18. You're my guest now.

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— Eu quero que você me conte sobre o Raimann – falei com firmeza e ao ouvir o nome, Theodore olhou para mim desconfiado. – Quero que me fale tudo o que sabe dele.

— Quem? – ele perguntou

— Não precisa fingir que não o conhece – falei confiante. – Seu pagamento está aí, faça sua parte – cruzei os braços e olhei para o outro lado, com calma, antes me voltar para ele novamente. – Quero saber como encontrá-lo, como posso falar com ele, onde fica, as pessoas com quem mantém contato...

— Ei – fui interrompida – não é assim. – Sorriu. – Você só encontra o Raimann, se ele quiser ser encontrado. É ele quem vem até você.

Meu coração acelerou. Era exatamente isso o que eu estava tentando evitar. Não posso deixar que chegue em mim primeiro.

— Você precisa encontrar com um de seus secretários próximos, caso ele se interesse pelo seu assunto, te encontra – explicou. - Mas mesmo interessado, às vezes ele manda seus funcionários para falar contigo. O único assunto que ele nunca deixa de resolver pessoalmente, são as mercadorias novas.

Suspirei, frustrada.

Após me despedir de Theodore, andei o mais rápido possível para longe dali, não queria estar presente no momento em que ele percebesse que mais da metade da caixa que o dei continha dinheiro. Entreguei o sobretudo para uma pessoa qualquer na rua, e guardei a peruca em minha bolsa.

— Voltei – sorri para a ruiva, que agora procurava por velas

— Meu celular ficou contigo, sua louca, me devolve ele que eu preciso ligar para o Sam – estirou a mão em minha direção. – E por que você demorou tanto? Eu estava começando a ficar preocupada.

— A fila estava muito grande, sabe como é, Black Friday e tudo mais – dei de ombros e abri minha bolsa para procurar seu celular, e só então me lembrei da peruca dentro da mesma

— Por que você comprou essa peruca? – perguntou com o cenho franzido – poderia ter pedido a minha, que usei no teu treinamento outro dia.

— Tinha me esquecido dela, mas não faz mal, não foi tão cara – entreguei-a seu celular e fechei a bolsa depressa. – É pra um dos trabalhos de arte da senhorita Griffin.

Depois de passarmos na casa da ruiva e deixarmos nossas compras lá, ela me trouxe de volta para a casa de Nash, e ficaria lá conosco – Sammy já estava lá desde a hora que saímos.

— Será que a Elizabeth irá viajar de novo? – perguntei após entrar na casa e ver uma mala no chão

— Talvez – a ruiva deu de ombros e foi até a cozinha, enquanto ela bebia água, continuei observando a mala.

— Essa mala me lemb... – de interrompi e virei a cabeça, pensativa.

— O que? – Amanda perguntou, já ao meu lado novamente

— Nada não – balancei a cabeça negativamente e subimos as escadas. – Vou falar com o Nash – avisei e ela assentiu.

Fui até a porta do quarto dele e dei duas batidinhas fracas. Quando abri a mesma e dei um passo à frente, alguém alto surgiu ao meu lado, com um pulo, e em resposta, gritei e voltei para trás.

A pessoa abriu a porta rindo e saiu para fora do quarto, só então pude perceber quem era.

— Shawn!!! – falei alto, já com lágrimas nos olhos. – Eu não acredito – fui rápido até ele e o abracei apertado

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