Mais uma noite com o mesmo pesadelo.
Acordei tremendo, me sentei na cama e passei a mão nos cabelos grudados em meu rosto por conta do suor. Suspirei cansada e tentei me acalmar.
Eu já estava começando a acreditar que havia me livrado desses sonhos, mas isso claramente não aconteceu.
Olhei a hora em meu celular, ainda era 9 da manhã. Me levantei e fui até o banheiro, fiz minhas higienes matinais e tomei banho. Depois passei no quarto de Nash para acordá-lo, já que Elizabeth não estava em casa.
Fomos avisados ontem que ela e Chad sairiam de casa logo cedo, por conta de uma investigação que fariam em Hemet – uma cidade que fica há uma hora e meia de distância de San Diego.
Fui até a cozinha e comecei a preparar meu café da manhã. Coloquei cereal e leite em uma tigela, e me sentei à mesa.
Os pensamentos sobre meus pais foram interrompidos pela voz sonolenta de Nash.
— Bom dia – falou e se sentou, estava bocejando enquanto colocava seu cereal.
O respondi e voltei à comer; quando terminei pedi a ele seu notebook emprestado, para que eu começasse a fazer minha parte do trabalho de geografia.
— Posso pegar depois que eu terminar de comer? – perguntou com preguiça e eu apenas assenti sorrindo, achando cômica a situação que ele estava.
— Que horas você foi dormir?
— Tarde – respondeu e bocejou novamente. – Fiquei boa parte da noite em um jogo online com o Cameron.
Fui para a sala, logo em seguida Nash subiu as escadas e voltou com um notebook na mão.
— O meu está descarregado, então peguei o da minha mãe – o olhei receosa e ele estirou a mão em minha direção. – Pode usar – me entregou o aparelho e sentou-se ao meu lado, colocou a senha e indicou um ícone verde e branco na barra de tarefas.
— Quando você for pesquisar algo, use esse navegador, é como o Chrome ou qualquer outro, a diferença é que ele impede que outras pessoas invadam o notebook e seus arquivos através da internet.
Ele se levantou e deitou no outro sofá, ligou a tevê e começou a passar canal por canal.
Fiquei olhando o símbolo e percebi que havia um "W" nele.
— O que significa WCKD? – perguntei curiosa
— Nada – o olhei confusa. – WCKD não tem um significado em si. Cada letra representa o sobrenome dos seis fundadores da empresa, só que dois eram irmãos, os Collins, e dois tinham sobrenome com a mesma inicial, Walker e Waddell, então colocaram apenas as quatro – ele terminou de falar e bocejou novamente.
Antes de começar a pesquisar sobre o trabalho, uma ideia surgiu em minha mente.
Olhei para Nash e ele estava com os olhos fechados, em pouco tempo estaria dormindo. Vi ali a oportunidade perfeita para começar a investigar o assassino dos meus pais.
Comecei pelo navegador que Nash havia me falo e pesquisei sobre a WCKD. Nash me contou uma vez que não há nada sobre a empresa na internet – e eu conferi antes –, mas quem sabe por aqui eu tivesse alguma chance.
Bom, não tive. Os resultados eram sobre Maze Runner e coisas do tipo.
Desisti e coloquei o nome de meus pais na barra de pesquisa. Novamente, sem sucesso. Não aparecia nada além de sites comuns de notícia.
Bufei irritada, apaguei o histórico e comecei a fazer o trabalho. Assim, se Nash acordasse, não desconfiaria do fato de eu ter passado quase uma hora com o computador sem fazer "nada" no mesmo.
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My Protector
Fiksi Penggemar"A vida é cheia de reviravoltas, em um segundo você está feliz com a sua família, no outro, está sozinha em uma sala de espera de um hospital. Eu sempre acreditei que as coisas acontecem por um propósito, mas eu não entendia esse. Qual seria o objet...