Johnny
Eu estava uma pilha de nervos após a ligação anônima, mas não queria assustar minhas amigas, decidi subir para falar com Beca que possuía umas boas maneiras de rastrear números, o Jornal da escola ficava no terceiro andar da escola, um caminho que precisava ser percorrido por 3 rampas, alguns alunos passavam descendo e subindo, mas nada me fazia esquecer do que havia acontecido, comecei a pensar no que os garotos haviam falado sobre mim, um lampejo do passado se formou...
"Estávamos voltando de um espetáculo na Lapa, meus pais conversavam no banco da frente enquanto eu ouvia músicas e mandava mensagem para meus amigos, enquanto passávamos por uma ponte que dividia o Rio de Janeiro de Niterói o carro da frente bateu em um ônibus, fazendo o carro do meu pai que estava á uma velocidade considerada alta bater e ser jogada contra a base de concreto, eu fui retirado rápido, mas no momento em que iam ajudar meus pais o carro andou e caiu na baía de Guanabara. Os dois morreram."
Sequei uma lagrima que ameaçava subir e bati na porta da sala do jornal da escola "Os Vigilantes", um nome um tanto engraçado, dentro da sala vários computadores criavam um labirinto por entre os lugares, e no final Beca estava digitando, seus olhos fixos na tela, ao seu lado uma garota negra de cabelos curtos fitava o computador.
-- Beca, posso te pedir um favor?
-- Fala Johnny, o que houve?
-- Preciso saber se pode rastrear uma ligação pra mim.
-- Por que? Esta sendo assediado pelos boy? - Beca riu.
-- Não, sua ridícula - Sorri. -- É só algo, preciso rastrear a ligação.
-- Eu não sou bom com isso, mas a Leth sabe, ela que cuida da área técnica, e tenho certeza que ela irá adorar ajudar. - Terminou Beca.
Leth fez uma careta e me chamou pra perto.
-- Qual o problema criança? - A voz dela era um tanto forte.
-- Eu recebi um telefonema e tô preocupado, preciso saber quem me ligou e por quê fez isso.
Silencio na sala.
-- Gente, preciso ir ali na sala do diretor, Johnny, as meninas estão lá no patio? -- Beca perguntou.
-- Sim, estão.
Beca saiu e deixou eu sozinho com a garota que começou a digitar coisas pelo PC, logo ela havia rastreado um IP, a precisão dos dedos da menina eram graciosos, seus óculos pendiam no osso de seu nariz, mais e mais digitadas e do nada ela parou, chocou a cabeça, algo estava errado.
-- Seu telefone está fazendo um download pro meu PC. - Leth disse.
Serrei as sombrancelhas e a imagem de download começou a aparecer em todos os computadores, todos em sincronia, sabia que isso não era meu, e então um video começou a reproduzir, estava aparecendo o corredor da casa de Suzie, e então apareceram a cena dos assassinatos na tela e a mascara do assassino, logo depois as fotos dos meus pais mortos deitados nas macas do necrotério, e a mensagem "Vendeta por você, Vendeta por todos os oprimidos, que comecem os jogos."
Fiz o maior esforço possível para não vomitar, Leth me olhou boqueaberta, eu caminhei para trás e corri para o corredor da escola, respirando o ar puro do lugar, e deixando as lagrimas rolarem, o corredor estava vazio, somente folhas espalhadas pelo chão.
Meu telefone vibrou.[ Gostou da homenagem aos seus pais pequeno J.?]
De:fobos[ Quem é você? ME DEIXA EM PAZ]
[ O jogo só começou pequeno J. E eu sugiro que comece a correr.]
De: FobosCorrer?
E então a porta atrás de mim foi aberta, eu olhei para trás e o assassino de Suzie estava ali me encarando, o mesmo mostrou a faca, fiz o mais prudente a se fazer, corri, comecei a correr pelos corredores gritando, o assassino perto demais, o jogo de gato e rato, virei para a rampa, mas fui pego por ele que se lançou em mim, ambos rolamos até a mureta de concreto, ele balançou a faca pra mim...Bruna
Eu havia acabado de conversar com beca e Juliana, quando o nosso telefone apitou, era um video, aparentemente todos da escola haviam recebido também, era a morte de Suzie e Guilherme, e então fotos dos pais do Johnny apareceram e por ultimo a mensagem, vingança?
Olhei para as meninas e sabíamos o que deveríamos fazer, começamos a andar rápido para o jornal da escola aonde o Johnny estava, ele deveria estar um caco, Caio nos pegou indo e nos seguiu, seguindo de Rubens e Dave que haviam saido da sala de Cinema.-- Vocês viram? - Perguntou Dave.
-- Sim, toda a escola viu.- Valença completou.
-- O Johnny deve estar um lixo - Rubens comentou.
Seguimos rapidamente até o terceiro andar, uma pocinha de sangue pingava da mureta do terceiro andar, olhamos para cima no mesmo instante em que Johnny foi lançado ao nosso encontro, ele havia levado uma facada no ombro esquerdo e por cair daquela altura apagou, todos gritaram, eu avancei, ele ainda tinha pulso, o que estava acontecendo, Juliana ligou para a ambulância.
Leth
Sai da sala do jornal com o grito do Johnny e fui correndo até ver uma figura encapuzada correr para o fim do corredor, caminhei rápido atrás com a câmera, mas fui despistada, tirei uma foto no momento em que ele desapareceu.
Mais gritos.
Corri para o segundo andar e Johnny estava desmaiado e sangrando, ele devia ter sido atacado.-- O que aconteceu?ele esta vivo?
-- Sim, só inconsciente, ele caiu do terceiro andar para cá, uma queda baixa mais fatal, e levou uma facada no ombro. - Beca disse entrando em um tom estérico.
Olhei a ambulância chegar pela janela e logo os mesmos haviam colocado Johnny na maca e o levado para o Hospital, Bruna foi junto e Juliana também.
-- Eu tirei uma foto de quem possa ter o atacado.
-- Quem? - Caio me fitou surpreso.
-- Ele usava uma roupa preta e máscara.
Peguei a câmera e amostrei a foto para o grupo, Dave se espantou, e nos contou sobre um assassino quase igual em um filme que ele e o Rubens estavam estudando, coincidência? claro que não, estávamos lidando com um louco mascarado.
-- Acha que um dos seus amiguinhos nerds possam ter feito isso? - Caio completou.
-- Pode ter sido, ou não, é claro. - Rubens corrigiu.
-- Só temos que tomar cuidado, Dave, Rubens, como capturamos essa coisa?
-- Olha minha jovem, como toda a história de terror existem regras, não podemos capturar, somente esperar para saber quem é ele, ou ela, ninguém está a salvo, todos podemos ser vitimas, sigam as regras e vivam, burlem as regras, e terão consequências difíceis, todos nós estamos no jogo, quem morre ou quem fica vivo, somente ele poderá dizer. - Dave sorriu.
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Medo
FanfictionTudo começou com um simples fim de semana, logo haviam dois corpos, alguns dizem que assassinato é algo tentador, até aonde você seria capaz de ir pra se salvar nesse jogo? Traição, segredos, morte. Tudo começa com uma ligação. Você é forte o sufici...