One Last Chance

One Last Chance - Chapter Twelve

Points of view - Lauren Jauregui

Ciudad Del México,
03 de junho de 2016

Doze anos atrás, quando a May me avisou que estava em turnê e que iria para Londres, cidade que eu residia na época, eu não imaginei que iria voltar a ver a Mani, e menos ainda que iria me apaixonar por ela, mas eu me apaixonei e estou prestes a pedi-la em casamento.

Vamos aos fatos, conheço a senhorita Maite Perroni desde que ela nasceu, somos da mesma idade e somos amigas de longa data, mas meus pais se mudaram para Londres quando eu tinha apenas nove anos, então eu não convivi muito com ela, e sendo assim quando a Mani entrou na vida dela, rapidamente se tornou a sua melhor amiga, e bem, éramos amigas também, mas eu nunca, aos meus nove anos, imaginaria que no futuro eu me apaixonaria por ela. Depois que me mudei para Londres eu quase perdi o contato com a Tita, e passamos a nos ver apenas uma vez por ano, que era quando eu estava de férias e os meus pais me levavam para passá-las com meus avós. Com os anos a May foi ficando famosa e estava difícil da gente se ver, mas conseguimos manter contato por e-mail.

Depois dos shows dela em Londres, ela me convidou para acompanhá-la dura te o resto da turnê, e eu aceitei, passei duas semanas com elas, e a cada dia que passava eu me encantava mais pela Mani. Duas semanas se passaram e eu voltei pra Londres, mantive contato com as duas e eu meio que iniciei um namoro a distância com a Mani, mas naquela época isso era bem mais complicado do que agora.

Dois anos depois eu voltei definitivamente para o México. Eu tinha acabado de me formar em assessoria de imprensa e a Tita logo decidiu me colocar na equipe dela, o que tornou a minha vida mais fácil, já que assim eu estaria mais perto da Mani, mas não posso negar que no começo eu não quis assumir nada, ficávamos de vez em quando, quase sempre, mas eu não queria um relacionamento sério e fiquei enrolando a Mani por muito tempo, por causa disso quase a perdi, mas graças a ajuda da Maite eu consegui reconquistá-la e estamos juntas a mais de seis anos. Creio que já está mais do que na hora de oficializar o nosso relacionamento.

— Lo? Lolo? Amor? - fui tirada dos meus devaneios com Mani me chamando, e deixe-me lhes dizer, depois de sete dias com ela me chamando apenas de Lauren, ouvi-la me chamando de amor me levou ao paraíso. Olhei para ela que tinha um sorriso lindo no rosto. - porque está olhando pra mim com essa cara de idiota?

— porque eu te amo, estava apreciando a sua beleza e estava lembrando da época em que te conheci. - ela segurou o meu rosto entre suas mãos.

— eu também te amo. - um selinho. - você é linda, seus olhos me hipnotizam. - outro selinho. - e porque estava lembrando dessa época? Tá querendo voltar a ser uma cafajeste comigo?

— lógico que não, Mani. Você é a pessoa mais importante na minha vida, porque eu iria querer correr o risco de te perder novamente? Eu sei que sou meio louca, mas ainda não sou tanto assim, a ponto de querer perder a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Eu te amo, mais do que já amei alguém algum dia, nunca se esqueça ou duvide disso, amor. - Mani sorriu para mim e, Deus, o sorriso dela é o mais lindo em todo mundo.

— eu não duvido disso e nem vou esquecer, porque eu também te amo mais do que pensei que seria capaz de amar alguém um dia. - eu sorri e me aproximei lentamente dela para beijá-la, mas fui interrompida com o som da campainha, rolei os olhos e lhe dei apenas um selinho. - relaxa, depois teremos a noite inteira para você me beijar. - sorriu maliciosa. - Só que agora deve ser a May e hora da pizza. - eu sorri e a observei ir em direção a porta para abrir a mesma. - oi princesa. - Isabella pulou no colo de Mani que logo a encheu de beijos. - oi, May.

— oi, Bear. - deu um abraço desajeitado na Mani e entrou. - oi branquela.

— oi, Tita. Eu não sabia que a Belinha ficaria contigo hoje.

— Patrícia está de folga e elas decidiram fazer uma despedida, a Any iria deixar a Isabella com a Mari, mas como estou aqui, ela preferiu deixá-la comigo. - ela deu de ombros e colocou as caixas de pizza na mesinha de centro. - animada para comemorar seu aniversário amanhã, Mani? - Mani negou, ela odiou ter adiado o dia da festa.

— sinceramente? Eu preferia que a gente tivesse comemorado na terça mesmo, mas você com a sua carinha do gato de botas consegue qualquer coisa de mim. - eu tinha que concordar com a minha futura noiva, Maite quando quer alguma coisa, faz cara de cachorro abandonado que acaba conseguindo tudo. - eu vou tomar um banho rápido, escolham o filme e me esperem. - nós assentimos e ela subiu a escada exagerando nos movimentos do quadril.

— Para de babar, Lauren. - ela deu um tapa na minha cabeça, o que arrancou risadas da pequena Isabella e com isso eu nem me importei com a agressão. - já foi buscar a aliança na joalheria?

— hoje ela não desgrudou de mim nem por um segundo, tentei usar a desculpa de que iria comprar sorvete, mas ela já tinha todos os prováveis sabores que eu gosto, na geladeira.

— Se hoje ela não deixou você nem respirar, amanhã vai ser bem pior, vai ter que pedir a namoradinha em casamento sem aliança.

— Nops, se ela não desgrudar de mim, você vai lá e pega pra mim. - ela revirou os olhos, mas acabou assentindo, afinal ela é a minha melhor amiga e melhor amiga da Mani, ela faz de tudo por nós duas, assim como nós fazemos de tudo por ela.