2: Van Helsing

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Cassandra saiu da Sala de Avaliações e soltou um suspiro de alívio. Ninguém gostava de se sentar naquela cadeira assustadora, numa sala quadrada, num infinito branco, com o clima de interrogação.

Mesmo sendo regra geral reportar depois de uma missão, não conseguia habituar-se com a ideia da inquisição espanhola, que encarecidamente nomearam relatório

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Mesmo sendo regra geral reportar depois de uma missão, não conseguia habituar-se com a ideia da inquisição espanhola, que encarecidamente nomearam relatório. Mas enfim, eram protocolos e tinham de ser seguidos.

O pior era Themba — o grande chefão da Irmandade da Luz, como todos chamavam. Suas raízes estavam ligadas com o origem da Irmandade, pertencia a umas das famílias que desde os primórdios dos tempos dedicavam-se em erradicar a terra de criaturas imundas que viviam entre humanos, passando-se por eles, enquanto eram terríveis monstros sem alma ou uma gota de humanidade, e o fim desses seres era um e único: morte, sem misericórdia ou compaixão, como eles tratavam a espécie humana.

Ao contrário do que muitos pensavam, os vulgos seres sobrenaturais um dia foram humanos de carne e osso, servidores e seguidores de deuses pagãos que revoltaram-se contra a única divindade, e como castigo foram estripados de seus poderes e condenados ao esquecimento, mas antes, deixaram seus frutos infernais vagando pela terra.

Os deuses, conhecidos como filhos da natureza, ofereceram imortalidade aos humanos e aí assentaram sua praga no mundo. A culpa de todo mal no mundo, era deles, desses infernais Imortais.

Eram apóstolos do diabo, destruindo tudo de bom que viam pela frente, entre eles, os mais notários, estavam os vampiros, lobisomens, bruxos, elfos, sereias, etc.

E o mais irritante era que eles podiam transformar outro ser humano em suas aberrações, por isso as inúmeras lendas dessas monstruosidades. Contundo, nesse ponto não podia por culpa inteira neles, porque os seres humanos tinham que escolher se tornar parte do grande exército maléfico das anormalidades.

E claro, como a carne era fraca, os humanos deixavam-se seduzir facilmente pelo poder, luxúria, beleza, até as coisas mais banais... tudo que desejavam e achavam que era a solução para seus problemas em troca de sua humanidade.

Bando de falhados, isso sim! Chiou zangada.

E por deixarem-se seduzir por ouro falso, cabia a eles, os irmãos, expurgar sua prole da face da terra, para não contaminarem mais outros com suas promessas vazias de vida eterna, felicidade, e riqueza plena. Essa era a missão da Irmandade, como representantes do bem. Só assim paz mundial poderia ser alcançada.

O conceito de matar foi difícil de engolir quando introduzida ao mundo dos caçadores, mas como ela foi vítima e presenciou o vil ataque duma dessas criaturas infernais... quando esteve frente a frente com uma, não hesitou um segundo sequer em descarregar toda sua frustração, ódio, e mais pura raiva neles.

A Irmandade era uma organização de tirar o chapéu, defensora dos humanos contra os monstros que habitavam o mundo, que infelizmente a maioria da humanidade considerava frutos de imaginação, loucura, e místico, mas a verdade era que eles não eram, e a raça humana não estava psicologicamente, emocionalmente, e fisicamente preparada para saber da verdade.

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