Segredos Revelados P.2

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Dave

- Você viu a Letícia? Ela deixou o livro comigo e sumiu.

Eu não acredito que ela ia dar uma de dramática e fugir após me fazer se sentir tão humilhado, ela me traiu, eu deveria estar assim, mas não, eu quero o bem dela, mas não consigo a encontrar em lugar nenhum.
Silêncio no corredor, olhei para a esquerda e Caio vinha andando de forma um tanto que vulgar, seu cabelo cortado realçava seu tipo "bad boy", seu pescoço revelava um chupão, ou um tapa, não sei exatamente o que poderia ser aquilo, achei melhor nem perguntar, parei em sua frente e Cruzei os braços.

- Viu a Letícia?
- Dave, eu tô ocupado demais pra focar em uma garota que só pensa em fotos e fotos. - Caio riu. - É até meio irônico acabar sendo humilhada com as fotos da própria câmera dela. Bom, eu sinto muito pelo chifre e tal.

Minha veia do pescoço pulou de raiva, quem ele achava que era pra dizer isso para mim? O peguei pela camisa e o joguei contra o armário, pressionando seu corpo e machucando suas costelas.

- Nunca mais ouse brincar comigo, seu merda!
- Ah! E você vai fazer o que? Me esfaquear? Nem conta da sua namorada deu! - Caio disse.

Dei um soco em seu rosto o fazendo arquear para o lado, logo ele revidou, lançando seu corpo contra o meu, começamos a nos socar, minha costela sentia o efeito das pancadas que o Caio dava, mesmo assim não recuei, continuei a bater em sua barriga até que Um grupo de alguns alunos começou a gritar " Briga!" bem alto e a Beca nos separar, aquela mulher realmente tinha a força de 15 lutadores, com uma mão afastou Caio e com a outra me empurrou para a direção oposta, suor descia de minha testa.

- Acabou com isso, pra quê essa briga idiota? - ela gritou.
- Não sabe? Dave é corno, Letícia o traia. - Caio respondeu.
- Como assim traia? - Beca me olhou.
- Letícia pegava o Rubens direto! Vocês dois são cornos! - Caio riu.

Beca o acertou com um soco no olho, virou pra mim e saiu andando como um guerreiro indo para uma possível guerra, a coisa iria ficar feia.

Beca

Eu não acredito que Rubens me traia com minha melhor amiga, aquilo era muita forçação de barra, eles passaram dos limites, aqueles traidores, eu vou matar Letícia!
Entrei no terceiro andar da escola e fui em direção a sala de edição, aonde Letícia costumava passar 16h do seu dia. O lugar era de cor vermelha, sem janela, e com pilhas de fotos, bom, era assim que eu me lembro, fazia tempo que eu não ia até lá.
Entrei na sala que parecia igual com quase tudo, mas as fotos não eram de matérias, eram fotos dos homicídios, mas nem a polícia possuía esse material, como seria possível de Leticia ter todas elas?
Continuei andando e vi uma porta, abri e vi que haviam fantasias, as mesmas que o assassino usava, e meu Deus, tinha sangue no chão, na parede estavam facas de diversos estilos, Letícia o que você fez?

Bruna

Eu estava na aula de Química, sendo obrigada a me manter acordada, meu telefone estava desligado.
Olhei para a janela e uma árvore tampava o caminho para a rua, Juliana tocou meu ombro e eu levei um susto.

- Você está bem?- Ela perguntou.
- Sim, eu estou sim.
- Bruna, não mente pra mim, o que está acontecendo? Você está estranha há um bom tempo.
- Eu... - Soltei o suspiro.- recebi mensagens e telefonemas de um cara ou parece ser um cara, ele vem me assustado e dizendo que vai me matar e...
- E...?
- Eu tô com medo! Todos que conhecemos está morrendo, me sinto indefesa, eu não fiz nada para esse tal de Fobos nos caçar, o que ele pensa que isso é? Um filme de terror?

