No complexo subterrâneo da Irmandade da Luz, a grande organização que um dia foi referência e pavor dos imortais, na ala de restrição, no corredor do sono induzido, estava deitada Cassandra, a mulher que ele pensou que poderia finalmente tapar o buraco negro em seu coração desde traição de Flora...
Estóico e com o olhar observador, com a mente tentando juntar as peças do acontecimento que levou a captura e restrição de Cassandra, Artur observou-a pelo vidro protector, a prova de bala e reforçado com magia ― era contraditório, mas a Irmandade usufruía das habilidades dos vários Místicos que tinham-se juntando a causa, na luta pelo bem da humanidade, pois eles também eram humanos acima de tudo.
Cassandra estava lá, imóvel, limpa já, vestida de bata branca, em sono induzido na maca do quarto clínico branco, ligada a aparelhos de última geração, controlando todo seu sistema, e o mais importante, mantendo-a apagada.
Como irmão da Irmandade da Luz, já tinha visto muita coisa e em poucas punha a mão no fogo, nem mesmo por Themba, seu chefe supremo, o director da Irmandade, mas Cassandra era uma das poucas pessoas que confiava cegamente... apesar de ter jurado nunca mais fazer aquilo, contudo, a brilhante caçadora conquistou um lugar especial em seu coração de forma sorrateira, e por um tempo, foi feliz com ela, até claro seus planos de vingança, estragarem tudo.
Sabia o que diziam sobre ele pelos corredores da Irmandade, que até Cassandra, a Van Helsing, como era chamada, não conseguiu abrir o coração de gelo do Artur, o Caçador do Sol, apelido pelo qual, foi-lhe atribuído pela sua sede incansável por sangue de lobisomens, e ao contrário de Cassandra, ele era diabólico, os caçava em pleno dia, enquanto não podiam transformar-se.
Pois poucos irmãos caçavam durante o dia, era preciso ter muita audácia para fazer o que eles faziam com a luz do sol em alto e ser muito bom para não ser visto em possibilidade alguma, pois eles que libertaram o mundo das garras dos imortais, agora eram ilegais e uma organização das sombras, e a Capuz Vermelho no lugar merecidamente deles!
Se eles ao menos fizessem um bom trabalho, ele nem iria reclamar, mas a Capuz Vermelho era uma piada corrupta e hipócrita, mais em prol dos parasitas imortais que os próprios humanos que eles supostamente representavam, sempre em negócios com a escória da sociedade e acobertando e protegendo imortais.
Sentiu seus nervos começarem a subir só de pensar naquilo, então decidiu parar e respirar fundo antes que precisasse de mais uma caçada, e por mais que tivesse vontade de matar a ansiedade do único jeito que sabia, não podia deixar o complexo agora e decapitar umas cabeças ―ordens do grade chefe ― portanto, voltou a atenção no ponto de partida que levou seus pensamentos tão longe, e lá estava ela... mas como as coisas escalaram a tal ponto?
Ao ponto de ele ter que sedar Cassandra, a caçadora mais brilhante com quem ele teve o prazer de trabalhar com, a mulher que foi sua... e encontrou nos braços do inimigo, um maldito vampiro, logo essas criaturas que ela tanto desprezava! E para piorar, estava defendendo e chorou quando eles o apagaram.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Prazeres da Noite
ParanormalA vingança é um prato que se come frio... Um Vampiro Sombrio Enzo é a personificação de um sonho erótico de toda mulher que deseja o beijo do vampiro. Ele é frio e calculista, o ambicioso Regente da casa Corvus, o clã vampírico que comanda a...