07. I'm so sorry

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- Que? - perguntei com os olhos arregalados - Como assim Toronto?

- Nash, não dá pra ir agora. Nós precisamos levar a Amanda para o hospital - Sammy disse rápido, Nash respirou fundo e fez uma curva fechada para a esquerda.

A maneira como ele dirige faz com que eu me sinta em algum dos filmes de Velozes & Furiosos.

Ele estacionou e Sammy saiu rápido do carro com Amanda nos braços, Nash digitou algum número no celular e o colocou no ouvido.

No começo não entendi o porquê de Sammy estar com a Ruiva nos braços agora e na hora de entrar no carro, até me lembrar que ela havia perdido muito sangue e está fraca demais.

- Quando sairmos daqui vamos passar em casa para fazer as malas - Nash disse com o celular ainda no ouvido, assenti e ele saiu do carro.

Quando apertei no botão para tirar o cinto, meu coração começou a acelerar. Saí do carro e encarei o hospital.

A noite do acidente de meus pais começou a passar como um filme em minha mente.

"Levanta, nós vamos te levar para o hospital, seus pais sofreram um acidente, levanta, Triz."

"Eu sinto muito, querida."

Senti meus olhos marejados e minhas pernas ficaram fracas, abri a porta e voltei para dentro do carro.

Esta é a primeira vez que volto em um hospital após a morte de meus pais, eu esperava não ter que voltar aqui em tão pouco tempo, mas parece que o destino não quis colaborar comigo.

Pensei em ligar para Shawn e desisti, ele com certeza me ajudaria, mas não valeria à pena preocupá-lo.

"Triz, respira - Shawn disse e me abraçou."

Respirei fundo e consegui controlar a respiração depois muito tempo. Eu preciso ser forte, é pela Ruiva.

Encarei o hospital por alguns minutos e saí do carro, criei coragem e entrei.

Olhei para todos os lados tentando achar algum dos meus amigos. Nash estava sentado, sozinho, em um dos sofás que havia na sala de espera, fui até lá. Ele encarava um ponto fixo.

No momento em que sentei ao seu lado, ele se levantou, confesso que fiquei chateada mas segui seu olhar e vi Sammy e Amanda.

Fiquei aliviada em saber que já poderíamos sair daqui. Fui rápido até a porta e saí. Esperei eles do lado de fora.

- Por que foram tão rápidos? Achei que demorariam pelo menos uma hora lá dentro - falei assim que eles chegaram.

- Bea, nós ficamos 1 hora e 20 minutos lá dentro - Amanda respondeu e entrou no carro.

Franzi o cenho. 1 hora e 20 minutos? Eu não sabia que havia passado tanto tempo assim dentro do carro.

Quando chegamos em casa a Ruiva e o Sammy subiram para os quartos conosco para nos ajudar com a mala. Amanda comigo e Sammy com Nash.

- Como está seu braço? - perguntei enquanto colocava as coisas na mala.

- Ainda dói, bem menos, mas não é nada agradável. - ela disse e saiu do closet - Como está o tempo no Canadá essa semana? - perguntou e respondi "não faço ideia".

Amanda voltou para dentro do closet e digitou algo no celular, esperou um pouco e logo depois o guardou no bolso.

- Não vai estar frio como de costume. Teve sorte. - ela começou a pegar as roupas e colocar na mala.

Terminamos tudo em menos de 10 minutos e então Sammy apareceu na porta nos chamando para descer.

Ele levou a mala para o andar de baixo, quando chegamos lá Nash estava na sala nos esperando, falando novamente no celular.

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