Meu telefone vibrou.

[ Está pronta para o show, Bruna.]
De: Fobos.

Beca

As fantasias me assustavam, enfileiradas em cabides, eu precisava fugir dali, precisava contar pra policia, aquilo estava muito errado.
Corri para a porta, no momento em que eu ouvi a maçaneta girar, droga, pra onde eu vou? Olhei para o lado e vi uma porta de ferro, a abri e me escondi, senti o chão molhado, liguei a luz do meu celular e então a luz fraca revelou os corpos empilhados de todos que foram atacados, eu segurei um grito, olhei pra baixo e vi o sangue que tomava o armário. A porta ao lado se abriu, o assassino entrou com Letícia presa em seus braços, a mesma não gritava, o que ela estava fazendo ali? Ela seria atacada, eu precisava ajudar minha amiga, toquei a mão na maçaneta mas antes de girar eu senti um aperto no peito. Letícia começou a falar.

- Seu idiota! Quem você pensa que é? Acha que me atacar vai tirar as suspeitas da vadia da Rebeca? Farão os outros terem dó? Eu fui simples nas ordens, vocês atacavam aquele grupinho, eu sairia viva, a sobrevivente perfeita, e então eu iria pagar vocês, mas vocês foram tapados demais pra me atacar antes do tempo! - Leth acendeu um cigarro.

O assassino não se moveu.

- Isso não é mais por dinheiro, e você sabe disso, eu irei me vingar desse lugar, aquela vaca da Bruna fez com que meus pais fossem mortos! A familia dela como sempre lerda, e todos os amiguinhos deles irão parar no inferno! Acha que você me dá ordens?- O assassino parecia alterado.

- Acha mesmo que sua vendeta fará algum efeito? Eu mando nesse plano, vocês obedecem! Acabem com a Beca, aquela vadia está viva a tempo demais! Rasguem o Caio de cima a baixo, e matem todos que se meterem. - Letícia gritou.

E então o assassino fez algo que eu não pensei que ele iria fazer. O mesmo pegou a faca na mesa e cravou no peito de Letícia, num movimento rápido, repetindo duas vezes, a mesma cuspiu sangue e deixou o cigarro cair, olhou para o assassino.

- Por que fez isso? - Ela disse enquanto deitava no chão.
- Você se meteu demais, seu papel foi cortado, Letícia. - O mesmo voltou a esfaquear Letícia umas 7x mais.

Eu cai pra trás, e acidentalmente a cabeça da Lana caiu no chão, o assassino se virou pra mim e avançou em direção ao armário, ele levantou lentamente a mão, eu peguei um pedaço de madeira, ele abriu a porta e eu bati em sua cabeça, ele caiu e eu corri, porém ele agarrou meu calcanhar, eu tropecei, e o chutei, voltei a levantar e correr, sai daquela sala e voltei pra sala de edição, suspirei e abri a porta da sala, cambaleei e entrei no corredor, esbarrei em Johnny que estava vindo pela mesma direção.

- Beca? - Ele perguntou.
- Letícia!
- Não, é o Johnny.
- Ela morreu!

O assassino saiu da sala e lançou Johnny contra a parede, ele bateu a cabeça e desmaiou, o mesmo fitou meu corpo e amostrou a faca.
Foi ali que eu soube, era meu fim...

Juliana

Eu havia ido ao banheiro pegar uns lenços de papel para a Bruna que se sentia triste, quando ouvi o barulho do lado de fora, alguém foi jogado contra algo, eu abri a porta no exato momento em que o assassino avançava contra Beca, reagi por impulso e peguei a saboneteira, me joguei contra o assassino e quebrei a saboneteira em sua cabeça, o mesmo caiu pra trás, fui até o Johnny, e Beca, quando virei o assassino havia sumido, o sinal tocou e o corredor encheu de alunos.

- Cadê ele? - Johnny perguntou enquanto se levantava.

- Ele fugiu, não haverão cenas de mortes por hoje.

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