mesmo para mandar essas traças para o inferno... – e começou a discar um numero qualquer no celular...
– Acho que me enganei... – ele disse sínico – Era só poeira acumulada.
– Bobão! – e deu uma forte "livrada" nas costas dele.
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Meu Guarda-Costas (Degustação)
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