My Protector

23. She has a plan!

— Ruiva, eu preciso da sua ajuda – falou e Amanda assentiu. Mabi aproveitou que já havia quebrado a câmera daquele cômodo e contou seu plano.

— Você tem certeza disso? – perguntou preocupada

— Não. Mas precisamos arriscar – falou e pressionou o aparelho em seu ouvido.

— Cameron, preciso que me escute bem – disse devagar –, a ruiva vai ficar com meu ponto porque eu preciso fazer algo. Por favor, não deixe o Nash descobrir, depois lhe explicamos tudo. Me responda qualquer coisa, se entendeu.

Do outro lado da casa, Cameron ouvia tudo o que a garota falava, enquanto ele e Nash lutavam contra os últimos capangas que os cercavam.

— Terminamos aqui – falou para a garota. – Ok, eu entendi – e atirou no último.

— Entendeu o que? – Nash perguntou, tirando o suor do rosto com o dorso da mão.

— A Bea falou para continuarmos procurando pelo Shawn – Cameron disse e seu amigo assentiu.

Na sala, Mabi entregou seu ponto para Amanda, como havia dito, e continuou com o rádio na mão. Elas saíram daquele lugar e foram até o corredor. A faca da loira ainda estava no corpo do homem caído, ela a limpou na roupa do mesmo e pegou o objeto de volta.

As duas se separaram, indo cada uma para um lado e começaram a correr.

— Para onde eu vou? – Beatriz perguntou para Raimann, pelo rádio.

— Continue na direção que está indo, quando encontrar uma porta bege, vire à direita e siga reto. Um dos meus funcionários estará lhe esperando.

Ela seguiu as instruções de Raimann e encontrou o capanga poucos minutos depois, o homem a guiou pela casa, indo até Raimann, ela esperava. Enquanto isso, Amanda corria na direção do local onde seu namorado estava preso e a garota faria de tudo para o tirar de lá.

O homem levou Mabi até um corredor com vários outros empregados, todos vestidos com coletes e armados. Passaram por eles sem nenhuma dificuldade até chegarem em uma porta de metal, havia dois guardas posicionados em cada lado da mesma e um deles abriu-a para ela.

Antes que ela entrasse teve que entregar todas suas armas ao homem que a acompanhava, e relutante, ela obedeceu.

A sala era bem iluminada e na parede oposta à porta por onde Beatriz entrara havia uma mesa grande, parecida com as que são usadas em escritórios, e atrás da mesma estava um homem com ombros largos que sorria discretamente. Seus olhos eram cor de caramelo e os cabelos negros, com a presença de alguns fios grisalhos.

Mas não foi o homem que a chamou atenção, e sim o garoto deitado no sofá na parede ao lado. Ela deu um passo direção dele, mas um outro guarda se posicionou à sua frente, impedindo-a.

— Primeiro você fala com o anfitrião, Blake – Raimann falou a olhando calmo e apontou para a cadeira em sua frente – sente-se.

Bea continuou em pé, sem se mover um centímetro ou falar algo, a garota tinha medo de que sua voz entregasse o quanto estava com medo.

— Ok, então – ele deu de ombros. O homem parecia se divertir com a situação.

A garota se virou para o lado oposto ao que Shawn estava e viu um painel de dois metros dividido em vários retângulos, cada um deles mostrando uma cena. Imagens das câmeras. E algumas não mostravam nada, apenas uma tela preta, por conta das que ela e os amigos haviam quebrado.

Ao lado desta havia mais um painel, porém não era tão grande como o outro e se assemelhava com uma televisão comum de 32 polegadas. No mesmo era mostrado apenas uma imagem de câmera, a ruiva correndo pelos corredores da casa.