capítulo 2

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2 Anos Depois

-100 dólares?! Você tá de zoação com minha cara Marcos?

-olha lauren, você deveria agradecer! Se não quiser pode pegar suas coisas e ir embora.

-Mais eu trabalhei a semana toda, mereço algo mais não acha?

-Você já ganha gorjetas, era pra achar muito, se não quiser tem quem quera.

Bem, Já faz dois anos que eu perdi tudo, casa, empresa, dinheiro... Hoje em dia vivo a vida no que posso, já faz um Ano que consegui esse emprego como garçonete. O grande problema é a marreca de salário que eu ganho, trabalhei a semana inteira pra ganhar míseros 100 dólares. Cada vez fica mais difícil. Isso não dar pra pagar nem o aluguel de onde estou morando. Já tá com três meses em atraso e a dona do imóvel só não me expulsou por causa de sua filha que é um Anjo pra mim. Vero, ela tem se tornado uma grande Amiga durante esses anos, me ajuda do jeito que pode, mas acho que não vai ter como ela segurar esse mês. Eu não trabalho só como garçonete, fico fazendo bico de qualquer coisa que aparece. Bem essa é minha vida agora.

-Tudo bem me dar logo esse dinheiro- disse a contra gosto e Marcos sorri me entregando.

-Não esqueça que amanhã você também trabalha- diz ele se retirando.

Marcos é o dono dessa espelunca, um grande babaca, que não sabe respeitar ninguém. Consegui esse emprego através de um anúncio de jornal. Nunca pensei que seria essa porcaria. Mais o que posso fazer? Nada.Olho no meu relógio e vejo que já são mais de onze horas da noite.

- É Lauren, tá na hora de ir embora- falo pra mim mesma.

vou até o banheiro para poder trocar de roupa, retiro meu uniforme de garçonete e visto minha abitual roupa, calça jeans uma camiseta qualquer e minha touca. Pego minha mochila e coloco no ombro pronta para ir embora.

A noite hoje tá mais fria do que o abitual, isso tem haver com o inverno que está se aproximando. o que é bem ruim, já que eu não tenho muitas roupas de frio. Sigo o caminho a pé até chegar na minha casa, se é que pode chamar aquele quartinho de casa, mais eu agradeço, é muito melhor que não ter nada para dormir.

Entro e jogo minha mochila de qualquer jeito em cima da cama. Quando estou indo ao banheiro escuto uma batida na porta. Deve ser a Vero. Vou ater a porta para abrila. Não falei.

-Oi lauren- vero me dar um pequeno sorriso, mais posso notar pelo seu semblante que ela tem algo de ruim pra me falar.

-porque tenho a impressão de que não veio aqui apenas pra me dar boa noite? Vem entra- digo, e vero entra sentando no sofá.

-Desculpa lauren, sinto muito, mais minha mãe disse que você só tem até amanhã para conseguir o dinheiro do aluguel. Eu juro que eu tentei lau...

-não se preocupe com isso vero, eu já imaginava que cedo ou tarde isso ia acontecer.

-Mais laur você não tem pra onde ir- isso era verdade, não tenho mesmo.

Você deve está se perguntando, se eu não tenho família certo? Pois bem, eu não tenho, sou filha única meus pais morreram quando eu tinha 19 anos, acabei me tornando herdeira da Juaregui M, uma multinacional de publicidade. O resto da história vocês conhecem. Hoje tenho 27 anos e estou a pouca horas de me tornar uma sem teto. Irônico não?

-não se preocupe com isso verônica, amanhã mesmo eu arrumo um lugar pra ficar- menti, é impossível eu conseguir um lugar da noite pro dia assim.

-ou Lauren eu admiro tanto você- vero diz me abraçando.

-Eu sou uma perdedora verônica, como pode admirar uma perdedora como eu.

-não diga isso, eu te admiro porque você nunca abaixa a cabeça por nada. você perdeu tudo e nem por isso desistiu.

