8: Companheira de Noite

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Na turbilhão dos seus pensamentos e sentimentos, Enzo acabou riscando a baixa da cidade, o ponto alto da vida nocturna em Sangria, e agora que cá estava, entendeu porque veio parar lá, ele necessitava de sangue, urgente, todo aquele enlace com a humana, a ex do seu gémeo, que ele quase comeu enquanto a poeira do seu corpo ainda se encontrava na chão do seu apartamento, fez-lhe sentir mal pra caramba, ele era frio sim, mas não um carrasco que não respeitava as leis básicas: "não cobiceis a mulher do seu irmão".

E ele atropelou feio nessa lei...

Enfim, o que estava feito, estava feito, nada poderia fazer para mudar o que aconteceu, mas sim agir assertivamente daí por diante. Andando pelas ruas agitadas de Sangria, pesquisando o ambiente, contragosto ficou grato por ele dar para trás, deve ter sentindo horror no último minuto quando se deu conta do que fazia... dormir com o irmão gémeo do seu recente falecido namorado. Vergonha.

Mas então, porquê sentia-se tão rejeitado?

Petrificou por um segundo, completamente imóvel na vivaz alegria da rua, feito uma bela estátua romana de um deus primordial e clareou seus pensamentos, rejeitado ou não, isso não importava, ele não estava aí pra consolar a viuvinha humana do seu irmão, mas sim para descobrir quem tinha feito a barbaridade com ele e extrair a mais dolorosa e longa vingança, o resto... o resto eram cantigas.

Mais confiante, desenhou seu sorriso sedutor que deixava qualquer ser do sexo feminino, até masculino, desejoso de entregar-se a ele, e era isso que ele precisava, uma boa foda e sangue quente.

Enzo deixou-se enfeitiçar pelos encantos nocturnos de Sangria, passando de bares e restaurantes, sentindo cada fragrância deliciosa dos humanos e comida que serviam invadir seu sistema, aliciando mais sua fome.

Observando a alegria surreal e contagiante do lugar ele desenhou um sorriso maroto de lado, contente por realizar mais uma vez o porquê seu irmão escolheu a cidade livre para estabelecer residência... tinha que reconhecer, apesar de amar Asta, Sangria tinha seus encantos que não eram poucos, e a bela morena que parou em sua frente de corpo quente e sinuoso, de sorriso malicioso no rosto e deu um inicial oi, selou o acordo.

 tinha que reconhecer, apesar de amar Asta, Sangria tinha seus encantos que não eram poucos, e a bela morena que parou em sua frente de corpo quente e sinuoso, de sorriso malicioso no rosto e deu um inicial oi, selou o acordo

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***

Depois de uma boa noite de diversão e bebida que na verdade não fazia efeito em Enzo, a não ser que fosse misturado com Ambrósia ou em grandíssimas quantidades, ele finalmente estava convencido que a morena era a melhor escolha pra levar a cama, ela praticamente rogava par ser comida: forte e duro, como a bela putinha que era.

E claro que Enzo não deixaria uma mulher tão gostosa, necessitada, afinal ele foi criado no tempo onde homens ainda tinha senso de cavalheirismo, gargalhou ao alto de sua íntima anedota.

Cavalheiro, ele? Ah.

Não querendo correr o risco de perder sua companheira de noite riscando ao apartamento de Lorenzo com ela, pois humanos eram tão susceptíveis ao teletransporte, pegou um táxi ao edifício e juntos, com a humana cambaleando e animada subiram o elevador.

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