One Last Chance

One Last Chance - Chapter Seven

Maite, Belinha, Mani e Lauren estavam na varanda do apartamento de May. Isabella deitada com a cabeça no colo de May, mexendo no celular da mesma, e Mani entre as pernas de Lauren, era o último dia de folga delas e o último dia de Bela na casa de May.

— a Belinha vai com você amanhã? - antes que May abrisse a boca para responder, Lauren se pronunciou.

— Como se a Anahi fosse permitir isso, Mani. Sabemos que mesmo depois delas se separarem, é a Anahi quem manda.

— cala a boca, Jauregui. Eu vou levá-la, Anahi tem ensaio amanhã e nem em um milhão de anos que eu deixo a minha filha sob os cuidados da Patrícia.

— eu vou mesmo? - os olhinhos da pequena brilharam com a ideia de acompanhar a mãe. - sim, Mommy?

— sim, Baby. Mas você vai ficar nos bastidores com a tia Mani e a tia Lolo. - a menina assentiu e voltou a brincar. - por falar nisso, quais meus compromissos, Laur? - Lauren foi interrompida pelo som insistente da campainha.

— estava esperando alguém?

— não! Baby, fica aqui com as suas tias que eu vou ver quem é. - May levantou-se e seguiu até a sala, ainda intrigada, pois não esperava ninguém ali, até porque suas duas melhores amigas estavam com ela, seus pais estão em Miami, ela não fazia ideia de quem poderia ser e de porque o porteiro não interfonou para avisar que alguém estava subindo.

— Patrícia? O que faz aqui? - May não podia estar mais surpresa e intrigada ao ver a atual de sua ex parada na porta.

— Boa noite pra você também, Maite... - May revirou os olhos e interrompeu a loira.

— não me venha com gentilezas, Patrícia, diga logo o que você tá fazendo aqui?

— acho que você esqueceu que a Isa tem que voltar pra casa da mãe dela. Eu vim buscá-la.

— você só pode ter enlouquecido, ou será que bebeu? O que te faz pensar que eu vou deixar você levar a minha filha?

— se você não se lembra, eu sou a companheira da sua ex e a mesma pediu que eu viesse buscar a garota.

— primeiro, eu não esqueci que a Isabella tem que voltar para a casa da Anahi, porém é somente daqui dois dias. Segundo, você podia ser a rainha da Inglaterra que mesmo assim eu não deixaria a minha filha ir contigo. Uma coisa é eu ensiná-la a te respeitar, por causa da Anahi, outra coisa bem diferente é eu confiar e gostar de você a ponto de deixar que você a leve da minha casa.

— qual é Maite? Eu não vou fazer mal a Isabella. Isso tudo é porque eu tirei a Anahi de você? Tem medo que eu tire a filha também? - May teve que ri da última pergunta.

— Patrícia, minha filha te odeia, nem se você nascesse de novo, você conseguiria tirá-la de mim.

— tem certeza disso, Maite? Todo mundo dizia que ninguém separaria você e a Any, e olha só tem dois anos que vocês estão separadas. Você passa tempo demais longe da Isabella, ela sente sua falta e quem está com ela é a Any e eu, você acha mesmo que não tem possibilidade dela acabar gostando de mim? - essas palavras atingiram May em cheio, infelizmente Patrícia estava certa, Maite passa muito tempo viajando e Isabella é apenas uma criança de cinco anos que precisa de alguém para lhe dá atenção.

— isso não vai acontecer, Patrícia. A Anahi mudou porque é influenciável e o amor que talvez ela sentia por mim não era tanto quanto pensávamos, mas o amor de uma filha em relação a mãe não muda, por mais que a Belinha seja uma criança, ela não se deixa levar pelo que as outras pessoas dizem ao meu respeito. - May não iria demonstrar fraqueza, nunca foi de fazer isso e não seria agora que o faria. - agora faça o favor de sair da minha casa, e diga para a Any que quando for o dia da Isabella ir ficar com ela, eu mesma levarei. - como Patrícia não estava dentro da casa, literalmente, May apenas fechou a porta, sem esperar a resposta da loira. Ela respirou fundo tentando conter as lágrimas, não podia chorar na frente da filha e não poderia simplesmente ir para o quarto e deixar as amigas sozinhas. Ela entrou na varanda e encontrou as três numa conversa um tanto engraçada e para Lauren, um tanto embaraçosa.

— tia Mani, quando a senhora vai ter um bebê? - Normani alternava os olhares entre Isabella e Lauren, Maite apenas sentou-se ao lado da amiga e ficou observando.

— isso é com a sua tia Lolo, Princess. - Isabella voltou o olhar pra Lauren.

— ainda não está na hora, pequena. As coisas devem ser bem planejadas e tanto a Mani quanto eu vivemos numa grande correria.

— na verdade a sua tia está me enrolando. - Lauren se fez de ofendida, e Mani sorriu. - mas eu te amo mesmo assim, Jauregui. - May continuava calada e Mani percebeu que ela não estava bem. - Belinha que tal você ir até a sorveteria com a tia Lauren?

— eu posso, Mommy? - May assentiu. - oba, vamos tia Lolo. - assim que as duas passaram pela porta da varanda, Normani voltou-se para a melhor amiga.

— o que houve? Quem era? E porque essa cara de choro?

— Patrícia, ela veio buscar a Isabella e acabamos discutindo, e ela disse que, como eu passou pouco tempo com a minha filha, ela pode "roubá-la" de mim, como fez com a Anahi.

— May, sabemos que a Isabella odeia a Patrícia, e diferente da Any ela não se deixa levar por qualquer pessoa, certo que ela é só uma criança de cinco anos, mas ela não se deixa levar tão facilmente.

— eu tenho medo, Mani. - abaixou a cabeça. - a Isabella é tudo que eu tenho, e eu passo muito tempo longe dela, a Patrícia pode sim fazer o que quer e tirá-la de mim.

— Babe, isso não vai acontecer, você estará de férias logo e vai poder curtir a sua filha, depois a gente pode conversar com a Lo para que a sua agenda não seja tão corrida como foi esse ano, e além do mais você poderá entrar com pedido na justiça para ter mais tempo com a Isabella.

— é exatamente isso que pretendo fazer, Mani. Por mais que a Isabella ame a Any, ela não gosta da Patrícia e isso pode ficar ao meu favor caso a Any venha dizer que não tenho direito em exigir mais tempo com a Belinha.

— vamos conversar com o Matheo e com seu pai, os dois podem dar um jeito para que sua agenda não seja tão corrida como tem sido nos últimos anos, e para que você consiga a guarda da Belinha. - May assentiu. - agora vem aqui, pare de pensar nas bobagens que a Patrícia falou, ok?

— Obrigada, Manibear.