24. Good night, asshole

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— Você entendeu? – a ruiva perguntou para Nash depois de contar aos amigos o que ela e Beatriz haviam combinado. O garoto apenas assentiu, receoso.

— Mas e o Shawn? Alguém precisa levá-lo até o hospital, agora – Cameron falou enquanto verificava as balas de suas armas.

— O Sam deveria levá-lo – a garota sugeriu – aproveite e peça para que eles deem pelo menos um ponto nesse seu corte, você ainda está sangrando – observou.

— Cam, você poderia pedir para que algum dos outros agentes os acompanhasse – Nash disse, mais tranquilo e o amigo assentiu

— Eles ainda estão aqui? – Amanda perguntou e Cameron a respondeu que sim. – Ótimo! Vamos precisar deles.

— Mas e a Mabi? – Nash estava preocupado novamente. – Ela está lá sozinha, com o Raimann e mais as dezenas de capangas dele, quem vai proteger ela lá?

— Nash, me escuta – a ruiva falou com tom autoritário, querendo acabar com os receios do garoto de uma vez por todas. – A Mabi não precisa de proteção, precisa que você confie nela.

Ele se acalmou e Amanda ficou aliviada por isso. No tempo que esperavam o agente que iria para o hospital com os meninos, Nash não conseguia parar de pensar no que a garota havia lhe falado.

Assim que o homem chegou, Sammy entrou no carro de Nash e os três foram embora.

Enquanto seus amigos se preparavam para o plano de Beatriz, ela estava parada, na mesma sala que encontrara Raimann momentos antes.

— Sabe, por algum momento, fiquei com receio de que fosse realmente embora – foi a primeira coisa que ele falou assim que ela entrou na sala. – Mas fico feliz que tenha feito a escolha certa e cumprido com sua palavra.

— Acabe logo com isso – falou com o maxilar cerrado e Raimann sorriu mais uma vez.

— Eu esperei mais de seis meses para pegar seus pais, não estou com tanta pressa assim, Blake.

Aquilo apenas deixou a garota com mais raiva. Ela queria pular em sua direção e socar o rosto dele até não sentir mais as mãos, mas sabia que seria estupidez, e pensou em seus amigos.

Bea respirou fundo e não o respondeu.

— Tenho alguns negócios importantes para resolver, menina – ele se levantou e andou pela sala mexendo em um dos botões de seu terno. – Então acho que isso te dá mais algumas horas de vida, talvez até um dia.

— Você vai simplesmente me largar aqui com esses capangas? – um arrepio percorreu o corpo dela, apesar de ser uma boa oportunidade, tinha medo do que poderia acontecer

— Claro que não, eu não sou idiota – revirou os olhos e Beatriz ouviu a porta atrás dela ser aberta. – Te deixar em uma casa abandonada onde seus queridos amigos já sabem que você está? Não, de jeito nenhum.

Raimann foi até a porta e a garota apenas o acompanhava com o olhar. Ele estendeu a mão, indicando que ela passasse, e ela obedeceu.

— Vamos sair daqui – explicou para ela e os dois foram andando próximos um do outro, mais do que ela gostaria. – Você vai para o meu alojamento e eu resolverei uns negócios – eles seguiram para o lado sul da casa, área que Bea ainda não conhecia. – Quando terminar, vou até você e nos divertiremos juntos.

Beatriz sentiu seu corpo inteiro tremer e deu um largo passo para o lado, se afastando do homem, e olhou para ele assustada.

— Não. Não encostarei um dedo em você dessa maneira, te dou minha palavra – levantou as mãos com as palmas virada para ela, em forma de rendição, e as abaixou em seguida. – Você é a última parente de primeiro grau dos seus pais, precisa ter uma morte especial. Tortura. Tanta que você vai implorar para que eu lhe mate logo.

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