-obrigada vero- digo retribuindo o seu abraço.

******

Cheguei cedo hoje no trabalho, Marcos mal me viu e já mandou eu limpar as mesas. O pior do dia de hoje é saber que não tenho um lugar pra ficar depois que eu sair daqui. Dona Iglesias já fez o papel de me expulsar as cinco horas da manhã, como eu não tinha nada mesmo, levei apenas minha mochila com algumas coisas dentro.

-vai atender aquela messa lá laur- Regina, uma das moças que trabalha com migo pediu.

-tá bom vou lá.

A mesa está repleto de adolescentes do tipo bad boy. Odeio esses moleques que acham que coloca medo nas pessoas apenas por usar essas roupas.

-Qual o pedido de vocês senhores?- pergunto e todos da mesa se vira pra mim, eles me olham de cima abaixo com olhares nada discreto. Me dar até enjôo.

-pode ser você bonequinha?- o mais alto de cabelo loiro fala. Eu reviro os olhos e finjo que não escutei nada.

-vou repetir a pergunta, qual o pedido de vocês?- o loiro rir mais faz o seu pedido junto com os outros Me deixando em paz.

E isso era apenas o começo do dia. Horas vão passando me sinto completamente cansada. Tudo que eu queria agora era um banho e uma boa noite de sono. Meu expediente acaba e eu vou para o banheiro me trocar, aproveito e tomo logo um banho, já que não vou ter onde tomar mesmo.

vou caminhando sem rumo, quero apenas encontrar um lugar confortável e seguro que eu possa passar a noite. Sento na calçada já cansada de tanto andar fico uns trinta minutos sentada ali quando escuto gritos vindo de algum lugar. Imediatamente pego minha mochila pra sair dali. Mas os gritos se tornar cada vez mais altos e parece ser uma garota. O que você vai fazer lauren? Meu sub consciente me pergunta, quando dou por mim eu já estou no mesmo lugar de onde vem os gritos. De longe posso avistar um cara tentando arrancar as roupas de uma garota enquanto ela se debate pedindo socorro.
Lauren da o fora daí, meu sub consciente pedi. Mais como eu não do ouvido acabo sempre fazendo besteira.

-Ei você aí, solte a moça- grito e o homem leva um susto, mais ao olhar pra mim surgi um sorriso no seu rosto, como tá escuro e o homem está na frente da garota eu não posso vela.

-parece que hoje é meu dia de sorte em, que brincar também bebê- suas palavras me dão nojo.

-Eu só vou repetir mais uma vez, solte a garota!

-Quem vai fazer eu solta lá?

-Você que pediu- retiro minha mochila jogando no chão e vou até ele, o homem sorri em minha direção e retira uma faca do cois da calça e aponta pra mim. Num ato rápido dou um chute na sua mão fazendo o gemer de dor, aproveito e dou outro chute na sua perna e escuto um estalo como se tivesse quebrado. O homem cai no chão gemendo de dor

-Sua desgraçada!- ele tenta se levantar, mas sou mais rápida e dou um outro chute certeiro no seu estômago fazendo o desmaiar. Eu achava que as aulas de karaté nunca ia servir.estava realmente errada. Lembro da garota e corro em sua direção.

-moça você tá bem? Fala com migo- ela tá sentada no chão com a cabeça entre suas mão.- moça você tem que levantar, temos que ir embora, é perigoso ficar aqui. Ela levanta o olhar e me olha. Eu nunca tinha visto olhos tão lindo como aqueles, mesmo que eles estão assustado continua sendo os mais lindos.

-Obrigada por me... salvar...eu..-ela começou a chorar.

-Depois você me agradece, agora temos que sair daqui.

-tudo bem vamos- eu levanto e ajudo ela a levantar segurando sus mão.

-espera aqui, eu sou vou pegar minha mochila que está ali.- digo e ela concorda com a cabeça. Pego minha mochila e nos retiramos dali.





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