11. wasn't an accident

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O caminho de volta para San Diego parece ter demorado vinte vezes mais que a ida.

Eu estava ansiosa, não sabia o que esperar, não conseguia pensar em quaisquer que fossem minhas teorias antes, elas simplesmente sumiram.

Quando chegamos, meu coração batia tão forte que eu conseguia ouvi-lo.

Nash e seus pais foram tomar banho, fiz o mesmo e ao contrário do que eu pensava, não ajudou a me acalmar.

Deitei na cama e liguei para Shawn enquanto esperava alguém vir me chamar, mas ele não atendeu.

Levantei da cama e fui até a bolsa que eu trouxe de Los Angeles com minhas coisas, em cima dela estava o tigre de pelúcia que Cameron havia me dado, o peguei. Voltei para a cama, fechei os olhos e abracei o urso.

— Tchau, Bea – Cameron disse e me abraçou – foi bom te conhecer – falou ainda abraçado a mim

— Tchau, Cameron! – ele me soltou. – Nos visite algum dia.

— Pode deixar – assentiu e pegou minha bolsa que estava no chão, logo depois a colocando no porta malas do carro – mal posso esperar para me vingar e ganhar de você no vôlei – piscou e eu ri

— Você sabe que isso não vai acontecer – sorri, ele fechou o porta-malas e foi até Nash.

Eles conversaram sobre alguma coisa que não prestei atenção e se abraçaram.

— Droga, eu sabia que ia esquecer – Cameron deu um tapa na testa e foi correndo para dentro de sua casa

— Tchau, Beatriz – Gina disse e me abraçou

— Tchau, Gina – sorri para ela e Cameron parou ao nosso lado com um tigre de pelúcia na mão.

Era o mesmo urso que ele havia me dado na noite em que tive pesadelos e dormi no quarto dele. O urso que ele havia me emprestado para me acalmar.

— Pra você – ele me esticou o urso e eu o peguei, sorrindo

— Obrigada – o abracei de novo

— A Mabi ganha presente e o seu melhor amigo não, achei injusto – Nash disse chegando ao nosso lado, Cameron sorriu e deu um beijo na bochecha de Nash

— Nash, você já me tem. Quer presente melhor que eu?? Não existe – rolei os olhos enquanto sorria, Nash riu.

— É uma pena que vocês são héteros – falei imaginando os dois como um casal

— Bebê, se não fôssemos héteros, você perderia o Nash para mim – sorriu e eu também, logo sentindo minhas bochechas esquentarem

Os pais de Nash buzinaram, indicando que já iríamos. Cameron o abraçou de novo e ele entrou no carro, logo depois me abraçou também.

— O urso pode ajudar a espantar os pesadelos, sempre que você precisar se acalmar ou precisar de um abraço, pode contar com ele – disse sorrindo e eu entrei no carro

— Obrigada – sorri e fechei a porta.

Liguei a televisão em um canal qualquer e mandei uma mensagem para Amanda avisando que já havíamos chegado.

Cerca de meia hora depois, Nash veio até meu quarto.

— Vamos? – ele estava com uma das mãos apoiada na porta, assenti e me levantei.

O segui pelo corredor até uma porta fechada, eu já havia a visto antes – óbvio – mas, como agora, ela sempre estava fechada. Será a primeira vez que entro aqui.

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